Cães e Ciências

Artigos que tenham relevância científica e ligadas à raça American Staffordshite Terrier ou alguma raça afim poderão ser encontrados aqui nesse espaço.

Comer cocô - Coprofagia
02 de Junho de 2020

Alguns cães desenvolvem certos tipos de comportamento que são difíceis de serem interpretados pelos tutores. O médico-veterinário, Caio Rebouças, assim falou sobre esse desagradável sintoma:

1- O cãozinho come demais
De acordo com Caio, a coprofagia pode acontecer em cerca de 90% dos cães e na maioria das vezes o cãozinho desenvolve o hábito pois acaba ingerindo muita ração e as fezes acabam tendo um odor atrativo para o animal. “Como o animal não consegue digerir aquela quantidade grande de comida, as fezes acabam saindo com alguns nutrientes e um odor semelhante ao da ração. Então quando ele sente fome, ele acaba comendo o próprio cocô”, afirma.


2 – Cães que se alimentam juntos

O veterinário aponta que cachorros que comem juntos também podem a vir desenvolver esse comportamento. “Sempre vai ter um animal que é mais dominante que o outro, então esse que é mais dominante vai acabar comendo mais. E o cãozinho que acaba sendo submisso consequentemente, come menos e vai ter menos nutriente. Então quando o cachorro dominante defecar, o outro cachorro vai sentir fome e vai acabar comendo o cocô do outro”.

3 – Doenças gastrointestinais
“A presença de parasitas gastrointestinais, como a giárdia, e a deficiência de vitamina B1 também levam o animal a comer as próprias fezes, pois ele não vai estar absorvendo as proteínas, minerais e vitaminas de maneira correta. E doenças como a pancreatite também levam a coprofagia”, aconselha Caio.

4 – Problemas comportamentais

De acordo com Caio, fatores comportamentais também fazem com que o cãozinho acabe comendo as próprias fezes. Para ele, animais que passam muito tempo sozinhos fazem isso por tédio ou no intuito de chamar a atenção do tutor. “O animal pode praticar a coprofagia muitas vezes para chamar a atenção do dono e por estar entediado. E se o cãozinho sofre de punição excessiva, ou seja, o tutor briga com ele o tempo inteiro, ele pode acabar desenvolvendo esse comportamento”, afirma.

5 –Comer cocô faz mal para o animal?

“Sim, e faz mal para o pet e para o tutor. O cachorro que tem o costume de comer cocô vai ter um mau odor na região da boca e isso vai acabar incomodando o tutor. Além disso, se a coprofagia é diária, o animal vai ter infecções recorrentes, porque ele vai estar ingerindo parasitas e bactérias que são eliminados por meio das fezes”.

6 – Como evitar?

Para Caio é muito importante que o cachorro esteja com a vacinação e vermífugo em dia. O veterinário orienta que o animal tenha uma dieta balanceada e que o tutor sempre procure interagir com o cãozinho. Além disso, o tutor deve procurar sempre entreter e investir em brinquedos para o pet e procurar ter comedouros separados caso tenha mais de um pet em casa.

“O tutor precisa passear e brincar com o pet com frequência. O enriquecimento ambiental também é importante, então o tutor deve procurar deixar para o cãozinho brinquedos inteligentes disponíveis para que ele se ocupe quando estiver só. E por último, o tutor pode dar várias porções pequenas de ração ao longo do dia, porque com o alimento disponível será mais difícil que ele faça a coprofagia. E sempre leve o animal ao veterinário, pois ele pode precisar de uma suplementação alimentar”, finaliza.


Cães e autismo.
17 de Abril de 2018

               Um novo estudo dá suporte para a idéia de que a interação com um cão beneficia muitas crianças com a desordem chamada de autismo. Nesse tipo de condição a criança apresenta vários sintomas que a distanciam do convívio social e requerem cuidados especializados com uma grande demanda familiar. Os pais ficam angustiados tentando descobrir as melhores opções para ajudarem seus filhos.
Embora o autor desse artigo no Journal of Pediatric Nursing refira que é importante considerar a sensibilidade de cada criança em particular como também a dinâmica familiar nessa cuidadosa consideração pela relação com um cão.
O estudo analisa a interação das crianças com cães. Aproximadamente dois terços das famílias estudadas teriam adquirido um cão. Desses 94% disseram que seus filhos se ligaram fortemente com seu cão. Uma relação intensa.
Mesmo em famílias que não possuíam cães sete em cada 10 familiares inquiridos disseram que seus filhos gostavam de cães.
Estudos anteriores haviam concluído que as crianças autistas quando tiveram um relacionamento precoce com um cão adquiriram grandes aptidões de sociabilidade. Esses trabalhos evidenciam que essa influência é significativamente maior do que com brinquedos. Do mesmo modo os programas de terapia com equinos.
A criança com autismo terá um benefício especial com essa interação. Os cães oferecerão amor e companheirismo incondicional e sem qualquer julgamento, conforme o estudo de Gretchen Carlisle que é fellow no Research Center for Human-Animal Interaction da Universidade de Missouri College of Veterinary Medicine.
Uma criança autista que seja muito agitada ou sensível a ruídos não se sentirá bem com um cão muito agitado ou que lata em excesso. Michele Arbogast que coordena um programa nos USA chamado de “um cão especial para uma criança especial” colocou em ordem de preferência as 5 melhores raças para conviverem com as crianças autistas.
Quem ficou em primeiro lugar foi o Staffordshire Bull Terrier. Considerando que este se assemelharia a um american staffordshire menor eu diria que ambas as raças possuem a mesma habilidade para lidarem com crianças autistas pois o american é uma evolução do Staffordshire Bull Terrier e inclusive em testes de inteligência o american é superior por não ser teimoso. Na minha concepção o que deveria nortear a escolha seria a análise do temperamento do filhote através de testes e a escolha de um exemplar que seja pequeno ou maior se a criança for mais crescida. No quesito interatividade com a criança não existe diferença entre esses dois cães da linhagem staffordshire terrier.


Tipos de Cruzamentos
21 de Março de 2017

Tipos de Cruzamentos

Antes de tudo, e como preâmbulo, deve-se ressaltar que todos os seres vivos compartilham uma série de gens, sejamos da espécie ou raça que sejamos.

Assim ao cruzar dois cães de raças diferentes, e, apesar de suas diferenças, sempre haverá uns gens que serão comuns a toda espécie canina.

Podemos ir mais adiante e dizer que outros gens seriam iguais em todos os mamíferos, outros resultariam comuns a todos os quadrúpedes e, para ir mais longe, outros similares a todos os seres vivos.

Outcross: É um cruzamento realizado sem consangüinidade próxima ainda que os pais pertençam a mesma linha. Se utilizam exclusivamente critérios de seleção. O exemplo extremo poderia ser o cruzamento de dois exemplares de distinta raça (cold outcross) que produziria uma descendência mestiça com tendência a zero em homozigose e máximo em heterozigose.

Linebreeding: Cruzamento em linha. Consangüinidade pouco intensa. É um termo inventado pelos criadores para definir uma forma mais difusa e pouco intensa de inbreeding. Se pode levar a cabo de muitas formas.

Um procedimento se fundamenta em deixar uma geração livre entre meio de dois acasalamentos consangüíneos. Por exemplo: neto com avó ou neta com o avô. No meio há que se deixar pelo menos um cruzamento em outcross.

Dado que os exemplares de cães de raça pura descendem de relativamente poucos exemplares de base (de origem) poderíamos dizer que a idéia de raça coincidiria em linhas gerais com a definição de linebreeding. Em termos de criadores se usa somente quando se toma em conta um máximo de cinco ou seis gerações.

Inbreeding: Nele se realiza uma consangüinidade mais intensa. Na realidade é um linebreeding de caráter muito intenso. Consiste em cruzar irmãos entre si ou pai ou mãe com filha ou filho. Geralmente o mais jovem dos pais, se cumpre os requisitos que buscamos, se aparenta com seu filho. Tio com a sobrinha, tia com o sobrinho e primos irmãos, são considerados por alguns inbreeding e por outros linebreeding. Geralmente é o que nos seres humanos seria considerado incesto.

Seria absurdo pensar em efetuar tanto inbreeding como linebreeding, como qualquer outro tipo de cruzamento, sem fixar-se com antecedência no fenótipo dos progenitores. A seleção deve ser sempre previa.

A QUARTA VIA: Existe outra forma de conseguir o máximo de homozigose sem efetuar consangüinidade e por meio do outcrossing. Por sua dificuldade não se emprega e em sequer se tem em consideração na criação normal. Por dar um exemplo muito claro: dois cães de raças totalmente distintas que tenham como fixo uma cor, se cruzarem entre si produzirão mestiços dessa cor.

Isso quer dizer que distintos criadores da mesma raça de cães, cujos exemplares não tiveram nenhuma relação de parentesco entre si, poderiam perfeitamente conseguir homozigose para os mesmos traços que se estivessem intimamente aparentados. Por exemplo: igual tipo de cabeça, cor, altura, etc. Cruzados portanto entre si fixariam suas características de igual maneira que se houvessem empregado inbreeding, porém sem nenhum de seus inconvenientes.

Por razões obvias de logística e econômicas isto é muito difícil de coordenar. Uma maneira de conseguir algo parecido seria trabalhar com um standard muito rígido que unificaria todas as características raciais de uma maneira tal que não houvera outra saída que criar sob a mesma tipología.

Todas as raças são obtidas empregando elevadas doses de consangüinidade e essas altas doses de consangüinidade se seguem empregando pelos criadores para poder formar suas linhas, aproximar-se de seu tipo ideal e, o mais importante, fixá-lo como próprio.

A consangüinidade fixa simultaneamente características desejadas e caracteres defeituosos. Se requer grande energia e honestidade para eliminar da criação aos exemplares com defeitos e fixar somente as características buscadas.

Nos Estados Unidos se emprega com intensidade. Não está demasiadamente bem vista na Europa, exceção feita a Inglaterra. Em alguns países, como a Holanda, foi proibido recentemente os cruzamentos inbreeding. E não somente na Europa, na República do Equador, por exemplo, estão proibidos os acasalamentos com mais de quarto grau de consangüinidade.

Vejo muito difícil que consigam fixar um tipo, ou eliminar defeitos, ou obter qualquer efeito que requeira um modelo.

Pessoalmente penso que há outros métodos de zelar pela saúde dos animais e que não devemos extrapolar ao mundo animal critérios antropocêntricos.

A consangüinidade, que tem uma tradição milenar, não é nem boa e nem má por definição, é uma ferramenta que se emprega bem, se sabe-se, ou mal se não se sabe. Nos cães. igual que em qualquer ser vivo, a influência dos ascendentes diminui de geração em geração.

Nos pais se pode calcular que se reparte a influência em 50%. Nos avós em 25%. Os bisavós em 12,5%. Na quarta geração se reparte a influência em 6,25% e a quinta em 0,32%. Desse modo, a partir da sexta ou sétima geração qualquer aporte se veria tão diluído que não valeria a pena ser levado em conta.

Dos pais e os avós se pode esperar ver a influência direta nos descendentes, a partir desse momento a responsabilidade genética se modera. A isso há que acrescentar que os antecessores deixam seu traço tanto mais quanto mais homozigóticos sejam.

Um criador experiente, com um projeto de criação bem planejado e começando com uma cifra preliminar de poucos exemplares, ainda que não sejam parentes, poderá em poucas gerações obter um biótipo próprio diferenciado de outros usando a consangüinidade e a seleção com habilidade.

Artigo escrito por Amalio Lasheras


Linebreeding, Imbreeding ou Outcross?
21 de Março de 2017

Linebreeding, Inbreeding ou Outcrossing?

Por Katie Gammill

Edna Katie Gammill é juíza do American Kennel Clube desde 1979.Julga grupo de trabalho e pastoreio, realiza seminários e também trabalha no CADAC. Ela é poeta e artista e também trabalha como escritorea free lancer em revistas e jornais.

"Sucesso na Criação - Inbreeding, Linebreeding ou Outcross e por quê?"

Depois de comprar uma cadela vencedora nacional, um criador pergunta por que a cadela não consegue produzir filhotes de qualidade. Ele não entende que sua cadela não é o único ingrediente em sua receita de sucesso. Jogando tempo e dinheiro fora, ele culpa a cadela. Em toda a realidade; é sua falta de conhecimento a respeito de seu programa de criação que está em falta. Cobrir sua fêmea com os atuais cães vencedores sem dar importância para a saúde, pedigree, ou faltas cruzadas, é um quebra-cabeças que ela não pode se responsabilizar. Um programa de reprodução excelente não acontece "por acaso". Faltas cruzadas, certificados de saúde, e pesquisa de genealogia são imperativos para um criador com um plano de criação. É imperativo ter um "plano de criação" em vigor. Existem razões pelas quais algumas pessoas criam consistentemente cães vencedores de raça e outros criadores somente criam cães "passageiros" com a incapacidade de reproduzir suas qualidades. Um pode arcar com as despesas de comprar um vencedor top, mas reproduzir um vencedor sem um "plano de batalha" é um esforço em vão e em prol somente de futilidades....

O objetivo de todos os criadores deve ser padrão da raça. Criação de algo diferente para "pegar" o olho de juízes temporariamente pode produzir um vencedor, mas não faz nenhum favor ao próximo criador para tentar construir um programa de melhoramento com credibilidade. Esta "solução rápida" é um modismo com pouco valor duradouro que empurra o padrão para o lado. Este, por sua vez, cria um alvo em movimento continuamente, e infelizmente, é a razão pela qual que muitas pessoas no esporte desistem nos primeiros cinco anos. Para que todos possam ter sucesso, devemos visar um alvo estacionário (padrão da raça). Só então será possível aperfeiçoar nosso alvo para produzir a "excelência da raça". Então vamos começar com o básico.

OUTCROSS: Esta é uma reprodução de pedigrees onde as primeiras gerações (5-6) não têm nenhuma ascendência comum. Para alcançar um sucesso outcross, determine se o macho escolhido "passa" habilidades genéticas para produzir tais virtudes, observando sua prole. Um vencedor de "passagem" oferece gratificação instantânea, mas onde vai parar se não conseguir reproduzir suas qualidades em sua prole? Sempre que possível, visite seu pai e mãe, assim como irmãos. Se o macho de escolha parece não produzir o que você precisa, por quê vai usa-lo em sua cadela ? Usando um cão com a mesma linha ou linha de sangue próxima, você pode introduzir as características que podem ajudá-lo , coisa que este particular outcross convida a falta de uniformidade.

Você tem escolhas. Se o filhote que você selecionou como "primeira escolha" não ficou bom, mas é vistoso, considere observar um segundo filhote também. O primeiro filhote pode transportar os genes para produzir o que o segundo filhote mais sólido de escolha não é capaz de reproduzir. Só com o crescimento, maturidade e reprodução de uma ninhada de cada um, você saberá. Minhas 10 primas mulheres eram "a cara da família do meu pai".Minha irmã e eu somos mais parecidas com a minha mãe. Como jovens "meia-boca", você nunca iria adivinhar nossa herança, mas com maturidade, nosso tipo de corpo e tamanho, até mesmo nossas vozes e ações confirmaram que nós éramos da mesma "laia".

Assim, cada ninhada oferece "tipos diferentes". Vendo meus dois filhotes e reproduzindo-os resultarou em "o que você vê nem sempre é o que você ganha". O menor dos dois adultos realmente produziu filhotes mais desejáveis. Como eu aprendi isso? Acompanhando o crescimento dos filhotes até o amadurecimento. Ao avaliar a prole de suas ninhadas, dei uma consideração adicional as virtudes mais importantes para mim . Sem perder o que minha própria linha oferecia, ao avaliar as virtudes, eu era capaz de incorporá-las através do outcross. O objetivo era "o melhor dos dois mundos". Meu macho produz um certo "olhar" e pela consideração séria irá incorporar isso em minha solidez inicial. Isso explica a diferença (o que você vê) de fenótipo e genótipo. (Valor oculto). Eventualmente, descendentes da cadela vão ser reproduzidos com descendentes do macho, ancorando virtudes proeminentes no pedigree pela seleção cuidadosa. Neste ponto, que evolui como "linha de criação".

LINEBREEDING: linebreeding é a concentração de características valiosas. Ele permite algum controle sobre "famílias". Este método requer que um dos pais selecionados tendo um ou mais ancestrais comuns no pedigree de várias gerações (5-6). Estes antepassados devem ter cães proeminentes, para se obter um linebrreing de sucesso. Use apenas indivíduos saudáveis ou o programa vai ser um desastre. Saúde, fertilidade, temperamento, tipo, é imperativo porque compromete negativamente afeta seu programa de reprodução futura e exigirá a eliminação posterior.

INBREEDING: Uma vez alcançando o topo das virtudes desejadas, CONSANGUINIDADE. Este "define" o tipo de raça e define um certo "look". Você vai "colhe o que planta". Consanguinidade resulta em "o melhor dos melhores" e "o pior dos piores". Isso é o que faz um criador! Este risco não é para os fracos de coração. Se as coisas vão "Sul", assumir a responsabilidade pelos resultados e agir em conformidade.

PARA colocá-lo em poucas palavras:

OutCross introduz novos traços para melhoria definitiva. Nosso maior problema é "jogar o bebê fora com a água do banho". LINEBREEDING cria e estabelece uma filiação que, em graus, incorpora e produz traços específicos em uma base contínua. Se uma boa fêmea é produzida, ela pode ser coberta com seu avô para firmar e dar consistência aos traços do pai. ENDOGAMIA define o tipo e simplifica os objetivos. Endogamia consiste de mãe para filho, de pai para filha, irmão, irmã, etc. Reforçar traços desejáveis dominantes e tambèm recessivo escondido, o criador deve reconhecer e corrigir mais uma vez através de cruzamentos futuros.

Criadores devem estar sempre cientes dos efeitos positivos e negativos de genéticos ocultos. Uma criação feita a partir de estudo de papel sozinha é como um casamento arranjado. Pode ser consumado, mas há uma pequena chance de sucesso ". (EHH 1968) Criadores bem sucedidos "chegaram" através do trabalho duro, lágrimas e desgosto. Conseguem resultados desejados através da eliminação de animais que não refletem seus objetivos. Estes animais são chamados de "pets". O padrão é nosso modelo, embora, muitas vezes, prevalece a opinião pessoal.

Para mais estudo aprofundado de como corrigir falhas, leia o artigo de "Reprodução planejada" em Lloyd C. Brackett sobre o site www.nylana.org. Este criador, seguindo métodos de Brackett, é conhecido para Best in Show Schipperkes. Embora existam mais de 53 páginas, para um criador sério, que o consumo de tinta e papel é certamente vale a pena a impressão. Não para os mais "sensíveis", há um outro tipo de reprodução:

BACKBREEDING. Se tiver um macho superior e uma cadela harmoniosa com excelência em saúde, tipo, temperamento e conformação. CRUZE-os. Fique com uma fêmea desta ninhada e cruze com seu pai. Faça isso até que obtenha os resultados desejados ou aparece fraqueza eminente. Poucos vão se ocupar deste desafio, mas é algo a considerar. "Volta de reprodução" produziu muitos dos "Grandes" em uma variedade de raças. Eis porque muitos grandes nomes do passado eram dominantes para a produção de sua geração de qualidades após geração. Confirma-se, assim, tornar-se um respeitado criador é um processo lento e doloroso. Reprodução "define o tipo de" de volta. A prole espelha a excelência da linha. Quando a linha de produção e na criação de animais é feito corretamente, pontos fortes, fraquezas não, será o resultado final.

Verdadeiros criadores são "cabeças duras". Através de sua dedicação aos padrões, o objetivo da "excelência de raça" permanecerá firme, movendo o nosso grande esporte de cães no futuro.

Texto Original em www.thedogplace.org/Genetics/09081-dog-Breeding_Gammill.asp


Ouvido ligado para palavras afetuosas
31 de Agosto de 2016

Eu notei e já comentei isso no site numa ocasião de que gostamos de conversar com os cães. Isso seria importante para desenvolver a sua comunicação e entendimento conosco. Numa linguagem não verbal o cão nota muito do que expressamos, mais do que nós notamos em outras pessoas e nos animais. Mas, na medida que conversamos com os americans notamos que eles se sentem mais seguros e felizes. A forma como falamos desperta reações nos cães. Eles notam até a forma como caminhamos. Quando desço no canil à noite, no meio do silêncio da madrugada nenhum dos meus 30 americans reage, as vezes um emite um latido. Mas se isso despertar que mais algum lata basta que eu diga alguma coisa que todos ficam em silêncio. Ao reconhecerem minha voz eles ficam tranquilos. Conforme eu converso com eles as reações são diferentes. Isso nos estimula a conversar com os filhotes desde cedo. Gosto de encostar o narizinho do filhotinho no meu rosto e dizer: bonitinho ou bonitinha! Algo me diz que esse gesto faz bem a eles. Pois hoje li esse artigo que abaixo transcrevo que vem a corroborar com essa impressão nossa:

Um novo estudo sobre o melhor amigo do homem sugere o que muito dono de cachorro já considera confirmado: os cães conseguem distinguir palavras e entonações. A pesquisa foi publicada na revista Science. O trabalho realizado por pesquisadores da Universidade Eotvos Lorand, de Budapeste, mostra que o cérebro canino é capaz de interpretar tanto o que dizemos quanto o como dizemos. Os cães, como os humanos, usam o hemisfério esquerdo do cérebro para interpretar palavras e as regiões do hemisfério direito para analisar a entonação. O centro de prazer do cérebro é ativado apenas quando as palavras de gentileza e elogio são acompanhadas pela entonação apropriada, segundo determinaram os pesquisadores. As observações sugerem que os mecanismos neurais de processamento de palavras evoluíram muito antes do que os cientistas acreditavam e que não são algo específico dos humanos. Ao conviver com palavras faladas em um ambiente familiar, a compreensão do significado pode se desenvolver mesmo em cérebros de animais. O cérebro humano não apenas analisa separadamente o que dizemos e como dizemos, como também integra os dois tipos de informação, para chegar a um significado unificado – disse Attila Andics, um dos pesquisadores da Eotvos Lorand University. Os pesquisadores acreditam que os cães usam mecanismos cerebrais muito similares, uma descoberta que poderá facilitar a compreensão e a cooperação entre cachorros e humanos. Eles estudaram 13 cães que tinham atividade cerebral escaneada enquanto ouviam os donos. Eles descobriram que os animais ativavam a mesma área do cérebro para distinguirem entre entonações neutras e afetuosas. Os pesquisadores também identificaram que a mesma parte do cérebro canino interpreta sons não verbais que emulam emoções. Essa área do cérebro humano tem um papel similar, sugerindo que os mecanismos de interpretação da entonação não são específicos ao discurso humano. O que torna as palavras intrinsecamente humanas não é uma capacidade neutra especial, mas nossa intenção de como usá-las,c oncluem os cientistas.


O que levar em conta na hora de ter vários cachorros.
13 de Julho de 2016

O que levar em conta na hora de ter vários cachorros


Mais do que a raça, o que determina a amizade entre animais é a personalidade de cada um.

A chegada de Rocky Balboa, um exemplar da raça bull terrier, à vida dos médicos Guilherme e Natasha Murta, alegrou a vida do casal, ainda sem filhos. Inteligente, porém teimoso, o cachorro demonstrou, contudo, ser um pouco possessivo em relação aos donos. “Percebemos que era hora de ele ter uma companhia de outro cão”, recorda Guilherme.
Foi quando o casal encontrou Dóris, também bull terrier. O que era para ser a solução do problema, com o tempo se revelou outra preocupação: a fêmea, apesar de amorosa, era territorialista, ciumenta e de difícil relação. “Ela, assim como o Rocky, precisou passar pelo adestramento para resolver questões comportamentais”, conta o médico.
Na sequência, o casal resolveu encontrar um amigo para Rocky e Dóris. Eles optaram pelo brincalhão Rambo, um american staffordshire terrier, hoje com cinco meses. Depois de buscar orientação profissional para o entrosamento do novo pet, Guilherme finalmente encontrou a harmonia que queria em casa. “Não foi um processo simples, mas as aulas foram fundamentais para que hoje os três convivam conosco e entre si sem sustos e surpresas”, comemoraDepois do adestramento, o três animais são inseparáveis.
A história de Rocky, Dóris e Rambo é um exemplo da importância de se procurar ajuda profissional quando se tem animais com problemas de entrosamento. “Para que a convivência seja pacífica, o dono deve aprender a ditar regras, além de ser calmo, confiante e sem traços de ansiedade ou medo. Quando ele não assume esta responsabilidade, os problemas surgem e se agravam”, explica o adestrador Aguinaldo Diniz.
Um erro fatal é soltar os cães já de imediato e esperar que usem suas próprias regras e estilos de interação para solucionar a situação. Ou seja, a aproximação deve acontecer aos poucos.
Personalidade
Mais do que pensar em combinação de raças, é preciso considerar a personalidade do animal. “Este é um assunto polêmico, pois pode estigmatizar determinadas raças como agressivas e antissociais, mas, pela ótica mais adequada, características comportamentais existem em todas elas. Então, decifrar o estilo é a chave para resolver, evitar e até eliminar os problemas dos cães que não combinam entre si”, argumenta Diniz.
Existem, segundo estudos no Brasil e no mundo, diversos perfis de comportamento dos animais de estimação, como tranquilo, ativo, agressivo, medroso, territorialista, ciumento, dependente e independente.

Adultos e filhotes


Se chegou um filhote, dar prioridade sempre ao animal mais antigo, independentemente da idade e do tamanho, é fundamental. “Quando os donos pegam um filhote indefeso, sentem dó e dão a ele todos os privilégios, mas não sabem que estão criando um ‘monstrinho’ que, em pouco tempo, cobrará isso de todos da casa. O mais antigo, por sua vez, vai ficar com sua condição violada e buscará recobrar a ordem”, esclarece o adestrador Aguinaldo Diniz . Neste momento, as brigas vão começar. Se já começaram, a tendência é piorar. Para estabelecer uma amizade, os cuidados são simples: o mais antigo come e recebe atenção em primeiro lugar. Quando a ordem é infringida, a agressividade assume o controle da situação.

FIQUE ATENTO


Há três estilos de cães definidos: dominantes, equilibrados e submissos, sendo que os problemas são percebidos entre os dominantes:
o Dominantes x dominantes = problema, com aumento substancial da probabilidade de brigas.
o Dominantes x equilibrados = o problema será resolvido sem muito esforço, visto que os equilibrados não vão querer brigar.
o Dominantes x submissos = sem problemas, pois os submissos não vão brigar.

REPORTAGEM DA GAZETA DO POVO – VIVERBEM ANIMAL
Obs.: o american staffordshire terrier referido na reportagem é um New Kraftfeld.

 


Treinando usando o clicker.
11 de Julho de 2016

O Que é o Adestramento com Clicker

Por Adrianne Farricelli

Talvez você já tenha ouvido falar do adestramento com clicker, a tendência de adestramento que cresce mais rápido e uniu novamente entusiastas de cães e adestradores por todo o mundo.

Considerada mais uma filosofia que um método de treinamento, adestramento com clicker se tornou popular porque entrega precisão e resultados rápidos em um período de tempo relativamente curto. A melhor parte é que tudo que você precisa são um clicker e uns petiscos saborosos.

E se você não tem um clicker ou não quiser usar um? Enquanto é preferível que você use um clicker para treinar um cão, a boa notícia é que você pode mesmo assim treinar efetivamente o seu cão sem um uma vez que você se acostumar com os princípios por trás do adestramento com clicker.

Vamos dar uma olhada no processo nos próximos parágrafos, mas primeiro vamos entender o que é o adestramento com clicker e como pode beneficiar você e o seu cão.

Uma visão sobre o Adestramento com Clicker

Assim como o nome sugere, o adestramento com clicker envolve o uso de um clicker, mas o que é um clicker exatamente? No seu nível mais básico, um clicker é simplesmente um dispositivo sonoro no formato de uma caixinha. O seu nome vêm do barulhinho de “clique” que produz quando você o pressiona com o dedo.

Para um cão que nunca foi exposto ao clicker, o som que produz pode ser quase que insignificante. Porém, cães que foram apresentados ao clicker apropriadamente, entendem que provê uma orientação importante. Para melhor entender como isto funciona, vamos começar com um exemplo.

Imagine ir a uma festa divertida onde você tem a possibilidade de jogar diversos jogos diferentes que o recompensam com prêmios. Um jogo particular consiste em jogar uma argola de madeira em um objeto na mesa. Toda vez que você acerta a argola no objeto ouve um som que anuncia sua vitória juntamente com luzes piscantes. Segundos depois, você pode pegar o seu prêmio, um bichinho de pelúcia da sua escolha.

O adestramento com clicker funciona de forma similar. Assim como no jogo do anel, o som e luzes comunicam que você venceu, o som do clique avisa o seu cão que ele executou o comportamento adequado e ganhou uma recompensa na forma de um saboroso petisco. O som de click então se torna um marcador, algo que “marca” o comportamento adequado à medida que revela e comunica ao seu cão que ele acertou. Por essa razão, o adestramento com clicker às vezes também é chamado de “adestramento com marcador”.

Mas como mencionado, os cães não nascem sabendo que o som do clicker significa aprovação. Para aprender o significado do clicker, os cães devem ser condicionados ao seu uso por um breve processo que os adestradores chamam de “carregar o clicker”.

Carregando o clicker

Para iniciar com a pata direita, como mencionado, você precisará “carregar o clicker”. Tudo o que você irá precisar para este processo é um clicker e alguns petiscos. Inicie numa sala silenciosa sem distrações. Mantenha em mente que durante esse processo você não estará pedindo ao seu cão um comportamento em específico. Simplesmente clique o clicker e imediatamente dê um petisco. Repita, repita, repita.

Faça isso por diversas vezes em sequência. O que você está tentando conseguir aqui é ensinar o seu cão que o clique é seguido por um petisco. Dê um barulho que inicialmente não significava nada para o seu cão, você agora está tornando em um som desejado que logo se torna música para o ouvido do cão!

Como você pode determinar o quão bem sucedido está o carregamento do seu clicker? Observe o seu cão. Se ao som do clicker o seu cão dá sinais de esperar pelo petisco mais provavelmente o cão fez a associação. Geralmente leva entre oito e quinze repetições de clique aliado ao petisco para ter uma resposta confiável. Agora que o clicker está bem carregado, você está pronto para o próximo passo que envolve adicionar o condicionamento operante.

Fazendo com que o treinamento com clicker aconteça

Agora que o seu cão aprendeu que o clique é igual ao petisco, é hora de fazer o seu cão trabalhar pelos cliques. Se você está tentando treinar o seu cão a sentar, você clica no momento que o traseiro do cão tocar o chão e imediatamente oferece um petisco. Se você está treinando o seu cão a ficar junto, clique no momento que o seu cão ficar ao seu lado. Se você está treinando o seu cão para pegar um objeto, clique o clicker o momento que o seu nariz fizer contato com o objeto e recompense.

E se o seu cão estiver relutante em executar os comportamentos ou nunca tenha sido treinado antes? Nesse caso, você pode precisar dividir os exercícios em etapas menores e recompensar aproximações graduais ao comportamento final, um processo conhecido como modelagem. Então, por exemplo, se você estiver ensinando o seu cão a encostar na sua mão, você pode primeiro clicar quando ele olhar para sua mão, depois clicar por caminhar em direção a sua mão, depois por cheirar a sua mão e por fim, por fazer contato com a sua mão.

Para prover clareza e tornar o adestramento com clicker efetivo, você precisa garantir que está clicando corretamente quando o comportamento desejado estiver acontecendo. O momento é muito importante! Se você se atrasar por um segundo que for, se arrisca a marcar o comportamento incorreto.

Por exemplo, se você clicar e recompensar o seu cão no momento que ele levantar você estará recompensando o ato de levantar em vez do sentar, que não é bem o que você esperava! Aprender a arte do adestramento com clicker leva tempo e habilidade, mesmo os melhores adestradores participam de cursos para melhorar suas habilidades.

Alternativa ao uso de Clickers

Conforme mencionado, você não precisa necessariamente de um clicker para obter os benefícios dos princípios do adestramento com clicker. Se estiver hesitante a usar um clicker porque você está com medo de ter que carregar um clicker o tempo todo por aí, têm boas notícias para você. Uma boa notícia é que os clickers agora vêm com pulseiras. Outra boa notícia é que os clickers são mais importantes nos estágios iniciais do aprendizado. Uma vez que o seu cão tenha aprendido o exercício, o clique pode ser substituído por um marcador verbal.

Mas e se você não quiser usar o clicker? Enquanto muitos descobrem que o clicker funciona melhor, qualquer barulho que possa marcar com efetividade os comportamentos à medida que surgem pode funcionar. Enquanto muitos gostam de usar palavras como “sim” ou “clique” em vez de um clicker, um barulhinho é preferível pois é um tom natural que é consistente, distinto e não emocional.

Uma alternativa aos clicker são os apitos, um estalo dos dedos ou um barulho feito com a sua língua. Alguns donos de cães com medo do som do clicker podem usar o click de uma caneta retrátil enquanto donos de cães surdos podem usar um flash de luz para prover a orientação para o cão.

Colhendo as Recompensas do Adestramento com Clicker

Então porque tantos entusiastas de cães gostam tanto do adestramento com clicker? Existem muitas razões! O adestramento com clicker proporciona precisão, confiabilidade e, porque é baseado em recompensa, os cães tendem a responder com entusiasmo e alta motivação. Não é incomum ver os olhos de um cão brilhar e sua cauda balançar quando enxergam um clicker.

O adestramento com clicker também é ótimo para cães tímidos que são relutantes e desistentes e que precisam de um incentivo para confiança. Melhor de tudo, adestramento com clicker é divertido, provê estímulo mental e melhora o vínculo entre cão e humano.

Adrienne Farricelli - ComoTreinarUmCao.com.br

Adrienne Farricelli é uma adestradora de cães certificada pela Certification Council for Professional Dog Trainers (Conselho de Certificação para Adestradores de Cães Profissionais). É proprietária e adestradora da Rover’s Ranch Home Boarding & Training situada em Huachuca City, Arizona, Estados Unidos onde oferece atendimento sobre comportamento canino e trabalha com cães com problemas de comportamento que vão desde ansiedade extrema até agressão. Adrienne é também membro da Pet Professional Guild. Sua filosofia de adestramento é prover treinamento sem força usando os métodos mais humanos e menos invasivos possíveis. É também uma produtiva escritora que contribuiu com muitos livros e revistas impressas.

Traduzido do original em What is Clicker Training


Adestramento de Cães
09 de Junho de 2016

Adestramento de Cães – O Ponto de Partida

Por Kim Downing

Adestramento de cães é um tópico tão extenso que pode ser difícil de saber até mesmo por onde começar. Muitas vezes a ideia de adestrar surge somente quando alguém diz, “Precisamos que o cachorro pare de fazer isso!”. Adestrar e trabalhar com um cão precisa iniciar muito antes, e têm muito mais nisso do que simplesmente dizer para o cão o que ele não deve fazer. Para se ter um cachorro comportado que ouve existe uma série de elementos que idealmente devem ser atingidos. Vamos passar por cada ponto para entender melhor como afeta o seu cão.

1. Socialização

A socialização é geralmente sub-valorizada. Existem muitos cães que chegam na casa de alguém e depois raramente saem. O problema com isto se torna que você cria um cão que não sabe como lidar com as coisas (pessoas, animais, locais, etc.) que ele pode encontrar na vida. Alguns cães lidam melhor com isto que outros, mas não ter sido exposto a uma variedade de situações pode resultar num cão inseguro, que não sabe o que fazer, e pode inclusive gerar problemas de comportamento como medo, agressão, nervosismo etc.

Socialização é totalmente sobre exposição a situações positivas. Isto significa garantir que cada experiência seja divertida e confortável para o seu cão, não assustadora. Não significa jogar o seu cão num local com 30 outros cães e deixá-lo conhecê-los todos de uma só vez. Não significa pegar o seu cãozinho tímido e forçá-lo a sentar enquanto outras pessoas passam a mão nele. Estes são exemplos de situações potencialmente assustadoras que podem causar mais danos que benefícios. Em vez disso, significa procurar por oportunidades para que o seu cão seja bem sucedido. Considere sessões de adestramento. Leve seu cão para o parque ou outras atividades externas. Convide pessoas para visitá-lo para uma festa de cães. O ponto é o seu filhote sair e ver o mundo e tudo que ele tem a oferecer.

Pense em socialização como uma jornada não um destino. Enquanto o momento mais crucial é entre 2-4 meses de idade, um cãozinho precisa continuar vendo coisas e se familiarizando com o seu mundo por todo a sua vida. É possível fazer uma socialização remediada para um cão que deixou de ter essas experiências, como por exemplo, um cão mais velho adotado, mas isso é de longe o ideal para um filhote que tinha tudo pra isso.

2. Saciando necessidades de exercício e consumo de energia

Não importa quanto treinamento e regras você estabeleça. Se você não exercitar o seu cão diariamente continuará a ter problemas. Muitos dos problemas de comportamento que as pessoas mais se queixam têm como raiz a simples falta de exercício. Veja questões como latir, cavar, escapar de casa, hiperatividade, pular, morder, destruir e a lista segue… Todos estes podem ter como raiz a falta de exercício. Eles podem se transformar em problemas habituais fora da falta de exercício, mas esta foi a sua origem.

Muitas vezes você pega um cão que têm uma lista enorme de problemas, e você inicia com ele uma ótima rotina diária de exercícios e você sabe o que acontece… muitos dos problemas parecem desaparecer ou diminuir significativamente. Não é um milagre que acontece. A velha máxima de que um cão cansado é um bom cão é mesmo verdade.

O primeiro passo é estabelecer um plano diário de exercícios para você e seu cão. Mesmo que você tenha um pátio cercado deve fazer isso. Muitos cães que ficam em pátios por si só não se exercitam. Eles encontram o seu próprio divertimento como cavar ou pular a cerca para visitar o vizinho. Senão o cachorro fica apenas atirado esperando por você. Não significa que você não pode usar a sua área cercada, mas considere um plano rigoroso de atividades com o seu cão. Tente pelo menos uma longa caminhada por dia com o seu cão. Quanto é o suficiente? O objetivo é que você e seu cão fiquem felizmente cansados, então ajuste a distância do percurso, a dificuldade da caminhada, ou mesmo o número de vezes que você caminha com o seu cão.

Adicionalmente, procure por coisas que você gosta de fazer também. Um cão pode ser incorporado em tantas atividades que você pode se surpreender, e então você sabe que ambos você e o seu cão estão se exercitando e se divertindo.

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3. Satisfazendo estímulo mental

O corpo de um cão precisa de exercício e sua mente também. Atividade mental é bom para a saúde do seu cão e faz ele cansar também. Por sorte se cruza com outras áreas. Por exemplo, passear com o seu cachorro num local novo pode ser bastante cansativo mentalmente, pois o seu cão está processando novos cenários na caminhada e tendo experiências estimulantes no novo local. Adestrar é uma outra forma de estimular o seu cão, além de ser uma ótima ideia para a sua relação com ele. Você ganha dois por um com o treinamento!

Existem outras formas de você por o cérebro do seu cão para trabalhar. Veja ideias como:

– Ensine o nome de diferentes brinquedos para o seu cão. Desta forma você pode pedi-lo para pegar um brinquedo específico por nome. Têm um border collie, Chaser, que sabe 1.022 brinquedos cada um pelo seu nome e pode provar isso também!

– Brincar de esconde-esconde com o seu cão. Pode ser você se escondendo ou você pode esconder um objeto, como um brinquedo para seu cão encontrar. Estes jogos realmente põe o cérebro do seu cão para funcionar já que ele precisa usar o seu faro também e processar um monte de informação. Utilizar o faro para detectar odores pode ser muito divertido.

– Faça o seu cão trabalhar por sua comida. Isto pode ser usando a sua comida como parte do seu plano de treino ou pode se utilizar também uma variedade de brinquedos que liberam comida com o qual ele pode brincar para pegar sua comida.

4. Treinamento

Você leva seu cão para ensinar certos comandos como sentar e deitar mas então o que você faz? Esse é o dilema. Um cão pode saber como sentar ao seu comando, mas ele continua pulando nas pessoas. Como você pega esses comandos que ele aprendeu e cria um cão comportado que sabe ouvir?

No fim das contas o que você deve fazer é adquirir o hábito de ensinar o seu cão todos os dias. Cães aprendem por padrões e estão sempre aprendendo. Mesmo você sabendo ou não você está ensinando ele a todo momento! Ele está aprendendo como consegue o que quer, como ele consegue fazer com que você faça o ele quer, qual a sua resposta para uma variedade de coisas, etc.

Em adestramento de cães, nós temos que nos habituar em não ficar dizendo para nossos cães o que não queremos que façam mas sim mostrar o que queremos que façam. Recompense-o quando você o ver fazendo o que deseja! A recompensa significa que ele mais provavelmente irá querer repetir o ato. Substitua a palavra NÃO com palavras que tenham valor e significado. Por exemplo, “NÃO!” poderia ser substituída por um comando como “Solta”. Ou “NÃO!” poderia ser substituída pelo comando “Senta” de forma que alguém pode acariciá-lo sem que fique pulando nas pessoas. Adestrar permite você ter uma forma de se comunicar de forma útil com o seu cão.

O treinamento deve iniciar no primeiro dia que você tiver o seu cão independentemente se ele têm 8 semanas de idade ou 2 anos. É a forma de mostrar a ele o que funciona com você. Se você permite que ele pule em você por 2 semanas e depois mudar de ideia, sabe o quão mais difícil será mudar esse hábito?

Adicionalmente, adestrar se torna uma forma de desenvolver boas maneiras no seu cão. É como ensinar uma criança a sempre dizer “Por favor”. Você pega os comandos que o seu cão sabe como fazer e então pede a ele fazê-lo em troca das coisas que ele quer ou precisa. Ele pode sentar e ficar enquanto a porta é aberta. Ele pode esperar enquanto você abre a porta do carro em vez de pular fora. Ele pode sentar enquanto você se prepara para jogar seu brinquedo em vez de tentar pegar da sua mão. Ele pode deitar antes de ganhar sua janta. O ponto é que usar estes comandos dá modos a ele pois fica sabendo que a forma de receber coisas na vida é por meio de um bom comportamento e fazendo o que você pediu. Adicionalmente, isto é muito positivo e não envolve força alguma. Ele aprende que este comportamento importa por si só por meio da sua direção e ensinamentos.

5. Estabelecendo limites

Estabelecer limites simplesmente significa criar regras para sua casa. Isto é uma boa coisa. Funciona em conjunto com os bons modos. Um cachorro precisa saber o que é esperado dele e criando um conjunto de limites fica muito mais fácil dele entender. Algumas vezes um cão fica confuso porque sua família não sabe os limites também. A mãe diz uma coisa, o pai outra, as crianças outras. Todos na família deveriam estar alinhados com o cão de forma que ele saiba o que pode e o que não pode fazer. Isso causa menos frustração e confusão para o cão e para a família.

Idealmente estabeleça o que espera do seu cão. Ele pode subir na mobília? Pode pular? Deve ficar sentado ou deitado em alguns momentos específicos? Como deve caminhar na guia? Quais são essas expectativas? Então você usa o seu treinamento para estabelecer esses limites para ele. Cachorros são excelentes em seguir regras e gostam de consistência, mas precisam saber quais são as regras. Mostre a ele por meio do treinamento o que você espera e isso é tudo que precisa.

São necessárias as 5 partes desta equação para criar um cão bem ajustado e feliz. O que também acontece ao longo do caminho é que o cão aprende a respeitá-lo e ouvi-lo. Não é feito por meio da força, mas ao contrário, por meio de treinamento e respeito. Esta é a melhor forma de estabelecer um relacionamento com o seu cão onde você sabe que pode confiar nele para ouvir você ao longo do tempo. Isto fará o resto do seu treinamento e vida com o seu cão muito mais fácil.

 

Kim Downing é uma adestradora de cães profissional, possui certificação CPDT-KA – Certified Professional Dog Trainer – Knowledge Assessed (Adestradora Profissional Certificada). É proprietária da Your Best Dog Training (Seu melhor adestramento). É membro profissional da Association of Pet Dog Trainers (Associação de Adestradores de Cães) e membro da The German Shepherd Dog Club of America (Clube norte-americano do Pastor Alemão). Previamente Kim trabalhou com adestramento de cães de serviço para organizações como Paws for Freedom (Patas para Liberdade) e é também avaliadora da AKC Canine Good Citizen (AKC Canino Bom Cidadão). Ela gosta de escrever sobre cães e adestramento e é autora do Animal Planet Dogs 101: German Shepherd Dog (Animal Planet Cães 101: Pastor Alemão). Ela também ajudou a criar diversos programas de treinamento. Em seu tempo livre gosta de treinar e competir com seus cães pessoais.

Traduzido do original em Dog Training Basics.

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Piometra
21 de Abril de 2016

A piometra é uma infecção uterina que se desenvolve quando ocorre uma invasão bacteriana em um endométrio anormal, levando a um acúmulo de pus no útero. Animais de meia idade e idosos (a partir dos 4 a 5 anos) costumam ser acometidos com maior frequência, embora fêmeas jovens também possam ter esta infecção. O uso de anticoncepcionais pode aumentar o risco da doença.

Em todos esses casos, é importante ficar atento aos principais sintomas para não perder tempo e aumentar o risco de vida do animal.

Os sintomas mais comuns são:

Distensão Abdominal
Corrimento vaginal (que pode variar de sanguinolento a mucopurulento, ou pode estar ausente, no caso de uma piometra fechada);
Apatia;
Falta de apetite;
Aumento da ingestão de água e da produção de urina;
Vômito;
Distensão abdominal (barriga inchada).

A piometra é uma doença que, se não tratada corretamente, pode levar ao óbito devido principalmente ao quadro infeccioso e à insuficiência renal. Mas o tratamento mostra-se muito eficaz se precoce. Ele é cirúrgico, com a realização da ovário-salpingo-histerectomia (castração), associado à antibioticoterapia, além de tratamento suporte (fluidoterapia, antieméticos etc).

Como acontece:

A cadela, por algum distúrbio hormonal, começa a produzir progesterona (hormônio sexual feminino) e esse excesso leva a uma alteração das células da mucosa uterina. Com isso, ocorre o acúmulo de grande quantidade de líquido dentro do útero.

Secreção Purulenta
O útero com piometra fica repleto de secreção, aumenta de tamanho e o organismo absorve o conteúdo purulento (pus), levando a fêmea a uma intoxicação pelas toxinas bacterianas. Esse líquido acaba se contaminando, determinando a piometra. Por causa do acúmulo, a infecção normalmente não responde bem ao tratamento com antibióticos, já que o líquido presente continuaria "alimentando" a infecção, além disso, o emprego de antibióticos locais é de pouca valia, pois o formato do útero das cadelas (em "Y") impediria que a lavagem chegasse a todo o útero.

Além disso, muitas vezes, temos a piometra fechada, onde uma parte mais densa da vagina se encontra fechada, impedindo assim a introdução de uma sonda para lavagem.

Laika (minha cachorra)
No caso minha cachorra Laika (foto ao lado), que foi uma piometra fechada, o quadro foi mais complicado, pois além de não ter o corrimento, que teria facilitado detectar o problema, não teve eliminação do material purulento. Esse material retido dentro do útero aumenta a gravidade do quadro.

Se a Laika não tivesse sido operada naquele mesmo dia, ela poderia ter morrido, pois o caso era tão grave que no ultrassom já aparecia comprometimento dos rins e fígado. Se ela não fosse operada a tempo, dificilmente sobreviveria.

Sintomas:

Secreção Vaginal Purulenta
O pior é que nem sempre fica fácil identificar os sintomas da piometra. Se a piometra se manifestar de forma "aberta", é possível perceber um corrimento. Esse corrimento normalmente se apresenta purulento, grosso, mal cheiroso, e muitas vezes com sangue. Já se a piometra for fechada, não teremos o corrimento e só veremos os sintomas da fase posterior, já de intoxicação orgânica pela infecção uterina. Nessa fase, o animal apresenta um aumento no volume e no número de vezes em que a cadela urina, bem como aumento no consumo de água. A cadela fica apática e pode ainda apresentar febre, vômito e cólicas, além de algumas vezes percebermos um aumento abdominal.

Castrar para prevenir:

Apesar da maioria dos casos se manifestarem em cadelas a partir dos cinco anos de idade, a piometra pode atingir animais mais jovens. Além disso, por atingir mais cadelas que nunca tiveram cria, há uma mentalidade errônea que induz as pessoas a cruzar suas cadelas para evitar a doença. A única prevenção eficaz é realmente a castração, aliás, com ela, pela retirada do útero eliminamos de vez o risco da piometra e diminuímos também o risco de tumores de mama.

Ultrassonografia de Útero com Piometra

O diagnóstico é feito pelos sinais clínicos, hemograma, exame laboratorial e ultrasonografia. Quando detectada a tempo, a doença tem tratamento cirúrgico que consiste na remoção do útero associada a uma terapia com antibióticos. Após a cirurgia, a recuperação é rápida, pois o foco de infecção já foi erradicado. O melhor método preventivo é a castração de cadelas e gatas logo após o primeiro cio.

O diagnóstico e a cirurgia só podem ser feitos pelo veterinário.


Por que cães se parecem com seus donos?
11 de Abril de 2016

Por que cães se parecem com seus donos?

David Robson
Da BBC Future

Basta dar uma volta na rua para notar o estranho fenômeno da versão canina de seu dono.

Seja um hispter barbado acompanhado de uma pequena bola de pelos que parece frequentar o mesmo barbeiro, ou um fortão carregando um buldogue: por que as pessoas escolhem cães que se parecem com elas?

Estranhamente, a resposta para isso parece ter um inesperado paralelo com a maneira como escolhemos nossos outros parceiros de vida.

O psicólogo Michael Roy, da Universidade da Califórnia em San Diego, foi um dos primeiros a testar a ideia. Ele frequentou três parques e fotografou os cães e seus donos separadamente. Depois pediu para um grupo de voluntários adivinhar os pares corretos.

Apesar de não receberem qualquer outra pista, os participantes conseguiram emparelhar as fotos com bastante precisão. E é importante notar que a semelhança nem sempre é tão aparente, mas sim sutil.

Roy admite que os resultados só se mantêm para o caso de cães de pura raça (não vira-latas), e muitas vezes se baseiam em semelhanças superficiais, como a forma do corpo. Ainda assim, outras semelhanças surgem em aspectos mais sutis, como os formatos dos olhos.

Talvez isso tenha a ver com o apelo da familiaridade: um cachorro pode parecer mais reconfortante se ele lembrar outras pessoas da família, a quem conhecemos e amamos.

Mas alguns psicólogos acreditam que pode ser resultado da maneira como evoluímos para encontramos parceiros do sexo oposto: namorar alguém que se parece conosco pode garantir que os genes daquela pessoa sejam compatíveis com os nossos.

Por causa dessa tendência, é possível que estejamos escolhendo animais de estimação e até pertences materiais que se pareçam conosco.

Mas nosso narcisismo não é superficial: não escolhemos apenas as pessoas que tenham uma aparência semelhante à nossa, mas também costumamos gravitar em trono de indivíduos com personalidades parecidas. Traços em comum costumam predizer a satisfação de um casal com a sua união.

Há alguns anos, Borbala Turcsan, da Universidade Eotvos, em Budapeste, na Hungria, decidiu testar se o mesmo vale para os relacionamentos entre pessoas e suas almas-gêmeas caninas.

“O relacionamento com um cão é muito especial. Não se trata apenas de um animal de estimação, mas sim de um membro da família, um amigo, um acompanhante. Por isso acredito que exista esse paralelo com outros relacionamentos entre humanos”, explica a cientista.

A própria ideia de que os cães têm uma personalidade pode parecer estranha para algumas pessoas, mas experiências anteriores demonstaram que características humanas como a extroversão podem corresponder a medições objetivas do comportamento de um cachorro – como, por exemplo, se ele é agressivo com estranhos ou se são mais tímidos.

Existe até uma versão canina do questionário tradicionalmente usado para medir as mais importantes dimensões da personalidade humana: neuroticismo, extroversão, consicenciosidade, afabilidade e abertura. Para aplicar isso aos cães, os especialistas exploram comportamentos, como a “tendência a ser preguiçoso” ou “tendência a ser desligado”.

Turcsan descobriu que cães e seus donos tendem a apresentar perfis de personalidade similares. “A semelhança foi até maior do que vemos entre casais ou amigos”, destaca.

A correlação não pode ser explicada pelo tempo de convivência entre cachorros e seus donos. Portanto, não parece ser o caso de o cão ter aprendido a mimetizar seu dono.

Parece ser uma decisão sábia escolher animais compatíveis conosco. Afinal, um cão pode viver mais do que um casamento, segundo as estatísticas de divórcio.

É interessante refletir sobre como essas relações surgiram. O homem começou a domesticar cães há pelo menos 30 mil anos, com o objetivo de usá-los em caçadas. Mas, aos poucos, fizemos essas criaturas à nossa imagem e semelhança, permitindo o surgimento de uma forte relação eomocional, que muitas vezes transpassa as fronteiras naturais entre as duas espécies.

Hoje, muitos cães se parecem conosco, agem como nós e, ao contrário de outros humanos, sempre oferecem seus sentimentos recíprocos. Em muitos aspectos, eles são até um reflexo melhor da nossa verdadeira natureza. Não é de se espantar que esses animais sejam considerados o melhor amigo do homem.

 



Relação milenar dos cães e humanos
09 de Abril de 2016

Transcrevo alguns trechos do livro que agora leio: Sapiens, uma breve história da humanidade. Escrito por Yuval Noah Harari, doutor em história pela Universidade de Oxford.

A sociedade afluente original

Que generalizações podemos fazer sobre a vida no mundo pré-agrícola, então? Parece seguro afirmar que a grande maioria das pessoas vivia em pequenos bandos compostos de várias dezenas, ou, no máximo, várias centenas de indivíduios e que todos esses indivíduos eram humanos. É importante observar esse último aspecto, porque está longe de ser óbvio. A maioria dos membros de sociedade agrícolas e industriais são animais domesticados. Eles não são iguais aos seus senhores, é claro, mas ainda assim são mebros. Hoje a sociedade chamada Nova Zelãndia é composta de 4,5 milhões de sapiens e 50 milhões de ovelhas.

Havia apenas uma excessão a essa regra: o cão. O cachorro foi o primeiro animal domesticado pelo Homo sapiens, e isso aconteceu antes da Revolução Agrícola. Os especialistas discordam quanto à data exata, mas temos indícios incontroversos de domesticação de cachorros que datam de 15 mil anos atrás. Eles podem ter se unido aos humanos milhares de anos antes.

Os cachorros eram usados para caçar e guerrear e também como sistema de alarme contra animais selvagens e intrusos humanos. Com o passar das gerações, as duas espécies coevoluíram para se comunicar bem uns com os outros. Os cachorros que eram mais atentos às necessidades e aos sentimentos de seus companheiros humanos recebiam mais cuidados e alimentos e tinham mais probabilidade de sobreviver. Ao mesmo tempo, os cachorros aprenderam a manipular as pessoas para satisfazer suas próprias necesidades. Um vínculo de 15 mil anos resultou em uma compreensão e laços afetivos muito mais profundos entre humanos e cachorros do que entre humanos e qualquer outro animal. Em alguns casos, cachorros mortos eram enterrados em cerimônias, de modo muito similar aos humanos.


Após sobreviver a incêndio, cãozinho vira bombeiro nos EUA
24 de Março de 2016

Pelas fotos, creio que seja ou um american staff ou um american pitbull.  Eis a história:

Um cão virou celebridade nos Estados Unidos ao se tornar, oficialmente, bombeiro da pequena cidade americana de Hanahan, na Carolina do Sul.

Jake tem conhecimento de causa: quando ainda era um filhote, sobreviveu bravamente a um incêndio.

O bombeiro William Lindler conta que estava de folga quando sentiu cheiro de fumaça, que descobriu vir da casa de um de seus vizinhos.

Segundo ele, a mãe e dois irmãos do cãozinho conseguiram escapar, mas Jake acabou preso no prédio após um pedaço do teto em chamas cair e bloquear a passagem.

"Jake voltou e se escondeu em um canto", afirma Lindler, que conseguiu resgatar o filhote.

"Ele sobreviveu por 10 minutos em um prédio em chamas, lugar onde a maioria dos humanos teria sucumbido.”

O cãozinho acabou ferido e, como seus donos afirmaram não poder arcar com os gastos veterinários, Lindler acabou adotando-o.

“Eu sou apaixonado por cães, cresci em uma casa com cães. Foi como eu disse para a minha mulher: sinto que esse cãozinho estava destinado a ser nosso.”

Recuperado, Jake passou a acompanhar o dono em seus plantões na sede dos bombeiros de Hanahan.

“Todo mundo se apaixonou por ele”, conta Lindler. "Aí meu chefe conversou com o prefeito da nossa cidade, e eles decidiram que, considerando o fato de que ele sobreviveu por 10 a 11 minutos em um prédio em chamas, o certo seria torná-lo um bombeiro."

Eles disseram: “Ele esteve lá por esse tempo todo (no fogo). Ele é genuinamente um bombeiro, vamos fazer dele um bombeiro”.

A principal tarefa de Jake é ir às escolas e ensinar às crianças como prevenir e como agir em caso de incêndio. Mas não só isso.

"Ele sai com a gente no caminhão dos bombeiros para nossas tarefas cotidianas", explica Lindler. Segundo ele, o cão fica no quartel-general apenas quando as chamadas são mais sérias.

“Mas ele é um integrante do corpo de bombeiros como todos os outros.”

http://www.msn.com/pt-br/noticias/curiosidades/ap%c3%b3s-sobreviver-a-inc%c3%aandio-c%c3%a3ozinho-vira-bombeiro-nos-eua/ar-AAgDg4N?fullscreen=true#image=2


Conviver com animais faz bem à saúde!
23 de Março de 2016

Veja como conviver com animais de estimação pode fazer bem à saúde
Dar muito amor, limpar a sujeira, varrer os pelos, passear todos os dias, controlar a comida, conversar. Acredite, tudo isso pode ser bom para o seu corpo e a sua mente.

Foi uma simples troca de favores que originou uma das amizades mais duradouras de que se tem conhecimento. Enquanto um oferecia proteção, o outro ajudava com a comida. Assim, aos poucos, lobos e humanos se aproximaram e criaram laços que já existem há milhares de anos.

Hoje, os cães vivem dentro de casa, parecem nos entender, e até ajudam a cuidar da nossa saúde. Mas, desde a aproximação por comida até a cumplicidade que começou com a caça conjunta, passaram-se séculos. Tanto tempo, que esse tipo de relação já se estendeu a outros bichos.

As adaptações que permitiram o estreitamento desses laços foram descritas em um estudo apresentado em 2013 pelo Instituto de Zoologia da Academia Chinesa de Ciências. Na pesquisa, os cientistas Guo-Dong Wang e Ya-Ping mostraram que a diferenciação entre lobos e cães ocorreu há 32 mil anos, na Ásia. Algumas adaptações genéticas foram decisivas para tornar a relação mais amena e, até mesmo, afetiva: alteraram-se os genes do metabolismo e da digestão – provavelmente em função da adoção de uma dieta onívora (na qual se come vegetais e animais) – e os genes neurológicos, o que teria tornado os bichanos menos agressivos.

Dos lobos ao peludo que dorme hoje aos pés da cama, surgiram muitas outras vantagens na relação, além da simples troca de comida por proteção. Embora os cientistas ainda tenham muito a investigar, já conseguiram mostrar que os cães de estimação oferecem conforto e companhia, ajudam a reduzir o estresse e a pressão arterial, incentivam a prática de atividades físicas, estimulam o sentimento de responsabilidade e há até casos de cães que ajudam a descobrir a existência de um câncer de forma precoce.

Alguns desses benefícios, trazidos incialmente pelos cães, foram descobertos também na relação com outras espécies como gatos, aves, coelhos e até peixes. Aos poucos, a ciência comprova o que os donos têm certeza: ter bichos é bom e saudável.

Para o coração

Cientistas tentam entender a relação entre ter animais e os efeitos disso na saúde há muito tempo, com idas e vindas. Em 1991, uma pesquisa do americano James Serpell mostrou que proprietários de cães e de gatos tinham melhora na saúde geral em comparação com os que não tinham animais de estimação. No ano seguinte, um artigo publicado no Medical Journal of Australia mostrou que donos de cães sofrem menos de doenças cardiovasculares, especialmente os homens. Uma revisão desse trabalho, feita em 2003, considerou que faltavam evidências dos benefícios.

Mas, em 2013, um artigo científico da Associação Americana do Coração foi enfático ao afirmar que “ser dono de um animal de estimação, em especial cães, está provavelmente associado a uma redução no risco de doenças cardíacas”. Assinado pelo professor Glenn Levine, do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, o texto alega que proprietários de cachorros são mais propensos à prática de atividades físicas. Uma das justificativas é simples: um mero passeio com o cão é melhor do que ficar sentado no sofá da sala. Apesar dos resultados, Levine está ciente de que é preciso entender melhor os mecanismos que geram os benefícios, e pondera, no artigo:

“Pode ser que as pessoas saudáveis sejam as que têm animais de estimação, não que ter um animal realmente provoca uma redução do risco cardiovascular. O que está ainda menos claro é se o ato de adotar ou adquirir um pet pode levar a uma redução no risco cardiovascular em pacientes com a doença pré-existente”.

Fato é que permanece um desafio para os cientistas mensurar as diversas intervenções dos animais em nossas vidas ao longo do tempo para uma comparação. Na opinião de Daniela Schuh, cardiologista e integrante do grupo de Prevenção Cardiovascular na Infância e Adolescência do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, embora os mecanismos que tornam esses benefícios mais evidentes ainda não sejam totalmente claros, é muito difícil negar que eles existem:

Ter um bicho de estimação, principalmente um cachorro, está associado a um menor risco de problemas cardiovasculares. Isso ocorre porque as pessoas parecem se tornar mais ativas, o que, em última análise, pode reduzir a pressão arterial, o colesterol e levar a níveis mais baixos de estresse. Ter um animal aumenta a prática de atividades físicas e a vontade de fazê-las. As pessoas se engajam mais porque pensam não só na saúde delas, mas na do cão também.

Outro ponto determinante para tornar isso uma realidade, também sustentado por artigos científicos, é que ter um bicho está associado a um menor nível de estresse, considerado uma das principais causas de problemas do coração.

– Embora as emoções emanem do cérebro, elas ecoam fortemente sobre o sistema cardiológico. O estresse pode ser atribuído por 30% da carga do risco cardiovascular, só fica atrás do tabaco e da dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue). E os animais são terapias alternativas para a redução do estresse, assim como meditação, técnicas de respiração e relaxamento – observa Daniela.

Sobre a redução do estresse, os estudos também não são conclusivos, mas a suspeita é de que os benefícios são parecidos com os que resultam da prática do altruísmo e da espiritualidade.

Para o sistema imunológico

O conhecimento científico vem demonstrando que os bichos de estimação podem ajudar a melhorar a imunidade e, inclusive, reduzir as alergias, ao contrário da crença popular de que os pelos podem causar alergias.

– Na década de 1990, estudos demonstraram que crianças que conviviam com um gato apresentavam menor sensibilização aos seus alérgenos, contrariando o que se havia demonstrado para os ácaros da poeira domiciliar. Agora, pesquisas têm relatado que a exposição a cães no primeiro ano de vida teria efeito protetor sobre o desenvolvimento de asma. As crianças que convivem com cães também estão expostas a micróbios e seus produtos, o que justificaria esse efeito protetor por meio de alterações no padrão de resposta imunológica – argumenta o médico alergista Giovanni di Gesu, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

Porém, Di Gesu acredita que ainda é preciso cautela, uma vez que estudos ainda estão sendo desenvolvidos e não há um consenso sobre o tema. Ao contrário do que se pensa, não são os pelos do bichanos que provocam as alergias, mas, sim, os alérgenos (proteínas) presentes na caspa, nas escamas da pele e na saliva.

– A alergia não é um problema do animal, é alguma alteração no funcionamento do sistema imunológico do ser humano – diz o infectologista Paulo Ernesto Gewehr Filho do hospital Moinhos de Vento.

Por isso, não é preciso retirar o animal de casa quanto tiver um filho espirrando –
o cuidado mais importante deve ser com a higiene do ambiente, que precisa ser limpo com aspiradores de pó potentes, capazes de eliminar tanto pelos quanto ácaros. Também deve-se evitar que os bichanos subam em camas e sofás, conter beijos e abraços e lavar bem as mãos após as brincadeiras.

Para a mente

Talvez o melhor remédio para vencer aqueles dias estressantes não esteja nas prateleiras de uma farmácia. Pode andar com quatro patas e latir ou miar. Isso mesmo: afagar um bichano parece ser um antídoto muito eficiente para encarar os dias difíceis. Está comprovado que esse “medicamento” peludo é capaz de elevar os níveis de hormônios e neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar e disposição.

– Brincar com um cão ou gato pode elevar os níveis de serotonina e dopamina, o que acalma e relaxa. Toque e movimento são duas maneiras saudáveis para gerenciar rapidamente o estresse – explica Ana Luisa Accorsi, psicóloga clínica que trabalha com terapia assistida por animais.

Para obter esses efeitos não é preciso muito. Poucos minutos de interação já são capazes de reduzir a produção do cortisol, hormônio relacionado ao estresse, e aumentar a endorfina e a ocitocina, ligados ao prazer, apontou um estudo apresentado há 16 anos pelo veterinário Johannes Odendaal, da Universidade de Tecnologia de Tshwane, na África do Sul. Foram feitas diversas revisões do trabalho de Odendaal, sustentando os resultados. No ano passado, pesquisadores japoneses mostraram que o simples contato visual entre o cão e seu dono é suficiente para a liberação de vários desses hormônios. Vale lembrar de uma regra básica: um corpo menos estressado tem menos problemas de saúde.

A busca por respostas para os benefícios da relação entre homens e animais dá origem a cada vez mais estudos científicos, que embasam tratamentos alternativos com o auxílio dos bichos. Cães, coelhos, cavalos e até calopsitas já foram usados para ajudar pessoas de todas as faixas etárias, com ou sem deficiências.

– Eles atuam como um ativador comportamental, ou seja, acionam o comportamento que tu desejas que aquela pessoa tenha. Em uma criança com hiperatividade, por exemplo, se quero que ela seja mais centrada, vou usar o animal para fazer com que ela se desenvolva nessas atividades – explica a psicóloga cognitiva comportamental e pet terapeuta Karina Schutz.

Em pessoas com depressão, por exemplo, animais podem estimular uma reintegração social por meio dos passeios diários. Já em crianças com autismo, eles servem como catalisadores da integração social. Ao comparar autistas que tinham cães em casa com aqueles que não tinham, a veterinária americana Gretchen Carlisle comprovou que quem convivia com animais tinha mais habilidades sociais. E esse efeito positivo era conquistado com a presença de qualquer pet em casa. Para explicar o achado, a cientista afirma que os animais agem como “lubrificantes sociais”, pois facilitam e estimulam a interação entre as pessoas. É esse tipo de benefício que é explorado nas sessões de terapia com animais.

– Por meio da pet terapia, são atendidas as necessidades de afeto e segurança e facilitados os processos de integração social que melhoram a capacidade do indivíduo de se relacionar com o mundo exterior e encontrar satisfação nos relacionamentos – afirma Ana Luisa.

Em visitas a residenciais geriátricos ou a pacientes psiquiátricos, os animais ajudam na socialização e vão além: são vetores importantes na quebra da rotina. 



O cão surgiu no Oriente Médio
18 de Novembro de 2015

Cachorro surgiu no Oriente Médio, diz análise de DNA

O maior estudo genético já feito sobre cães domésticos acaba de mostrar que, no seu DNA, as várias raças de cães são ainda mais parecidas do que se imaginava. Enquanto a maioria das diferenças de peso e altura em humanos e outros animais envolvem vários genes com efeitos individuais pequenos, nos cães um único gene é responsável por mais de 50% da variação no tamanho do corpo, por exemplo. Os cientistas conseguiram também apontar o local onde os primeiros lobos foram domesticados: no Médio Oriente, e não no Extremo Oriente, como se pensava. Os investigadores chegaram a esta conclusão analisando excertos de material genético de mais de 900 cães de 85 raças e de lobos do mundo inteiro. Assim, foi possível criar um grande retrato de família, montando uma árvore genealógica da espécie.

O resultado revelou-se inesperado, porque a localização geográfica das raças não parece ter relação com as diferenças genéticas entre elas - ao contrário do que ocorre com espécies que evoluem naturalmente. Afinal, é a seleção artificial humana, não a seleção natural, a principal força a guiar a evolução canina. As pessoas escolhem os animais que vão sobreviver utilizando critérios como a docilidade, a beleza, a utilidade na caça ou com rebanhos. A seleção artificial faz com que as características da região onde o animal vive não sejam tão importantes quanto a vontade dos criadores na determinação das suas características. Os cientistas perceberam como a domesticação podia causar grande impacto nos animais na década de 1950.

O soviético Dimitri Belyaev, na época, selecionou por seis gerações as crias de raposa mais dóceis para se reproduzirem. No final, os animais eram ávidos por contacto humano e até ganharam características físicas que os humanos consideram simpáticas, como as orelhas caídas. A seleção artificial aconteceu com força em dois momentos, diz Robert Wayne, biólogo da Universidade da Califórnia em Los Angeles. Ele é co-autor do estudo, que envolveu um grupo de 36 cientistas e sai na edição de hoje da revista Nature. O primeiro momento ocorreu no Médio Oriente, quando surgiram cerca de 20% das raças atuais. Foi quando surgiu a agricultura, há 10 mil anos, que os laços entre humanos e cães se estreitaram. “Nessa região, eles são encontrados enterrados com as pessoas. Num caso, um cachorro foi enterrado nos braços de um homem”, diz Wayne. O outro foi no século XIX, quando passou a ser moda criar novas raças de cães e apareceram 80% das atuais, dizem os cientistas. Na época fortaleceu-se o conceito de “pureza” das raças, surgindo, a partir de então, animais com todo o tipo de comportamento e porte.

 


Comunicação de cães com seres humanos.
05 de Maio de 2015

Seres humanos e cães entendem-se às mil maravilhas. Um passado comum favorece essa cumplicidade, mas também há uma base neural para a sintonia de comunicação

Chamam-lhe o melhor amigo do homem e há boas razões para isso. Uma delas é a sintonia de comunicação entre os cães e os seres humanos, que na base tem, não apenas uma evolução milenar em ambiente de companheirismo, mas, sabe-se agora, também algumas extraordinárias similaridades na forma como os cérebros de ambos reagem às vozes.

A descoberta foi feita por um grupo de investigadores húngaros que pela primeira vez estudou o cérebro de cães em funcionamento, utilizando a tecnologia da ressonância magnética funcional.

Os resultados mostram que as áreas cerebrais que, nos cães, reagem às vozes, são as mesmas que também se iluminam nos seres humanos na mesma situação. Sendo assim, diz a equipa que foi coordenada por Attila Andics, do MTA-ELTE Comparative Ethology Resarch Group, de Budapeste, estas áreas cerebrais terão evoluído pelo menos há cerca de 100 milhões de anos, quando o último antepassado comum de humanos e cães ainda andava pela Terra.


Cães diferenciam expressões de raiva e alegria dos humanos.
05 de Maio de 2015

Experimentos realizados na Áustria indicam que os cães são capazes de distinguir expressões de alegria das de raiva em um rosto humano. O feito talvez não surpreenda quem tem cachorro em casa, mas é, na verdade, um marco - trata-se da primeira vez que se demonstra que um animal é capaz de entender expressões emocionais de membros de outra espécie.

O trabalho foi descrito na revista Current Biology coordenado por Corsin Müller, da Universidade de Veterinária de Viena.

- Ainda não sabemos qual é a base dessa capacidade. Parece provável que a experiência individual de cada cão no contato com humanos tenha um papel importante, mas também pode haver um componente inato como consequência, por exemplo, da seleção no processo de domesticação - disse Müller.

Trocando em miúdos: conforme ancestraisdos cachorros atuais foram sendo domesticados, é possível que humanos do passado favorecessem a criação dos bichos com mais traquejo na hora de "ler" as emoções dos donos.

 

TOQUE NA TELA AO IDENTIFICAR EMOÇÃO

 

Para testar a hipótese de que os cães sabem a diferença entre um rosto feliz e uma cara irritada, os cientistas vienenses bolaram um sério candidato a experimento mais fofo da história da ciência do comportamento animal. Os 18 cachorros participantes, divididos em dois grupos, eram colocados diante de uma tela sensível ao toque que exibia uma série de fotografias de faces humanas.

para identificar caras de alegria, enquanto os demais tinham de detectar as de raiva. Os cães então deviam tocar a tela (com o focinho, por exemplo). No final, ao final de 200 tentaivas por cão, o índice de acerto ficou em torno de 80%.


Alergias de pele.
18 de Fevereiro de 2014

Assim como as pessoas, os animais de estimação precisam se adaptar ao calor e à umidade do verão. Por isso, é comum que neste período, os cães, principalmente, apresentem alergias de pele.

De acordo com a veterinária Julice Spencer, a incidência de dermatites aumenta no verão e a causa, muitas vezes, é a alteração da rotina do animal e alguns descuidos dos próprios donos.

 

> DAPP (Dermatite alérgica a picada de pulga) ou DASP (Dermatite alérgica a saliva da pulga)

As pulgas proliferam muito nos períodos de calor. Basta a picada de uma pulga, para que o animal alérgico a saliva desta comece a se coçar e a se auto-lesionar.

Os sinais são: lesões de pele que ocorrem mais nas regiões lombo-sacra, perianal e posterior das coxas (os animais conseguem coçar com facilidade estas regiões).

Tratamento: consiste em aplicação de antipulgas, no máximo a cada 30 dias, (preferencialmente com produtos que tornem os ovos das pulgas não férteis) e higienização da casa com inseticidas que matem as pulgas adultas, seus ovos e larvas.

Os animais em crises alérgicas, que apresentem muita coceira, feridas, sangramento da pele e contaminação bacteriana secundária, devem ser levados ao médico veterinário, para que sejam tratados com antibióticos, anti-histamínicos e xampú adequado.

> ALERGIA ALIMENTAR OU HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR

Alguns animais, de qualquer idade, podem desenvolver alergia a algumas glucoproteínas contidas em certos alimentos, como carnes bovina, frango, leite e derivados, soja, milho, trigo e conservantes.

Os sinais são: coceira, pápulas ou pústulas por todo o corpo (bolinhas inflamadas), crostas, descamação e ressecamento da pele, que podem vir acompanhados de uma gastroenterite (vômito, diarreia e cólica intestinal).

É importante salientar que a deficiência de nutrientes (zinco, cobre, ômegas entre outros), causado pelo desbalanceamento da dieta alimentar (pela introdução de alimentos inadequados), também pode ocasionar lesões de pele. Portanto, no verão, o animal deve continuar comendo ração de boa qualidade e bebendo muita água, sem excessos.

Tratamento: em casos graves ou crônicos, alguns animais precisam de dietas de eliminação, para que se descubra qual alimento causa alergia e administração de anti-histamínicos, antialérgicos e antibióticos, bem como banhos semanais com xampús de tratamento.

> ATOPIA OU ALERGIA DE CONTATO

Alergia a tapetes, carpetes, produtos de limpeza, gramas, terra, areia, roupas, etc. A exposição a parques e praças, no verão, pode desencadear alergia.

Os sinais são: avermelhamento da pele, inflamação dos folículos pilosos e coceira (prurido).

Tratamento: consiste em eliminar a causa e administrar medicamentos e xampús que aliviem os sinais.

> SEBORRÉIA SECA

É um ressecamento que causa descamação da pele e coceira. As causas podem ser alimentares (deficiência de nutrientes essenciais), banhos com produtos inadequados e excessos de banhos (típico do verão).

> DERMATITES ÚMIDAS

Esta dermatite é muito comum nos meses de verão, pois os animais têm mais contato com lagos, piscinas, rios, etc., ficando com a pele úmida, que se torna meio de cultura para o crescimento de bactérias e fungos já existentes na derme dos animais (staphylococcus SP, malassezia pachydermatis).

Os sinais são: irritação, feridas e muita coceira.

Tratamento: se baseia na causa e consiste em ministrar antibiótico, antifúngico, anti-histamínicos e xampú antisséptico.

> TUNGÍASE OU BICHO DE PÉ

É causado por um pequeno tipo de pulga chamado Tunga penetrans, que existe em solos arenosos, quentes e secos (praias, beira de rios, lagos), e que se aloja nos coxins (almofadinhas) das patas e abaixo das unhas.

Os sinais são: inflamação, dor e muita coceira.

Tratamento: consiste na retirada das tungas (mediante anestesia ou tranquilização), administração de anti-inflamatórios e antibióticos.

> CUIDADOS BÁSICOS DE VERÃO:

- Aplicar anti-parasitário para pulgas e carrapatos a cada 30 dias.

- Higienizar a casa regularmente.

- Fornecer água limpa e alimentos (ração) de boa qualidade, sem exageros.

- Utilizar xampús adequados ao tipo de pele e pelos do animal.

- Secar muito bem a pele e pelos depois do banho, ou depois de se molharem em lagos, rios, piscinas, praia, etc.

- Fazer tosa higiênica na barriguinha, patinhas e região perianal sempre que necessário (para que possam diminuir a sensação de calor em dias muito quentes).

- Evitar a exposição ao sol em horários em que ele está muito forte para evitar queimaduras e câncer de pele.

- Estar com as vacinas e vermífugo sempre em dia.

- Procurar imediatamente o médico veterinário assim que algum sinal de doença apareça.


A cabeça do Cachorro.
16 de Junho de 2013

Você mal saiu do elevador e seu cachorro já está de prontidão na porta do apartamento para recebê-lo. Quando volta do banho, ele corre ao sofá ou a sua caminha e começa a se esfregar freneticamente. Já viu essas cenas? Qualquer semelhança não é mera coincidência, explica a professora de Psicologia da Universidade Columbia (EUA) Alexandra Horowitz. Em seu livro best-seller A Cabeça do Cachorro, Alexandra — PhD em Ciência Cognitiva — descreve o mundo do melhor amigo do homem que descobriu em suas pesquisas. O resultado pode mudar sua relação com seu cão. Confira trechos da entrevista concedida via e-mail por Alexandra.

Vida — Você diz em seu livro que temos a tendência de "descachorrar" nossos cachorros — banhando-os, passando perfume e comprando roupas para eles. O que isso influência a vida deles?
Alexandra Horowitz
 — Descachorrar é uma boa palavra para isso! É inapropriado tratar cães como se eles fossem pequenas pessoas. Eles não querem as mesmas coisas que nós. Pode ser prejudicial: cobrir seu cheiro com o de um xampu os priva de seu odor, que é a sua identidade perante outros cães. Vesti-los pode ser desconfortável. Eles podem até achar que estão sendo punidos.

Vida — O que você acha do mercado que explora essa tendência e que está crescendo de maneira incrivelmente rápida em todo o mundo?
Alexandra
 — O enorme mercado indica que estamos muito interessados em fazer a coisa certa para nossos bichos. Mas também mostra que não tem havido bom conhecimento sobre como fazer isso! Extrapolamos com o que "nós" queremos. O mercado existe mais para vender produtos do que melhorar a vida do cão ou fazê-lo feliz. Nem sempre agimos errado: embora um cachorro não precise ir a um spa, por exemplo (isso é ridículo), muitos podem se beneficiar de algum tipo de "creche", porque, do contrário, estariam sozinhos em casa fazendo nada.


Vida — Em sua pesquisa, o que a impressionou mais sobre os cães?
Alexandra
 — A forma como observam pequenas mudanças. Também me impressionei com seu universo olfativo: embora saibamos que eles têm um "bom nariz", não tinha noção de quão bom era. Conseguir distinguir um passo com a perna esquerda de outro com a perna direita, baseado nas concentrações diferentes de odor: isso é quase inimaginável! Ainda assim, é uma experiência muito canina.

Vida — Qual é sua relação com cachorros e como ela mudou depois de sua pesquisa? Alexandra — Vivi com cães praticamente toda a minha vida, e espero sempre viver com um. Minha pesquisa definitivamente mudou a maneira como me relaciono com esses animais. Passei a ser muito mais atenta à importância do olfato para minha cadela. Comecei a levá-la para "caminhadas olfativas", em que parávamos a cada odor. Claramente, era um prazer muito grande para ela. Tentava também dar coisas para ela fazer quando eu não estava, porque ficou evidente que os cães podem ficar muito entediados (e, por consequência, ansiosos e destrutivos). E, como se fosse possível, ao saber mais sobre ela, passei a amá-la ainda mais.


Animais domésticos amam seus donos.
29 de Abril de 2014

Pesquisadores afirmam que animais domésticos realmente amam seus donos. Experimentos descobriram que os animais também liberam oxitocina - o mesmo "hormônio do amor" que em seres humanos cria laços e vínculos nos relacionamentos.

A oxitocina é liberada em nosso organismo em diversas situações sociais e os nossos corpos a produzem em altas concentrações durante interações sociais positivas, como ao se apaixonar, experimentar um orgasmo, realizar um parto e amamentar.

Paul Zak, professor da Claremont Graduate University, na Califórnia, realizou vários testes para medir os níveis do hormônio que eram liberados quando os animais interagiam com outros animais e seres humanos.

A equipe obteve amostras de sangue de um terrier de raça mista doméstica e uma cabra que regularmente brincavam um com o outro.

— O resultado foi muito surpreendente. O cão teve um aumento de 48% no índice do hormônio, o que é considerado alto até para um ser humano— comentou Zak.

Segundo ele, a oxitocina surge para ajudar nas ligações afetivas, e o estudo mostra que os animais domesticados formam ligações e sentem o amor da mesma forma que os humanos. Ele complementou dizendo que apenas os animais que foram domesticados aparentam mostrar essa resposta.

Em um segundo experimento, 100 pessoas coletaram amostras de sangue para estabelecer seus estados fisiológicos basais. Em seguida, os participantes se deslocaram para uma sala privada e brincaram com um cão ou gato por 15 minutos. Logo após, realizaram outra coleta e seus níveis de oxitocina foram medidos.

Durante o processo, os cientistas verificaram que as variações nos seres humanos diferem em cada um, assim como os animais produzem respostas diversas.

O estudo também concluiu que algumas pessoas simplesmente não são "pessoas de animais", e não mostraram nenhum efeito quando lhe foi dado um filhote de cachorro para cuidar. Isso mostra que nem todos os indivíduos são estimulados por animais de estimação.


O processo de escolher um cão!
10 de Outubro de 2012

Olá amigos, volto nesse segundo artigo para falarmos sobre a decisão de ter um cachorro. Em especial um filhote da raça American Staffordshire Terrier. Decidir sobre ter um cachorro, pode parecer bem simples, mas, se feita de forma impulsiva pode levar a arrependimentos gerando conflitos ou não preenchimento das expectativas. Algumas pessoas chegam ao cúmulo de abandonarem um cão ou não o tratarem com o devido respeito.
Antes de pensarmos no cachorro propriamente dito devemos atentar-nos para nós mesmos, nossa rotina e estilo de vida. E, assim, enquadrarmos nosso novo companheiro à nossa realidade. Nosso habitat e nossas particularidades.


Alguns fatores a considerar:


- Casa ou apartamento;
- Tempo disponível para o cão;
- Quanto de exercícios e treinamentos será dado ao cão;
- Onde o cão dormirá;
- Terá acesso a casa ou ficará só no quintal? Caso sim, quais os
cômodos que terá acesso;
- Amigos e visitas são freqüentes?
- Tem filhos, ou crianças na família?
- Idosos vivem ou freqüentam a casa?
- Quais hobbys e atividades praticam? Em quantas, e quais pretende
enquadrar ou não o cão?
- Possui outros animais?


Filhotes são sempre lindos, fofinhos, desajeitados, e engraçados. Porém, é importante analisar os pais e o plantel, porque a maior parte da vida do cachorro será na forma adulta, e não mais será aquela bola de pelos pomposa e desajeitada.  Americans vivem em torno de 15 anos, e despenderam atenção e cuidados quando são novos, adultos e principalmente na velhice. O cão é uma realidade física mas é muito mais uma energia vital com sentimentos e reações que se forma frustradas levarão a processos depressivos. Para que um cão seja alegre por toda a sua existência teremos que participar nesse processo.
Esses são apenas alguns exemplos do que se deve mensurar antes de decidirmos por adquirir um filhote. Conforme a individualidade de cada um, outros questionamentos podem e devem ser feitos.  Após esse processo de análise, ponderação e com a certeza de qual raça desejamos e que temos o ambiente para sermos felizes com o novo membro da família passamos para a outra etapa. Onde achamos o mocinho ou a mocinha? Vejamos as opções e o que se pode esperar de cada uma das mesmas:

a) Pet shops, Mercado Livre e feiras de animais – de todas as possibilidades, é de longe a pior delas. Na maior parte das vezes, são filhotes que foram afastados muito cedo da mãe, ficam confinados em gaiolas ou cercadinhos, não tiveram a socialização necessária para tornarem-se adultos equilibrados, e sofreram com esse trauma constante de confinamento, viagens (nos casos das feiras), manipulação mal feita, condições de higiene precárias, falta de estímulos, exercícios, etc.
Além dessas condições desfavoráveis, que podem causar traumas por toda a vida do filhote, na maioria dos casos não se tem acesso aos pais dos filhotes e nem as informações necessárias sobre os ancestrais. Isso dá margem a experiências frustradas com pessoas que são apenas vendedores de cães. Fica difícil comprovar a veracidade dos fatos e as informações podem ser falsas ou equivocadas. 
b) Criador de fundo de quintal, ou o que chamamos de comerciante de cachorro. Na maioria das vezes são pessoas despreparadas, não dominam a história e o padrão da raçanem orientam adequadamente. No futuro, se precisarmos de ajuda ficamos desamparados em todos os sentidos. Geralmente comercializam mais de uma raça e o intuito nesses casos é vender o filhote sem um acompanhamento futuro. Não dominam aspectos ligados a possiveis doenças comuns de certa raça em particular. 
Pouco sabem sobre acasalamentos adequados e genética da raça e dos ancestrais envolvidos. Geralmente são pessoas que adquiriram os cães de outros criadoresde  fundo de quintais, e possuem uma motivação financeira ou aventureira nesses acasalamentos. Nesse caso a própria procedência do cão torna-se duvidosa.
c) Criador responsável – A melhor das opções. É um criador com experiência. De preferência que crie apenas uma raça, embora nada impeça de ser ótimo e correto criando mais de uma ao mesmo tempo. Mas, a especialização, de uma forma geral demonstra que existe uma opção baseada na escolha de uma raça para se dedicar, estudar e entender. Dificilmente uma pessoa é ótima criando muitas raças. São criadores que dominam o padrão da raça, tanto de conformação quanto de temperamento. Investem na qualidade de seu plantel, quer seja, no temperamento como na genética. Fornecem alimentação de qualidade, garantindo um cão bem nutrido, bonito e bem disposto. Não poupam na qualidade da alimentação, nos medicamentos, nas vacinas éticas importadas e nos cuidados médicos e gerais que possam ser necessários visando a garantir o bem estar do plantel. Isso se reflete com toda a certeza nas futuras gerações.
São motivados pelo amor a raça que criam, muito além dos lucros. Pois, mesmo cobrando valores mais elevados, os custos de se ter uma criação de nível e qualidade, na maioria das vezes, faz com que o lucro praticamente se iguale aos custos. Muitas vezes o lucro não compensa por tanto trabalho e envolvimento emocional que exige atenção e cuidados de domingo a domingo.
Identificar um bom criador, de um comerciante não é difícil. A forma como trata os vários temas que são inerentes à raça ou a maneira como responde as nossas perguntas pode ser um bom começo. Observar os resultados do seu trabalho de criação analisando o que foi gerado e colhendo informações dos animais que foram enviados ou entregues é também uma maneira de tirar conclusões. Geralmente um criador que não é bom não se mantem por muito tempo. É interessante se relacionar com um criador responsável para termos todo o apoio antes e principalmente depois da aquisição. Um comerciante vende. Um criador responsável está sempre a disposição de responder perguntas, esclarecer dúvidas, dar estímulo ou ficar compadescido por todas as etapas relatadas do filhote que foi entregue. Passa a existir um elo de ligação entre o que adquire o filhote e o criador. É salutar que sejam amigos em potencial e muitas vezes de fato. Isso é importante pois ter uma pessoa para trocar informações ou sanar inseguranças pode ser a diferença entre ter uma relação feliz ou não com o novo membro da família.
Para as pessoas que tenham interesse em participarem de exposições um criador experiente terá melhores condições de encontrar um filhote promissor que venha a nos trazer bons resultados e premiações. A qualidade de seu plantel e a história de conquistas nos dão uma idéia do potencial de nosso futuro adulto cão.


Nesse ponto, já avaliamos e decidimos sobre a aquisição do filhote, aprendemos a melhor opção de onde comprar o filhote, falaremos agora sobre os preparativos e primeiros dias do filhote em casa.
Antes de tudo devemos criar um ambiente favorável para chegada do nosso novo filhotinho. É importante atentarmos para as plantas presentes na casa. Pode parecer bobagem, ou um detalhe, mas, algumas espécies são tóxicas para o cão, e sendo filhote, até que se ensine, podem ocorrer alguns casos de ingestão de plantas, ou escavações.  Como exemplo, temos a Comigo Ninguém Pode e a Espada de São Jorge. Existem muitas outras, bastando uma pesquisa para saber os efeitos que cada uma pode
causar no cão.
Além do cuidado com as plantas e jardins, é importante providenciar o que chamamos de kit básico para os filhotes. Com o tempo, experiência e necessidades de cada cão e proprietário, e mudanças podem e devem ocorrer, porém, alguns itens são essenciais, como por exemplo:


- Cama, casinha ou caixa de transporte – é o local onde o filhote irá descansar e passar boa parte do tempo. Deve-se levar em consideração o tamanho do cão adulto, ou ter em mente que conforme o filhote for crescendo esse item deverá ser trocado por um com tamanho adequado;
- Potes (comedouros e bebedouros) – preferencialmente de aço inox ou cerâmica, sendo os mais higiênicos e fáceis de esterilizar. Os de plásticos e alumínios não são indicados, o primeiro por formarem ranhuras no plástico que favorecem a proliferação de fungos e bactérias, o segundo por liberar o alumínio o que não é bom para saúde do cão.
- Veterinário – Geralmente o próprio criador tem um veterinário que acompanha seu canil, ou ainda, sabe indicar profissionais responsáveis e de qualidade, que entendem e conhecem as características especificas da raça;
- Coleira, guia escova, pente, xampu, produtos para limpeza das orelhas, etc.
- Brinquedos – para alguns pode parecer bobagem. Mas são importantíssimos pois com eles é possível aumentar a interação e diversão do cão com a família. E também, são necessários para ensinar o cão o que é dele, e pode ser roído, ao invés do sapato, chinelo, meia, roupa do varal, etc.
- Por último ração de boa qualidade, ou alimentação natural – Converse com o criador sobre a marca e métodos de alimentação do plantel. E caso prefira alterar os métodos utilizados no canil, é aconselhável fazer após o período de adaptação do filhote, para diminuir o estresse e as mudanças que ocorrerão ao mesmo tempo. Lembrando que a separação da mãe, dos irmãos, do canil, já pode ser bem estressante para um filhote.
Recomenda-se que o filhote mude de lar quando houver alguém disponível 24 horas. Para que possa assistir e acompanhar os primeiros dias com o novo membro da família, diminuindo assim o sofrimento e as chances de desenvolvimento de maus hábitos, como roer móveis, latidos excessivos, choros ininterruptos, e principalmente, o que mais assusta aos novos proprietários, local errado de fazer as necessidades.
O importante é não receber o filhote e deixá-lo abandonado e sem atenção.
Agora que já estamos com tudo preparado para chegada do filhote, falaremos um pouco da escolha de um filhote da raça American Staffordshire Terrier e o que esperar dessa opção, caso essa tenha sido a luz verde que surgiu em sua mente. 
Os filhotes de American são muito fortes, ativos e brincalhões. Sendo uma excelente raça para aqueles que possuem uma vida ativa, praticam esportes, e querem um guardião fiel, amoroso e inteligente. Por serem cães do grupo dos Terriers, são tenazes e caçadores e dirigirão bem os seus instintos com uma educação adequada. Assim nos brindarão com obediência, fidelidade, carinho e virtudes que facilitarão os ensinamentos de comando e treinamento. Quanto mais nos relacionarmos com nosso american e falarmos com ele através de palavras e gestos mais ficaremos surpresos com sua inteligência e grandeza. Normalmente desconhece a palavra medo e por isso se diz que sua coragem é proverbial. 
Como todo ser vivo, os Americans também divergem em personalidade. É importante analisarmos a individualidade de cada filhote na hora da aquisição. E principalmente, tentarmos harmonizar a personalidade do cão com a nossa e dos membros da família. Porém, o inverso também pode ser muito vantajoso. Existem diversos estudos mostrando que uma pessoa tímida tem melhoras incríveis por possuírem um cão, Nesse caso, se for um cachorro mais ativo, sem timidez ou medo o que auxilia e muito nessa melhora.
Considerar a personalidade de cada exemplar individualmente é uma forma de não ter frustração no futuro. Imagine uma pessoa
extrovertida, falante, comunicativa, praticante de esportes, com muitos amigos com um cachorro tímido ou medroso. Certamente será muito desconfortável para o proprietário e principalmente para o cão ter que passar por uma situação a qual não se sinta confortável. A pessoa tentando apresentar aos amigos um cachorro tímido, e o cachorro mais tímido tendo que conviver com constantes excessos por partes dos amigos humanos do proprietário.
No entanto, os casos de timidez e medo podem ser facilmente revertidos com treinamentos e técnicas de adestramento e desensibilização adequados.  
O criador responsável terá o maior prazer e experiência em auxiliar e identificar o temperamento de cada filhote, e também, indicar a ninhada que melhor se encaixe na preferência do futuro proprietário. Pois é importante frisar que o estudo, experiência e escolha do casal que vai acasalar são sempre levados em consideração pelo criador. Nesse momento é interessante se o criador tiver um plantel com um número significativo de exemplares para gerar um maior número de possibilidades físicas e de comportamento.
Além da personalidade referida própria da raça, o AST apresenta uma gama de cores e marcações, uma mais linda do que a outra, deixando muitos pré-proprietários em dúvida na hora da escolha. Por último tem-se a escolha do sexo. Macho ou fêmea?
Deixo por último, por considerar a personalidade primeiro, pois, na
maioria dos casos a opção de sexo é feita relacionando a personalidade
e temperamento ao sexo. As características por sexo podem ter
exceções, assim, deve-se avaliar a personalidade individualmente.
Vejamos algumas características de cada um, de forma bem resumida e pincelada:

Machos:
- Geralmente são maiores, mais fortes, mais volumosos, mais territorialistas, mais independentes, e tendem a testar mais nossa
liderança.
- Marcam o território, o que pode ser ruim para quem mora em apartamentos, ou tem dificuldade em ensinar o local para fazer suas necessidades.
Fêmeas:
- São menores, mais femininas, meigas e carinhosas. Geralmente são mais protetoras com os membros da família.
- Cios de 6 em 6 meses podem ser um problema para os que moram em apartamento.


Sendo assim, tratamos de conceitos importantes desde a idéia inicial de termos um filhote, como tornar possível essa realidade através da melhor forma de escolhermos, alguns pontos para guiarmos a nossa decisão conforme nossos interesses e como preparar o ambiente para melhor receber a futura jóia. Em física quântica sabemos que existe uma troca universal de energia e na relação com os cães podemos vivenciar uma experiência rica de possibilidades. Serão muitos anos de convivência. Vale a pena olharmos para onde estamos pisando para termos melhores chances de acertarmos o caminho.

 

Pedro Lima

Nelson Filippini Almeida

 

 


O homem lobo!
28 de Setembro de 2012

Na Inglaterra, Lawrence Wahba conheceu o verdadeiro homem-lobo. “Eu descobri sobre ele na Internet. Ele estuda os lobos para entender os cachorros”, comentou. Desde criança, Shaun Ellis tinha uma relação especial com cachorros e começou a estudar raposas no interior da Inglaterra aos 10 anos de idade. O ex-soldado inglês é conhecido internacionalmente como um dos maiores especialistas do mundo em comportamento de lobos. “Durante dois anos, ele viveu com a mesma roupa e comeu carne crua e frutas”, lembrou.

Shaun pretende desmitificar a imagem de mostro assassino que as pessoas têm desses animais, ajudando a melhorar a qualidade nas relações entres as pessoas e seus cães domésticos, cujos instintos vêm dos lobos. Ele viveu nas montanhas dos Estados Unidos com uma alcatéia como se fosse mais um deles.

Mesmo não tendo formação biológica, Shaun é o único ser humano do mundo que foi aceito como parte de uma família de lobos selvagens. “Ele toma muitas dentadas, ele tem muitas cicatrizes”, falou Lawrence.

Os lobos possuem entre eles regras fixas, onde cada um tem um papel fundamental para a sobrevivência do grupo. Todos tomam conta dos membros mais fracos. “O líder nunca deixa que o mais fraco fique sem comida. Ele garante que cada um tenha o seu pedaço”, disse Lawrence.

“Até o mais fraco é importante no grupo, porque ele é o primeiro a sentir uma situação de perigo”, destacou. Shaun Ellis fundou o Wolf Centre, um centro de pesquisas e conservação de lobos que coordena projetos de preservação de lobos nos Estados Unidos e na Polônia.

O ex-soldado explicou ainda como é preparada a comida desses bichos. Dentro do cercado e com a carcaça que será sua comida, ele defendeu o pedaço que seria seu por direito enquanto os lobos a devoram. “Os lobos são muito fortes, e para o Shaun fazer parte da família, ele precisa guardar uma parte da comida para ele. Assim, ele será respeitado”, contou. “As caretas precisam ser idênticas aos dos lobos, para não correr risco. A posição das orelhas dos lobos são fundamentais para entender o que eles querem dizer”, frisou.

No palco do Domingão,  Lawrence descreveu a cena em que Shaun uiva e interage com os animais. “O uivo tem que ser exato. Se ele desafinar, toma dentada!”, ensinou.

Shaun cuida de três lobos desde que eles são filhotes. “Tive que dar uma pasta de queijo, que lembra o leite materno, para poder chegar perto”, afirmou Lawrence. “Nesta família, quem manda é a fêmea”.

Em relação à mordida dos lobos, Lawrence disse que ela é duas vezes mais forte do que a de um cachorro pitbull. “Se for uma mordida forte, pode triturar um osso”, falou.

Lawrence Wahba visitou a casa do homem lobo, um local cercado por uma17 animais que parecem lobos. Existem três variedades de híbridos: um que é semelhante a um lobo, outro que se parece mais com um cachorro, e oSalu, uma mistura de pastor alemão com lobo que foi criado no início do século 20 na Alemanha.

Shaun trabalha com reeducação de cachorros misturados com lobos. Ele escolheu dois filhotes e dois adultos para interagirem com Lawrence. Os filhotes brincaram com ele imediatamente, mas os adultos ficaram ariscos. Aos poucos, o macho também se interessou pela brincadeira, saudando Lawrence. “O cachorro que vem primeiro te receber tem tendências a não obeceder, e o que não vai te receber é o mais medroso, que pode ficar latindo o tempo todo. A dica de Shaun é você chacoalhar uma chave de carro. Um vai vir primeiro, e o outro ficará atrás. Você precisa escolher aquele que ficam no meio, pois eles te obedecerão mais”, sugeriu Lawrence.


Dicas de Pedro Lima - Introdução.
28 de Setembro de 2012

INTRODUÇÂO


Primeiramente gostaria de agradecer ao Nelson, pela oportunidade de
fazer parte da família New Kraftfeld. Assim, trarei ao site textos que
terão o objetivo de melhorar a interação e a convivencia entre o AST e
suas respectivas famílias.
Muitas das vezes, as famílias até sabem  o que fazer, porém, tem-se um
pouco de dificuldade no como fazer, e terei o maior prazer em dividir
tudo que tenho estudado sobre o assunto nesses anos.
Assim como a maioria que frequenta o site, sou um admirador dos ASTs,
e do trabalho que tem sido feito pelo Nelson. Motivos esses que me
motivaram a contribuir para esse espaço.
Farei de tudo para manter uma regularidade nos textos, e buscarei
sempre assuntos interessantes, além de dicas, curiosidades, e afins.
Abraços....
Pedro.”

 

Amigos, resolvi inaugurar esse espaço dedicados a dicas de
adestramento, comportamento, manejo e afins, com um pouco de história.
Em tempos de faculdade, certa vez ouvi de um professor, que antes de
tudo deveríamos dominar os conceitos. Simples assim, iniciou-se o
período letivo, e durante todo ele, penamos para sermos exatos
conceitualmente, nem mais nem menos do que nos eram perguntados fora
respondido.
Desbravarei um pouco do que aprendi nesses anos, onde me envolvi por
hobby, na cinofilia. Digo hobby, por já ter criado cães de raça, e
estudar adestramento, comportamento, alimentação, fisiologia e
exercícios, não como atividades principais remuneradas, e sim, apenas
para relaxar e poder dar uma melhor condição e estrutura aos meus
cães, e também, aos cães de amigos, conhecidos e por vezes, de pessoas
que não conhecemos que acabam tendo acesso as informações que
colocamos disponíveis na internet, como nesse caso. Nessa caminhada,
tive a oportunidade de conhecer e aprender com muitas pessoas
renomadas em diversas áreas, principalmente na área de comportamento e
adestramento animal, digamos que tive a oportunidade conviver e beber
da fonte de alguns figurões no ramo, assim como, especialistas
veterinários, textos científicos, artigos, livros, criadores, e por aí
vai.
Após essa pequena introdução, dissertarei um pouco sobre a
domesticação do cão selvagem e do lobo.
Iniciarei dizendo que o cão, enquanto espécie distinta do lobo, foi
descrito pela primeira vez como Canis Famialiris em 1758, por Limeau,
que no mesmo ano também descreveu o lobo como Canis Lupus.
Os textos por mim encontrados, não são muito precisos quanto ao
assunto, haja visto, tratarem de estudos arqueológicos de milhares de
anos. Dando-nos assim, algumas possibilidades. Uma delas, separa o cão
do lobo, há cerca de 135.000 anos, onde foram encontrados fósseis com
morfologias próximas ao lobo cinzento (canis lúpus), junto de ossadas
humanas. E ainda, teríamos, uma outra vertente, datada de 30.000 anos
como o marco da domesticação do cão, tendo uma crescente evolução há
cerca de 12 a 15.000 anos. Porém, ambas as teorias concordam que foi
dado início a esse processo no Oriente Médio.
Inicialmente pensava-se que os lobos e chacais seriam os possíveis
descendentes do cão doméstico atual. Mas adiante, estudos de DNA
comprovaram que a similaridade genética do DNA canino esta muito mais
próximo do Lobo (em torno de quase 100%), do que do Chacal ( em torno
de 96%), descartando assim a hipótese de terem  o chacal, ou híbridos
do chacal, sidos ancestrais do cão doméstico.
“Resolvida” essa primeira etapa de distinção dos ancestrais do cão
doméstico, passamos a entender os motivos e como se deu essa
domesticação.
É sabido que a domesticação e os primeiros contatos entre lobos e
humanos, se deu, por questões de mutualismo, ou simbiose. Ou seja,
seria de interesse mútuo essa aproximação. Com isso, os humanos
passaram a aceitar e querer a proximidade dos lobos, junto aos
acampamentos, no início, pelo conforto dos lobos acabarem alertando
quando ocorria aproximação de outros lobos e até mesmo felinos
selvagens. E para os lobos, estarem próximos aos acampamentos humanos
era interessante por diminuir a necessidade de caça por alimentos,
alimentavam-se principalmente dos restos de caça e comidas dadas pelos
humanos, e também ficavam mais protegidos de predadores naturais,
devido ao fato dos próprios humanos se encarregarem por afastarem as
possíveis ameaças.
Com o decorrer do tempo esse vínculo aumentou e se estreitavam os laços

da relação do lobo com os humanos. Passaram a correr, algumas intervenções

humanas quanto a seleção daqueles lobos que passariam a acompanhá-los

dali em diante, sendo a utilidade e algumas questões de ordem pessoais,

determinantes nessas escolhas.
Dizemos assim, que nesse momento, deu-se inicio as primeiras seleções
de características buscadas pelos humanos, que passaram a intervir na
seleção natural, em prol de seus interesses. Situação essa, que mais a
frente tornaram-se, o que podemos chamar de diretrizes das criações e
dos protótipos de metodologia na formação das várias raças que surgiriam

gradualmente na medida das necessidades humanas.

Haja visto tratarmos aqui de características de guarda, pastoreio, submissão,
etc. E futuramente, passam a ter papéis cada vez mais importantes na
caça e guarda das aldeias.
Todavia, alguns estudos indicam que não somente por esses motivos
aconteceu a intenção de domesticação do Canis Lupus, mas também,
devido a empatia dos seres humanos com os filhotes do lobo.
Alguns podem se perguntar nesse momento, o que exatamente o quero
dizer. Calma, eu explico.
Estudos indicam que nós, seres humanos, como mamíferos que somos,
acabamos tendo uma empatia, e vontade intrínseca de cuidar de todo e
qualquer filhote. Estudo esse, que justificaria também, o porque de
tão logo nos depararmos com um filhote, sentirmos uma necessidade
extraordinária de cuidar, tomar conta e principalmente alimentar.
Notamos tais comportamentos e sentimentos, principalmente, nas
crianças, onde são mais puras, e ainda não tiveram parte dos extintos
lapidados por nossas regras sociológicas. Além, por ambos terem
estruturas hierárquicas similares, lembrando que falamos aqui da
relação dos humanos na pré-história, onde o homem era o dominante e
mulheres , crianças e idosos possuíam posições abaixo na hierarquia da
aldeia. E também, por serem duas espécies que necessitavam conviver em
matilha, assim como a alcatéia..
Chegado aqui, resumimos então, que a domesticação do Lobo, canis
lúpus, se deu por 2 motivos principais, sendo eles, a utilidade e
empatia.
Nesse momento, devido a fácil adaptação dos lobos as aldeias humanas e
por suas utilidades compartilhando as obrigações de caça e guarda de
território e membros do grupo, os cães começam a se espalhar pelo
mundo a fora.
A partir daí a presença dos cães na história mundial, torna-se cada
vez mais clara e evidente. Tiveram posição de deuses no Antigo Egito,
sendo até mesmo usados em rituais de curas, e adorados na forma do
Deus Anúbis.
Espalharam-se por toda Ásia e Europa conforme avançavam juntos à tropa
de Alexandre o Grande, e todos lembramos também dos “shows” dados pelo
Império Romano no coliseu, com a utilização de cães ferozes, os quais,
eram utilizados para enfrentarem prisioneiros, cristãos e escravos.
Mas, nem sempre na história os cães tiveram todo esse prestígio, se
assim podemos dizer. Com o fim do Império Romano,  passamos a viver no
que foi denominado Idade Média, e nessa época os cães,( já espalhados
por todo o velho continente, nesse momento viajavam principalmente com
os mercadores fenícios do Oriente Médio, passam a ser mais presentes
nas regiões mediterrâneas do velho continente), passaram a ser vistos
com maus olhos, por alguns motivos, sendo os principais as constantes
influencias da igreja católica, por meio da Inquisição, vinculando a
presença de cães com bruxas, vampiros e lobisomens, e também, devido a
proliferação da peste negra na Europa, e os cães acabarem se
alimentando de cadáveres nessa época.
Assim, os cães apenas retornariam a posição de prestígio durante o
Renascimento, por agora estarem na graça da Nobreza, e por começarem a
ser reconhecidos como ótimas companhias infantis. Isso porque, nessa
época, os a função de cuidar dos cães da nobreza eram dos empregados,
porém, os mesmos tinham responsabilidades para com seus patrões, e na
maioria das vezes, esse trato dos cães ficavam para as esposas e
filhos desses empregados. Todavia, as mulheres geralmente responsáveis
por cozinhar e lavar para os mesmo empregados e para a própria
família, acabavam não tendo muito tempo para o trato dos cães.
Resultando assim, numa necessidade das crianças e filhos desses
empregados manusearem e tratarem dos cães. O que explica essa noção de
que os cães eram ótimos com e para as crianças.
Com isso, os cães passaram a ser sinônimo de riquezas, e passaram a
ser criados e selecionados dentro dos castelos, e variavam de
características e utilidades de região para região. Eram usados, nesse
momento, principalmente para guarda e caça esportiva.
Por serem “artigos de luxo”, passaram a ser presenteados entre a
Nobreza, e assim, foram se propagando, o que seriam os primeiros cães
de diversas raças, haja visto, que a partir dessas seleções e criações
deram-se as primeiras raças de cães.
Tais trocas e presentes acabaram por valorizar cães de determinadas
criações e regiões, e de certa forma, auxiliou na preservação dessas
primeiras raças. Fato claramente percebido quando analisamos que a
propagação de exemplares pelo mundo, evitaria a extinção da raça, caso
alguma coisa acontecesse na região e com as pessoas que assim,
selecionavam aquelas características específicas de determinadas
raças.
Com o passar dos anos, as seleções, criações e preferências humanas
foram se intensificando por todo o Mundo, e assim, podemos dizer que
essas primeiras criações e raças, acabaram por ser os ancestrais de
praticamente todas as raças que temos atualmente. Claro que muitas
modificações ocorreram, detalhamentos, algumas foram extintas, ou
passaram por tantas “mutações” que de longe seriam reconhecidas por
seus idealizadores e primeiros criadores.
Porém, graças a todo esse processo descrito nesse texto, podemos hoje
usufruir dos cães, e principalmente, da raça que nesse momento nos
une, e nos da a oportunidade de fazermos novas amizades, aqui nesse
site, quer seja, o American Starffodshire Terrier.
Para finalizar, gostaria de deixar claro que, não tenho como indicar a
fonte bibliográfica de pesquisa para as informações descritas por mim
nesse texto. Por terem sido adquiridas com os anos, estudos, leituras
de livros e internet, conversas com criadores, veterinários, amantes
de cães, etc. Mas, quero dizer, que nada descrito acima, foi
inventado, ou descoberto por mim, e que a maioria das informações,
aqui contidas, podem ser facilmente encontradas na internet. Sendo
assim,nada mais fiz, do que passar um pouco do que já li e estudei
sobre esse processo de domesticação do lobo e “criação” do cão
doméstico, com intuito de compartilhar e facilitar o acesso a
informação, para aqueles que gostam da raça AST, e principalmente
fazem parte da família New Kraftfeld.
Reforçando dessa maneira todo carinho e valor que Nelson tem por seus
cães, e por aqueles que o procuram e visitam seu site.
E mais uma vez, demonstrando o pioneirismo desse canil para com a raça
American Staffordshire Terrier.
Um abraço à todos, e espero que gostem!

 

Pedro Lima

 

 

 

 

 

 


Cães e o homem!
16 de Maio de 2012
Estudo: cães podem ter feito homem moderno superar Neandertal
 
 
 
Por mais de 32 mil anos, os cães têm sido fiéis companheiros do ser humano, vivendo, comendo e respirando enquanto ele passava de morador das cavernas a construtor de cidades.
Nesse tempo, o planeta perdeu nossos primos mais próximos - e, muitos argumentam, nosso maior competidor: o Neandertal, que havia ocupado o território que hoje é a Europa por 250 mil anos.
Agora, um antropólogo sugere que estes dois fatos possam estar relacionados - e foi a amizade próxima entre seres humanos e companheiros caninos que pesou a favor do homem moderno.
O pesquisador Pat Shipman afirma que as vantagens de um cão domesticado foram tão fundamentais para a evolução do homem que o fez 'derrotar' as espécies primatas competidoras.
Shipman analisou os resultados de escavações de ossos fossilizados de canídeos da Europa, do tempo quando humanos e Neandertais se sobrepuseram.
A pesquisa, primeiramente, estabeleceu um quadro para as relações do melhor amigo do homem. Ela constatou que humanos primitivos acrescentavam dentes caninos a joias, o que demostra como os animais eram venerados. Além disso, eles raramente eram representados nas imagens das cavernas - o que indica que os cães eram tratados com uma reverência maior do que a dispensada aos animais caçados.
As vantagens que os cães deram ao homem primitivo foram enormes - os próprios animais eram maiores do que os cachorros modernos, sendo pelo menos do tamanho de um pastor alemão.
Em razão disso, eles poderiam ser usados como animais de carga, levando carcaças de animais e suprimentos de um lugar ao outro, deixando que os humanos reservassem suas energias para a caça.
Em retorno, os animais ganhavam calor, comida e companhia, ou, como Shipman descreve, 'um círculo virtuoso de cooperação'.
Os cães também podem ter tido influência em como os seres humanos se comunicam. Cachorros e humanos são os únicos animais que têm grandes 'brancos nos olhos', e que seguem o olhar de outra pessoa. Essa característica não foi encontrada em outras espécies, o que pode significar que, com a evolução da relação homem-cão, ambos teriam aprendido a usar pistas não verbais com mais frequência.
Assim, cachorros se tornaram uma das primeiras ferramentas que a humanidade começou a usar, e a relação se desenvolveu de ambos os lados, se tornando muito arraigada em nossa psique.
E, antigamente, quando qualquer vantagem era necessária para sobreviver, o Neandertal pode, simplesmente, ter sido incapaz de lidar com as novas espécies que se moviam rapidamente pela Europa. 'Os cachorros não foram um incidente na nossa evolução em Homo sapiens, eles foram essenciais para ela. Eles são o que nos fizeram humanos', garante Shipman.
 
 
 
Fonte: Terra Notícias - Publicado neste site em 15/05/2012

ARTIGOS QUE ESTAVAM NO SITE ANTERIOR.
02 de Novembro de 2011
Cores e Genética
A Raça- Tabela de Cores Este artigo é de um criador de mastinos mas fazendo uma analogia podemos transpor para outras raças incluindo o AST. Por isso coloco aqui. As cores em qualquer raça de cães são determinadas pelo genótipo. O genótipo é feito em probabilidades, tentaremos a seguir fazer uma tabela de cores possíveis em cruzamentos de mastinos. Bem, para iniciarmos, quero dizer o seguinte, que para reduzirmos a margem de erro, teremos de buscar 3 gerações, pais, avós e bisavós, isto é sabermos as cores dos antecedentes dos nossos cães, a partir daí poderemos definir a cor ou as cores de qualquer acasalamento. Quando um cão ou cadela já tiveram várias ninhadas, poderemos por exclusão, saber sua carga genética em cores, isto é determinar a (s) cor (es) dos filhotes. No mastino napoletano a cor dominante é a preta, muitos vão dizer não é a cinza, pois vemos mais cães cinzas do que pretos, não a dominante é mesmo a cor preta. Muito se lembram das aulas de genética do colégio, pois bem é aquilo mesmo. Seguem abaixo os indicativos das cores. Quando menciono só as quatro cores, isto é porque o tigrado ou rajado como queiram, estão incluídos dentro da cor determinante, isto é o tigrado de preto esta incluído na cor preta, o tigrado de cinza esta incluído na cor cinza e assim por diante. 1 - Cor Preta ( dominante ) BB Dd, BB DD, Bb DD, Bb Dd. 2 - Cor Cinza ( recessiva ) BB dd, Bb dd 3 - Cor mogno ( recessiva ) bb Dd, bb DD 4 - Cor fulvo ( recessiva ) bb dd A cor cinza na verdade é uma cor preta diluída e recessiva a ela. A cor fulva é uma cor mogno diluída e recessiva a ela. Existem alguns princípios dominantes: 1º - O cães de cor preta em que o heterozigoto dominante é Bb e Dd, podem produzir cães nas cores recessivas bb ou dd ( fulvo ) ou Bd dd ( cinza ). 2º - O cães homozigotos recessivos bb ou dd ( fulvos ) ou Bb dd e BB dd, nunca podem produzir a cor dominante ( preta ) se cruzados com outro cão recessivo. 3º - BB ou Bb misturado com dd, resulta na cor cinza. 4º - bb com DD ou Dd, resulta na cor mogno. 5º - bb com dd, resulta na cor fulvo. Bem abaixo uma tabela de cores feita com apenas a primeira geração ( pais ), quanto mais completa for a tabela, isto é chegado até a 3ª geração, mais preciso serão os resultados, poderemos excluir muitas opções que aqui são genéricas. Cão(es) de cor preta Cores dos Pais Resultado Preto x Preto Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Preto x Cinza Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Preto x Mogno Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Preto x Fulvo Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Conclusão - A cor preta em um dos cães pode gerar sempre as 4 cores. Cão(es) de cor Cinza Cores dos Pais Resultado Cinza x Preto Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Cinza x Cinza Cinza e Fulvo Cinza x Mogno Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Cinza x Fulvo Cinza e Fulvo Conclusão - Cães de cores cinzas podem gerar algum cão de cor fulva, isto com uma probabilidade remotíssima, vai depender dos antepassados, avós e bisavós. Não é correta a afirmação de cinza com cinza, só da cinza. Cão(es) de cor Mogno Cores dos Pais Resultado Mogno x Preto Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Mogno x Mogno Mogno e Fulvo Mogno x Cinza Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Mogno x Fulvo Mogno e Fulvo Conclusão - Tanto mogno com mogno ou mogno com fulvo, só dão cães nas cores fulvo ou mogno. Cão(es) de cor Fulvo Cores dos Pais Resultado Fulvo x Fulvo Fulvo Fulvo x Mogno Fulvo e Mogno Fulvo x Preto Preto, Cinza, Mogno e Fulvo Fulvo x Cinza Cinza e Fulvo Conclusão - Tanto mogno com mogno ou mogno com fulvo, só dão cães nas cores fulvo ou mogno. No futuro, tentaremos colocar tabelas com avós e bisavós, para que possamos eliminar muitas alternativas e tornar menos genéricos os resultados.
Norteando cruzamentos.
6 de novembro de 2010. Eu sempre me senti como um cientista na questão de cruzamentos. Dessa forma podemos obter conclusões importantes analisando os resultados e anotando mentalmente as perspectivas. O cruzamento mais fácil em termos de quase inexistir possibilidades de transtornos genéticos é o OUTBREEDING. Nessa situação um exemplar cruza com um outro que não possui qualquer parentesco. É interessante porque também ficamos curiosos com os resultados dessa combinação. Geneticamente e fenotipicamente aguardamos ansiosos para o que virá. Foi o que eu fiz cruzando o Aliaj Red Byron com a Aliaj Thatcher que foi o meu casal importado primordialmente. Vários americans excelentes surgiram desse acasalamento e formaram uma base extremamente forte para o meu plantel. A partir daí, tendo filhos de dois exemplares selecionados dessa base inicial, mas com uma femea ou macho de outra linha de sangue com um e de um irmão usando outra linha de sangue seguimos um outro caminho ainda de outbreeding mas preparando um terreno para um INBREEDING que seria um cruzamento com parentes muito próximos (pais e filhos, irmãos inteiros, meio-irmãos, etc). Eu pratiquei o inbreeding de pai com filha duas vezes e de mãe com filho uma vez. De irmão inteiro nenhuma vez e de meio irmãos algumas vezes. Desses eu desaconselho bastante o de irmãos por inteiro. É óbvio que surgirão distúrbios genéticos graves em alguns filhotes e não existe sentido impor esse sofrimento para alguns animais. O cruzamento entre pai e filha e entre mãe e filho só deve ocorrer em situações extremamente especiais. Como exemplo quando eu cruzei o Red Byron, um AST perfeito, com sua filha a Venus, uma fêmea maravilhosa, filha de uma exemplar excelente destituída de parentesco adicional, visando tentar obter um exemplar que possua muito aquela genética que valorizamos demais. O cruzamento entre meio-irmãos é interessante para fixar com mais facilidade certas virtudes mas, quando já encontramos uma maior presença de parentescos lá atrás deixa de ser um inbreeding e passa a ser um Line Breeding. Eu faço esses cruzamentos as vezes mas desaconselho pois não é uma prática que deva ser feita, a menos que o criador tenha muita experiência com o processo por saber os resultados de cruzamentos passados. Essa experiência demora anos pois as gerações precisam existirem para que tenhamos esse conhecimento. Deve existir um histórico de cruzamentos para aprendermos com os bons e os maus resultados. Nas escolhas de cruzamentos é muito importante buscarmos a complementariedade. Nenhum exemplar é perfeito mas se ele é ótimo em algum aspecto devemos abrir os olhos para essa virtude. Na análise do exemplar eu considero um dos pontos mais importantes a cabeça. Se a cabeça não é típica, forte, pesada e bem desenhada de nada adianta o resto para animar os nossos olhos. A cabeça de uma fêmea é normal e bela se for delicada e não devemos desejar cabeças de machos em corpos de fêmeas. Quando uma fêmea parece um macho isso é bom para um plantel em termos de opções de cruzamentos. Falo agora pensando em padrões para exposições. Os juízes gostam de fêmeas femininas. A Baby Banker do meu plantel não é um exemplo de fêmea feminina. Mas todos gostam de ve-la. Isso se deve a um motivo primordial: existem dois mundos caninos da raça american. O mundo do american para exposição e o mundo para os olhos. A maioria das pessoas desejam para os olhos. O problema é que nesse desejo acabam ocorrendo distorções. De repente alguns querem um cão extremante pesado e que ruma para o Bully. American não é bully. O Bully possui cruzamentos de bulldog e fixando certas características que não são desejáveis para quem deseja a beleza e o lado atlético fixado em várias gerações na raça AST. Quem deseja isso deve adquiri logo um bulldog americano, um bulldog ingles, um bulldog campeiro ou mesmo um bully. AST é AST. Não podemos estragá-lo. talvez uma das virtudes mais importantes de um criador seja preservar a raça em toda a extenção desse termo. Bem, voltando ao tema, se o restante é maravilhoso podemos aproveitar esse exemplar cruzando com um outro de cabeça excelente. O segundo ponto que deve ser fixado são os aprumos e a estrutura ósteomuscular, incluindo a correta morfologia dos membros em repouso e em movimentação. Os aprumos se perpendiculares ou retos podem ser alterados se o filhote estiver muito pesado ou obeso por alimentação inadequada. A administração de cálcio em excesso pode forçar a consolidação precoce das epífises. Essas alterações não podem ser confundidas com distúrbios genéticos. Ou seja, um belo exemplar pode ser estragado pela criação inadequada. O terceiro ponto que deve ser tornado forte é a mordedura. O padrão para pista é a mordedura em tesoura. Se temos um exemplar que possui a mordedura em torquês ou levemente prognata devemos evitar utilizá-lo para cruzamentos, a menos que suas virtudes sejam enormes e escolhendo para acasalamento um exemplar com a mordedura perfeita e sem histórico de defeitos de mordedura. Existe o prognatismo eventual que surge oriundo de um casal com a mordedura perfeita e aquele que surge porque seus pais ou avós possuem esse problema. Existe também o prognatismo que aparece porque o cão, através de suas brincadeiras mordeu e puxou objetos, mangueiras, cordas, borrachas, pneus, etc. Seria um prognatismo adquirido que poderia ter sido evitado. Outro ponto a ser fixado é o dorso correto, as angulações, a inserção de cauda e sua conformação evitando que seja em anzol e a conformação geral. Outro é o tamanho. Devemos nos perguntar se queremos um plantel de americans compactos e curtos ou mais longos e altos. Os curtos tem uma movimentação em pistas pior do que os mais longos. Os compactos e fortes são mais próximos da tipicidade que fez do AST tão desejado. O ideal é olhar para vários americans em pista e fora dela e escolher o que desejas. O mais importante é trabalhar em cima do que gostas. Eu tenho no meu plantel os vários caminhos. Assim eu posso brincar bastante sem me perder. Fixo os dois e posso ir e vir com segurança. Para isso é necessário um plantel grande. Tenho 24 americans dentro do meu canil e mais outros espalhados mas de fácil contato. Mas eu normalmente cruzo com os americans que estão comigo. Meu plantel é fechado. Não introduzo cruzamentos para evitar a entrada de patologias infecto-contagiosas. E também porque aprecio trabalhas com meus exemplares pois os conheço cada vez mais. Bem, para terminar, existe um ponto muito importante para se fixar que é o temperamento. Apesar de pouco estudado ele é transferido para as gerações seguintes até em suas sutilezas. Só observando os resultados de nossso cruzamentos aprendemos a trabalhar com o comportamento de nosso plantel em termos de fixar características. Por esse motivo que o criador que muda muito o seu plantel sem conservar as bases que surgiram depois de anos de cruzamentos não poderá falar com segurança do que espera para o futuro pois está sempre recomeçando. E, finalmente, terminando mesmo, eu falaria sobre o OUTCROSSING. Se formarmos uma grupo de americans que tem muitos cruzamentos cosanguíneos e cruzarmos com o outro que também possui mas de genéticas diferentes estaremos praticando essa modalidade de cruzamento que eu considero interessante se existir complementariedade. Espero que tenham gostado do que escrevi hoje.
CRUZAMENTO / CONSAGUINIDADE
Antes de tudo, e como preâmbulo, deve-se ressaltar que todos os seres vivos compartilham uma série de gens, independentemente da espécie ou raça em questão. Assim ao cruzar dois cães de raças diferentes, e, apesar de suas diferenças, sempre haverá uns gens que serão comuns a toda espécie canina. Podemos ir mais adiante e dizer que outros gens seriam iguais em todos os mamíferos, outros resultariam comuns a todos os quadrúpedes e, para ir mais longe, outros similares a todos os seres vivos. Outcross: É um cruzamento realizado sem consangüinidade próxima ainda que os pais pertençam a mesma linha. Se utilizam exclusivamente critérios de seleção. O exemplo extremo poderia ser o cruzamento de dois exemplares de distinta raça (cold outcross) que produziria uma descendência mestiça com tendência a zero em homozigose e máximo em heterozigose. Linebreeding: Cruzamento em linha. Consangüinidade pouco intensa. É um termo inventado pelos criadores para definir uma forma mais difusa e pouco intensa de inbreeding. Se pode levar a cabo de muitas formas. Um procedimento se fundamenta em deixar uma geração livre entre meio de dois acasalamentos consangüíneos. Por exemplo: neto com avó ou neta com o avô. No meio há que se deixar pelo menos um cruzamento em outcross. Dado que os exemplares de cães de raça pura descendem de relativamente poucos exemplares de base (de origem) poderíamos dizer que a idéia de raça coincidiria em linhas gerais com a definição de linebreeding. Em termos de criadores se usa somente quando se toma em conta um máximo de cinco ou seis gerações. Inbreeding: Nele se realiza uma consangüinidade mais intensa. Na realidade é um linebreeding de caráter muito intenso. Consiste em cruzar irmãos entre si ou pai ou mãe com filha ou filho. Geralmente o mais jovem dos pais, se cumpre os requisitos que buscamos, se aparenta com seu filho. Tio com a sobrinha, tia com o sobrinho e primos irmãos, são considerados por alguns inbreeding e por outros linebreeding. Geralmente é o que nos seres humanos seria considerado incesto. Seria absurdo pensar em efetuar tanto inbreeding como linebreeding, como qualquer outro tipo de cruzamento, sem fixar-se com antecedência no fenótipo dos progenitores. A seleção deve ser sempre previa. A QUARTA VIA: Existe outra forma de conseguir o máximo de homozigose sem efetuar consangüinidade e por meio do outcrossing. Por sua dificuldade não se emprega e em sequer se tem em consideração na criação normal. Por dar um exemplo muito claro: dois cães de raças totalmente distintas que tenham como fixo uma cor, se cruzarem entre si produzirão mestiços dessa cor. Isso quer dizer que distintos criadores da mesma raça de cães, cujos exemplares não tiveram nenhuma relação de parentesco entre si, poderiam perfeitamente conseguir homozigose para os mesmos traços que se estivessem intimamente aparentados. Por exemplo: igual tipo de cabeça, cor, altura, etc. Cruzados portanto entre si fixariam suas características de igual maneira que se houvessem empregado inbreeding, porém sem nenhum de seus inconvenientes. Por razões obvias de logística e econômicas isto é muito difícil de coordenar. Uma maneira de conseguir algo parecido seria trabalhar com um standard muito rígido que unificaria todas as características raciais de uma maneira tal que não houvera outra saída que criar sob a mesma tipología. Todas as raças são obtidas empregando elevadas doses de consangüinidade e essas altas doses de consangüinidade se seguem empregando pelos criadores para poder formar suas linhas, aproximar-se de seu tipo ideal e, o mais importante, fixá-lo como próprio. A consangüinidade fixa simultaneamente características desejadas e caracteres defeituosos. Se requer grande energia e honestidade para eliminar da criação aos exemplares com defeitos e fixar somente as características buscadas. Nos Estados Unidos se emprega com intensidade. Não está demasiadamente bem vista na Europa, exceção feita a Inglaterra. Em alguns países, como a Holanda, foi proibido recentemente os cruzamentos inbreeding. E não somente na Europa, na República do Equador, por exemplo, estão proibidos os acasalamentos com mais de quarto grau de consangüinidade. Vejo muito difícil que consigam fixar um tipo, ou eliminar defeitos, ou obter qualquer efeito que requeira um modelo. Pessoalmente penso que há outros métodos de zelar pela saúde dos animais e que não devemos extrapolar ao mundo animal critérios antropocêntricos. A consangüinidade, que tem uma tradição milenar, não é nem boa e nem má por definição, é uma ferramenta que se emprega bem, se sabe-se, ou mal se não se sabe. Nos cães. igual que em qualquer ser vivo, a influência dos ascendentes diminui de geração em geração. Nos pais se pode calcular que se reparte a influência em 50%. Nos avós em 25%. Os bisavós em 12,5%. Na quarta geração se reparte a influência em 6,25% e a quinta em 0,32%. Desse modo, a partir da sexta ou sétima geração qualquer aporte se veria tão diluído que não valeria a pena ser levado em conta. Dos pais e os avós se pode esperar ver a influência direta nos descendentes, a partir desse momento a responsabilidade genética se modera. A isso há que acrescentar que os antecessores deixam seu traço tanto mais quanto mais homozigóticos sejam. Um criador experiente, com um projeto de criação bem planejado e começando com uma cifra preliminar de poucos exemplares, ainda que não sejam parentes, poderá em poucas gerações obter um biótipo próprio diferenciado de outros usando a consangüinidade e a seleção com habilidade.
MEDO DE BOMBAS E TROVÔES.
Medo de bombas e trovões Revista Cães & Cia, n. 361, junho de 2009 Fogos em dia de futebol, trovões numa tempestade... Entenda porque tantos cães têm medo de estrondos Não raro, cães entram em desespero ao ouvir explosões. Babam, tremem e, muitas vezes, tentam entrar em locais pequenos demais para eles ou se jogar pela janela. O estresse pode ser tanto que, no dia seguinte, ficam doentes ou se machucam seriamente. Mas, por que ficam tão apavorados? Instinto de preservação Barulhos altos podem significar perigo. Por isso, de maneira geral, os animais tentam fugir de tais sons. Estrondos passam a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima, como árvores caindo, relâmpagos, etc. Os antepassados dos cães que mais fugiram desses sons foram os que mais tiveram chances de sobreviver. Até mesmo dentro de nossas casas um barulho alto pode significar perigo. Imagine um móvel inteiro caindo perto do cão. É de se esperar que ele saia correndo para não se ferir. Não é dor no ouvido Muitas pessoas alegam que seus cães têm a audição muito sensível e que, por isso, sons fortes como de fogos e trovões são capazes de causar dor no sistema auditivo. Tá certo que um estampido extremamente forte, em contato direto com o ouvido do cão, possa realmente ter esse efeito, mas é raro isso acontecer. Apesar de os cães terem ótima audição, não é por dor que ficam assustados. A verdadeira causa é a associação que fazem de perigo com determinado barulho. Trauma Sempre que se assusta demais, o cão pode desenvolver trauma. Se um barulho muito forte o apavorar, outros ruídos semelhantes passarão a causar medo enorme, simplesmente por estarem associados ao grande susto inicial. É o que acontece quando um cão começa a tremer e a ficar ansioso com trovões fracos, bem distantes. Há casos em que a umidade do ar, o vento e a mudança da luminosidade são associados com o perigo de barulhos altos. Ou seja, antes mesmo de a tempestade se formar, o cão já pode estar sofrendo. Cura difícil Infelizmente, não é fácil resolver esse problema. Mas existem várias dicas para amenizá-lo. Casos de recuperação total acontecem. Não desanime, portanto. Almeje o tratamento e evite submeter o cão a mais sofrimento que o necessário. Proceda com calma e consideração. Local de confiança e protegido Muitos cães normalmente escolhem um lugar para se abrigarem quando estão com medo. Se esse for o caso do seu cão, procure respeitar o local escolhido por ele - permita que fique lá. Além disso, se possível, crie um espaço com janelas e portas vedadas - quanto mais a prova de som, melhor -, e acostume o cão a freqüentá-lo. Se você escolheu o seu quarto, ótimo! Usar um ambiente associado com a sua pessoa vai ajudar bastante a deixar o cão mais seguro. Dentro desse lugar, habitue-o a ouvir sons altos, bem altos, como de TV, rádio ou mesmo um CD de música. Desse modo, quando houver barulho de fogos ou trovões você poderá encobri-los, mesmo que parcialmente. Acostume o cão a brincar e a se divertir naquele ambiente também sem haver trovões ou rojões, para o local não ser associado a barulhos assustadores. Acostumar aos poucos Sempre que você e o cão ouvirem um barulho semelhante ao que causa medo nele, comemore com ele - dê petisco, jogue bola, etc. Tenha cuidado para nunca demonstrar que você se assustou com um barulho. O seu papel é ser fonte de segurança - esse exercício só funcionará se o cão se sentir relativamente seguro. Por isso, não se agache para protegê-lo quando houver um estrondo. Para ele, o ato de agachar pode ser sinal de medo. Um modo seguro de acostumar o cão com barulhos cada vez mais altos é gravar sons de tempestade e de fogos e reproduzi-los em momentos agradáveis. Para ele não ficar assustado, respeite sempre os limites. Evite novos traumas Todo o treino pode ir por água abaixo se novos traumas surgirem em decorrência dos ruídos. Considere, portanto, a possibilidade de, no dia de uma grande partida de futebol, na virada de ano novo ou quando mais for necessário, lançar mão de ansiolíticos (medicação tranquilizante). Consulte seu veterinário sobre isso. Antes de usar o remédio diante de estímulos muito estressantes para o cão, teste o remédio. Há possibilidade de o cão ficar ansioso em vez de calmo. Procure também observar se a dose está adequada. Em excesso, o remédio pode deixar o cão desequilibrado ou sonolento demais. Nesse último caso, ele deverá ficar confinado num espaço seguro e protegido de qualquer perigo, já que perambular pela casa causaria risco de bater em algo ou cair da varanda, por exemplo.
SOLIDÃO E PRESENÇA.
Por que alguns cães odeiam ficar sozinhos Revista Cães & Cia, n. 360, maio de 2009 Saiba quais motivos podem levar o cão a se desesperar ou a ficar deprimido cada vez que os donos saem O seu cão odeia ficar sozinho? Ele não é o único. Existe até um nome específico para esse problema: ansiedade de separação. Desespero Uma das manifestações do problema é facilmente percebida. O cão late sem parar, chora, arranha ou morde a porta, baba, se lambe ou se morde. Há ainda reflexos como aceleração dos batimentos cardíacos e aumento de cortisol, hormônio relacionado com o estresse. Depressão Outra possível consequência da ansiedade de separação é o estado depressivo. Nada motiva o cão enquanto ele está sozinho. Não bebe água, não come, ignora diversos estímulos que o motivariam se estivesse com os donos. Por um lado, esses comportamentos incomodam menos e chamam menos a atenção que o desespero, mas, por outro, o animal pode estar sofrendo física e psicologicamente, o que produz alta taxa de hormônio do estresse e aumenta o risco de contrair problemas de pele, câncer e outras doenças. Causa Quando lobos e cães selvagens estão em grupo, têm maior chance de sucesso nas caçadas e de sobreviver. Para eles, portanto, estar sempre em grupo é uma questão estratégica. Essa programação genética é herdada também pelos cães, inclusive por aqueles que vivem no aconchego de um lar humano. E essa tendência natural pode ser amenizada ou piorada, dependendo das nossas atitudes. Não estimular A maioria dos cães tem de ficar sozinha em um ou outro momento. Entre as iniciativas que podem evitar a ansiedade de separação, uma é não supervalorizar as saídas e as voltas ao lar. Nunca saia de casa se desculpando para o cão, preocupado ou ansioso demais. Nem chegue fazendo muita festa. Ao contrário, nesses momentos mantenha-se relaxado e evite retribuir a festa. Não é fácil, mas vale a pena: o cão será diretamente beneficiado. Onde deixar Se o cão tem acesso aos quartos e à sala de TV na sua presença, não restrinja a permanência nesses espaços quando ele estiver sozinho. Ficar exatamente onde você costuma ficar faz o cão se sentir melhor. Mais ainda se naquele lugar vocês costumam interagir e permanecer juntos por bastante tempo. Dormir no seu sofá preferido ou sobre o seu travesseiro são ótimas maneiras de diminuir a ansiedade do cão. Se isso não for possível, adote outra estratégia. Procure fazer da caminha dele o "centro da matilha". Deixe nela o seu cheiro e permaneça mais tempo perto dela, com ele. Assim, o cão não se sentirá tão excluído quando for preciso deixá-lo sozinho. Seu cão não é sua sombra O cão que nos segue o tempo todo dentro de casa costuma sofrer mais quando fica sozinho - a ruptura se torna radical se, o tempo todo, ele nos vê, ouve e cheira. Para diminuir o excesso de proximidade, a solução é ensinar o comando “fica” e pô-lo em prática algumas vezes por dia. Comande “fica” quando você for para a cozinha, por exemplo. Dessa forma, além de o cão se acostumar com as suas ausências temporárias, perceberá que você volta sem ele precisar latir ou arranhar a porta. Evitar traumas Podemos dizer que os cães têm medo de ficar sozinhos e que, se ocorrer algo assustador ou muito desagradável durante a ausência dos donos, esse medo tende a aumentar. Por isso, se você souber que haverá estouro de fogos, uma tempestade ou algum outro evento que possa ser assustador, não saia de casa se for possível. Ou, então, dê um remédio para acalmar o cão e ele não sofrer muito nem se traumatizar. Avalie qual é o melhor medicamento para esses casos com um médico-veterinário e procure testar o medicamento algumas vezes antes de sair de casa. Caça a petiscos Esconder petiscos pela casa para serem encontrados pelo cão durante a ausência dos donos ajuda a entretê-lo, a relacionar solidão com comportamentos prazerosos e a torná-lo menos ansioso. Normalmente, para aumentar o interesse do cão, é preciso estimular o apetite dele. Se ele estiver um pouco ou muito acima do peso correto, situação bastante comum, bastará deixá-lo com o peso adequado para o apetite aumentar bastante.
MELHOR IDADE PARA TREINAR.
Filhote, a melhor idade para treinar Revista Cães & Cia, n. 357, fevereiro de 2009 Ao contrário do que se divulga, o filhote pode e deve ser treinado. Conheça as vantagens de adestrar o cão enquanto ainda é novinho Ele absorve tudo Esperar 6 meses para começar a ensinar um filhote equivale a negar educação para uma criança até ela se tornar adolescente. Com essa espera se perde o melhor e mais importante período do aprendizado. Apesar de os cães poderem aprender durante a vida toda, é nos primeiros meses de vida que o cérebro deles está mais preparado para se desenvolver e absorver informações. O fato é que os cães estão sempre aprendendo conosco e com o ambiente, independentemente de termos ou não consciência disso. Por esse motivo, principalmente quando são filhotes, devemos prestar mais atenção no que estamos ensinando ou deixando de ensinar. Nada como uma boa educação na infância para serem evitados problemas na vida adulta. Não espere, portanto, o cão crescer para começar a lhe ensinar bom comportamento. Mais guloso O filhote costuma ser mais guloso que o adulto, o que facilita o adestramento por reforço positivo, ou seja, associar a obediência com coisas boas. Podemos aproveitar a própria ração do filhote para recompensar os comportamentos desejados e a obediência a comandos. Se o interesse pela ração for insuficiente, petiscos serão infalíveis. Mas tome cuidado para não dar petiscos em demasia e, com isso, desbalancear a ração. Ter má coordenação motora ajuda Por mais esquisito que possa parecer, a falta de coordenação motora do filhote facilita muito o aprendizado de comandos básicos, como o “senta” e o “deita”. O filhote tem muita dificuldade de "dar ré" olhando para cima. Por isso, para ensinar o “senta”, deixamos que ele fique em pé e levantamos o petisco acima da cabeça dele, movimentando-o para trás. O cãozinho cai sentado e já pode ser recompensado. A falta de coordenação motora também ajuda a induzir o filhote a aprender o “deita”. Nasce sabendo dar a pata É facílimo ensinar o filhote a dar a pata, outro comando considerado básico. Ele já dá naturalmente a pata quando está querendo comer o petisco na nossa mão, mas não consegue. Esse é um comportamento instintivo, normalmente recompensado enquanto o cão mama. O leite sai com mais força das tetas da mãe quando são empurradas com a pata. É um desperdício perder a possibilidade de associar esse comportamento a um comando, recompensando-o! Em geral, bastam alguns minutos para ensinar o comando a um filhote, enquanto que, com um cão adulto, esse mesmo ensinamento pode levar horas. Liderança mais aceita Embora o filhote possa ser mais ou menos dominante, raramente deixa de nos obedecer em troca de algum brinquedo ou comida. Muitos cães adultos recusam a recompensa para não demonstrar submissão ou para testar nossa liderança. Cães que aprendem cedo a obedecer e a respeitar limites dificilmente se tornam agressivos com seus donos quando contrariados, ao contrário de cães dominantes que não tiveram uma boa educação. Durante a adolescência, os cães testam com mais freqüência e intensidade a nossa liderança. A melhor maneira de lidar com isso é mostrar firmeza nos limites impostos e recompensar a obediência a comandos, o que fica mais fácil quando se podem usar limites e comandos já ensinados na infância. Agressividade não perigosa O filhote já pode demonstrar agressividade ao se sentir contrariado ou quando quer defender a posse de algum objeto ou alimento (agressividade possessiva). Embora um filhote possa morder, raramente representa perigo real para o ser humano. Com isso, quem tem filhote sente menos medo de impor limites com firmeza do que quem tem exemplar adulto, obtendo melhores resultados na educação do cão. É comum os filhotes testarem continuamente os limites, demonstrando agressividade. Mas também é preciso saber que quem não sabe lidar com essas situações corretamente pode incentivar e recompensar tais reações. Conforme o cão vai crescendo, suas ameaças vão ficando cada vez mais amedrontadoras e perigosas, diminuindo bastante a chance de os donos conseguirem controlá-las sem a supervisão de um profissional de comportamento canino. Donos mais empolgados Infelizmente, a empolgação e a dedicação dos donos em relação aos filhotes vão diminuindo com o tempo. Por isso, a criação de um bom vínculo entre as pessoas da casa e o filhote é a melhor maneira de garantir uma vida boa para ele depois de se tornar adulto. O cão educado e que sabe obedecer a comandos participa mais intensamente da matilha humana dele e aprende a se comunicar melhor com as pessoas, o que o torna mais querido por todos.
TER UM OU MAIS CÃES?
Ter um ou mais cães? Vantagens e desvantagens Revista Cães & Cia, n. 354, novembro de 2008 Muitos proprietários de cães perguntam se devem ou não comprar um segundo cão. Mostramos os prós e os contras de cada alternativa Amenizar a solidão Como animais sociais que são, os cães não gostam de ficar sozinhos. Embora sintam a falta do dono, a companhia de outro cão ameniza bem a solidão. Mas, por outro lado, infelizmente, nem todo cão aprende a substituir a companhia de um ser humano pela de outro cão. Principalmente quando não foi sociabilizado adequadamente com outros cães. A bagunça aumenta ou diminui? A destrutividade canina tanto pode aumentar quanto diminuir com a vinda de um segundo cão. Se os dois brincarem juntos, o estrago que produzirão será menor do que se um deles for deixado sozinho. Mas, na maioria das vezes, um dos cães incentiva o outro a fazer coisas erradas! Quando sozinho, em geral, o cão fica desmotivado e inativo. Pouco destrói, portanto. Nesse caso, se a presença de outro cão estimular o primeiro a agir durante a ausência das pessoas, a bagunça será maior do que quando o único cão era deixado sozinho. Mas é preciso lembrar que mais bagunça é também mais alegria e mais bem-estar para o cão. Pode haver briga É normal e aceitável que haja alguma agressividade entre os cães que vivem numa mesma casa. Mas, em certos casos, as brigas resultam em machucados sérios que podem, inclusive, levar à morte. Quanto mais cães houver, maior a chance de sair uma briga séria. Ter só dois cães é muito mais seguro do que ter três, quatro, etc. Em grupos grandes, muitas vezes o cão que está perdendo a briga é atacado pelos demais e, nesse caso, a conseqüência costuma ser grave. Para reduzir as chances de brigas sérias, é preciso ter um bom controle sobre os cães e fazer a escolha correta dos indivíduos que comporão o grupo. Muitas pessoas acham que filhotes da mesma ninhada não brigarão quando adultos, assim como mãe e filha, pai e filho, etc. Esse é um conceito errado. O risco de um macho brigar com uma fêmea é menor do que o de dois exemplares de mesmo sexo brigarem, mas o casal deverá ser separado duas vezes por ano quando a fêmea entrar no cio, se o macho não for castrado e se não se quer reproduzi-los. A separação pode ser bastante inconveniente - o macho costuma ficar desesperado para chegar na fêmea. Se houver possibilidade de ocorrerem brigas, os proprietários não podem deixar brinquedos e ossos muito atraentes à disposição dos cães. A restrição dependerá de como é o convívio dos cães e de como eles expressam sua agressividade possessiva. Ciúmes e competitividade Quando se tem mais de um cão, ciúmes e competitividade são comuns, principalmente visando ganhar a atenção do dono. Para conseguir manter os cães sob controle é preciso demonstrar segurança e firmeza e ter liderança sobre eles. Exemplares ciumentos podem se tornar agressivos quando disputam um objeto ou a atenção de alguém. A competitividade sem controle aumenta drasticamente os comportamentos indesejados, como pular nos donos e nas visitas, correr atrás do gato da casa, etc. Mas, por outro lado, a competitividade pode levar cães sem apetite a comer mais e cães medrosos a se tornarem mais corajosos. Cão velhinho X novato Muitas vezes um filhote faz o cão velhinho voltar a brincar, a comer com mais apetite e a disputar o carinho de seus donos. Mas é preciso ter cuidado para não deixar o mais velho de lado e para não permitir que o filhote o incomode demais. Devemos limitar o acesso do filhote aos locais preferidos pelo veterano, assim como repreender as brincadeiras indesejadas, para garantir sossego ao cão mais velho. Educação do segundo cão Sempre pergunto para as pessoas se é o primeiro ou o segundo cão que mais se parece com gente. A resposta costuma ser a mesma: o primeiro! Isso ocorre porque a nossa influência na educação e no comportamento do cão é muito maior quando não há outra referência canina. Se você estiver pensando em ter um segundo cão, prepare-se, portanto, para o novo cão ser mais parecido com cachorro e menos com gente. O primeiro cão costuma entender melhor o que nós falamos e fazemos, procura mais a atenção de pessoas do que de outros cães e costuma ser menos possessivo com seus brinquedos. Conclusão Sou a favor de se ter mais de um cão - com companhia a vida fica muito mais ativa e estimulante. Mas o proprietário precisa escolher adequadamente o outro cão e também ser ou se tornar um bom líder de matilha.
CÃES DOMÉSTICOS SELVAGENS.
Como vivem os cães domésticos "selvagens" Revista Cães & Cia, n. 353, outubro de 2008 Depois de passar milhares de anos sendo selecionado pelo homem, como será que o cão doméstico se sai quando precisa sobreviver por conta própria? Existem diversos grupos de cães vivendo com pouquíssimo ou nenhum contato com pessoas. Alguns desses grupos foram acompanhados por pesquisadores interessados em entender melhor as diferenças entre cães e lobos e em saber mais sobre o processo de domesticação. Por que domésticos e “selvagens” Geneticamente idênticos aos cães com os quais estamos acostumados, os cães domésticos “selvagens” diferenciam-se por não terem tido contato com seres humanos durante o período de sociabilização. Não reconhecem, portanto, os seres humanos como parte do grupo. Se a sobrevivência desses cães persistir sem a interferência humana, com o tempo, provavelmente, as alterações genéticas os aproximarão dos Dingos, cães australianos selvagens, que são uma subespécie de cães. Onde vivem Há comprovações ou relatos desses grupos de cães em todos os continentes. Algumas matilhas vivem totalmente afastadas de qualquer civilização. Outras vivem nos arredores de cidades ou vilas. E há também as que vivem dentro das cidades. Neste artigo focarei as matilhas mais “selvagens”. Ou seja, as que tiveram muito pouco ou nenhum contato com seres humanos. Alimentação Como diversos animais selvagens, esses cães freqüentam lixões e costumam revirar o lixo das pessoas quando não há ninguém por perto, geralmente à noite. São vistos, ainda, caçando pequenos animais, principalmente roedores, como ratos, e pequenas aves, como galinhas, pombos e pardais. Diferentemente dos lobos, raramente caçam ou matam animais de grande porte. Quando isso acontece, costumam se especializar em animais domésticos, como bovinos, ovinos e caprinos. Parecem não conseguir coordenar uma caçada da mesma maneira que os lobos. Por isso, provavelmente, dependem mais dos pequenos animais ou de animais maiores, mas menos aptos a se defender ou fugir. Os Dingos demonstram uma capacidade bem mais elaborada para cercar e caçar marsupiais, como cangurus, do que os seus parentes mais domésticos. Essa diferença deve estar relacionada ao longo período em que os Dingos precisaram sobreviver sem a ajuda do homem, o que fez o comportamento deles, nesse aspecto, voltar a ser semelhante ao do ancestral de ambas as subespécies, o lobo. Reprodução Numa matilha de lobos, só um casal tem permissão para se reproduzir. Já num grupo de cães domésticos “selvagens”, várias fêmeas se acasalam e ficam prenhes. O resultado desse comportamento é, freqüentemente, a produção de um número de filhotes maior do que o grupo é capaz de cuidar. Para piorar as chances de sobrevivência dos filhotes, os machos raramente ajudam as fêmeas a cuidar da prole e a protegê-la. O cio das cadelas ocorre duas vezes por ano, enquanto o das lobas é apenas anual. Esse é mais um fator que dificulta o sucesso reprodutivo dos grupos de cães. As fêmeas precisam dividir a atenção entre os filhotes recém-nascidos e os que já têm 6 meses, além de terem menos tempo para se recuperar dos desgastes provenientes do parto. Nos países onde o frio é mais rigoroso, o cio adicional também prejudica a sobrevivência dos filhotes que nascem próximo ao inverno, pois precisam enfrentar, ainda pequenos, o frio (as ninhadas de lobo normalmente nascem na primavera, quase um ano antes do próximo inverno). O comportamento reprodutivo dos Dingos é intermediário entre o dos lobos e o dos cães domésticos “selvagens”. O grupo ajuda nos cuidados com os filhotes, mas o casal dominante permite que outras fêmeas se reproduzam. É provável que o excesso de filhotes produzidos seja controlado pela prática de infanticídio: a fêmea dominante mata todos os filhotes das demais (comportamento observado freqüentemente em cativeiro). Sobrevivência Estudos como esses deixam claro como os diversos comportamentos dos lobos são importantes para a sobrevivência deles. As alterações comportamentais que afastam os cães dos lobos criam situações que dificultam muito o sucesso reprodutivo e a própria sobrevivência. O que determina a aparência dos lobos e como se comportam é a luta pela sobrevivência. O homem conseguiu transformar o lobo em cão, selecionando comportamentos e traços físicos. Mas isso só foi possível porque ele garantiu artificialmente a sobrevivência dos animais que domesticou. Podemos dizer que, hoje, o cão é uma espécie dependente do homem para sobreviver.
EVITANDO INGESTÃO DE FEZES.
Como evitar o hábito de ingerir fezes Revista Cães & Cia, n. 351, agosto de 2008 Saiba que motivos levam os cães à coprofagia (ingestão de fezes), os problemas que esse hábito pode causar e como lidar com ele Apesar de ser relativamente comum que os cães comam fezes, seus donos ficam horrorizados com isso, preocupados e com muito nojo! Mas, para o cão, as fezes podem ser saborosas ou divertidas, ajudar a descarregar ansiedade e servir para chamar atenção. Podem até funcionar como pretexto para o cão imitar os humanos, que recolhem os excrementos dele quando faz cocô. Para lidar com tantas possibilidades, são necessárias estratégias distintas. De maneira geral, as dicas que daremos a seguir podem ser usadas tanto para evitar que o comportamento comece, quanto para controlá-lo. Fezes apetitosas Por mais incrível e nojento que possa parecer, é comum que os cães gostem do sabor de algumas fezes. Muitos deles adoram comer fezes de cavalo, de gato e até de gente, e eles são saudáveis! Esse comportamento pode ser justificado do ponto de vista nutricional. Quase sempre há, nas fezes, algum alimento não totalmente digerido. Por um lado, os cães com problemas digestivos desenvolvem deficiências nutricionais, o que pode alterar o apetite deles e torná-los mais interessados em fezes. Por outro, cães que não digerem completamente o alimento defecam fezes com mais restos de gordura e de proteína, ou seja, que são mais apetitosas. Quando o cão come fezes, o ideal é que ele passe por uma consulta veterinária para avaliação de eventual deficiência nutricional ou digestiva. Recomenda-se também que as fezes dele sejam analisadas com o objetivo de detectar se há restos de proteína e de gordura ou para verificar se há deficiência de determinadas enzimas. É bom que a avaliação seja feita tanto com o cão “comedor de fezes” quanto com o cão que produziu as fezes que foram ingeridas, pois o problema pode estar num ou no outro. Existem produtos, no mercado, para colocar na ração e deixar as fezes menos apetitosas. Alguns cães, porém, só param de comer as fezes enquanto esses produtos são adicionados. Quando o tratamento cessa, voltam ao hábito. Por isso, sempre recomendo seguir dicas comportamentais, como as dadas a seguir. Por brincadeira Alguns cães brincam com as próprias fezes e acabam comendo pedaços delas. Isso ocorre mais freqüentemente com filhotes, mas há adultos que continuam com o hábito por toda a vida. O comportamento também é mais comum em cães que ficam presos em locais pequenos e que dormem perto de onde fazem as necessidades. A melhor maneira de evitar que o cão brinque com fezes é manter o ambiente limpo, livre de fezes e de urina. Procure também posicionar a caminha, o comedouro e a água do filhote no canto oposto ao do “banheirinho”. Praticar brincadeiras e atividades físicas com o cão assim como deixar brinquedos ao alcance dele são iniciativas que ajudam a evitar a insistência em usar fezes para brincar. Por ansiedade Muitos cães só ingerem fezes quando estão ansiosos, geralmente por terem ficado sozinhos em casa ou por não estarem recebendo atenção de seus donos (ansiedade de separação). Nesses casos, a melhor maneira de lidar com o problema é aumentar a atividade física do cão e tratar a ansiedade. Um dos tratamentos é chegar em casa sem fazer festa nem dar bronca no cão. Costuma ser exatamente o oposto do que as pessoas fazem. Festejam o cão até perceber que ele comeu cocô. Aí passam a dar bronca. Agindo assim, só pioram o problema, pois, quanto mais eufórica e tensa for a chegada dos donos, mais o problema aumenta quando o cão é deixado sozinho. Para chamar atenção ou por imitação Muitos cães observam que o dono corre com grande interesse para recolher as fezes assim que são expelidas. Alguns deles tentam pegar as fezes antes que o dono consiga alcançá-las. O problema é que, em vez de jogá-las no lixo ou na privada, eles as engolem. O truque para evitar essa competição é recolher as fezes calmamente, permitindo, inclusive, que o cão as cheire. Para conseguir isso, recomendo oferecer um petisco bem gostoso, assim que o cachorro terminar de evacuar. Ao mesmo tempo, joga-se um produto bem amargo e não tóxico em cima das fezes. Desse jeito, após ingerir o petisco, o cão poderá cheirar as fezes sem se sentir atraído por elas. E o recolhimento delas poderá ser feito com calma, sem que o cão veja isso como uma competição. Por receber petiscos como recompensa, o cão passará a fazer as necessidades mais vezes na frente do dono. Ótimo para poder recompensá-lo novamente e jogar o produto amargo em cima das fezes!
CÃO E AUTOMOVEL!
Cão e automóvel Revista Cães & Cia, n. 349, junho de 2008 Descubra o que leva os cães a adorar ou a odiar os passeios de carro e entenda os motivos de alguns comportamentos exibidos por eles dentro dos veículos Muitos cães andam de carro. Seja para ir a um parque ou a uma consulta veterinária, seja para acompanhar seus donos numa viagem. Neste artigo, procuro desvendar alguns mitos relacionados com os cães que “passeiam” de carro e dar dicas valiosas para os proprietários deles. Seu cão é apaixonado por carro? Para quem não conhece bem os cães, essa pergunta pode parecer um tanto esquisita. Mas o fato é que a grande maioria dos cães ama estar dentro de um carro! Não estranhe, portanto, se o seu cão tiver essa paixão ou se ele vier a desenvolvê-la. Existem vários motivos que podem levar um cão a adorar os passeios de automóvel. Toca do grupo Cães são animais sociais, que se sentem bem em grupo e que gostam de se abrigar em tocas. O carro, para os cães, é uma toca do grupo e estar dentro dela é uma garantia de fazer parte integrante desse grupo. Toca que passeia Além de o carro fazer o cão se sentir seguro e de proporcionar a ele a companhia do grupo do qual faz parte, ainda o leva para passear. Essa é uma combinação maravilhosa para os cães que querem estar perto das pessoas e, ao mesmo tempo, desejam se sentir protegidos em uma toca e dar uma voltinha. Se não bastasse, a toca ambulante pode levá-los para lugares legais como um parque, um sítio ou uma fazenda! Nem todos gostam Há uma pequena parcela de cães que não gosta de passear de carro. Isso acontece quando o automóvel é associado a coisas ruins, principalmente a medo e a enjôo. Alguns cães com medo de carro o vêem como uma toca que passeia ao lado de outros carros e caminhões. Um cenário que pode ser assustador! Para piorar, a toca ainda pode levar o cão até uma consulta veterinária, que para ele não é nada prazerosa (e alguns cães só são postos no carro para serem levados para esse tipo de destino). Quanto a sentir enjôo - sensação extremamente desagradável produzida em alguns cães pelo balanço e movimento do carro -, é fácil entender que uma associação negativa tende a aparecer com o tempo. Quando isso acontece, o cão pode começar a sentir enjôo somente por entrar no automóvel, antes mesmo de o motor ser ligado. Aumento da agressividade Muitos cães, até mesmo alguns bastante dóceis, em determinados momentos manifestam agressividade quando estão dentro do carro. Isso ocorre porque os cães tendem a ficar mais agressivos se houver algo muito valioso para defenderem e, se ao mesmo tempo, se sentirem seguros. É provável que existam poucas coisas que sejam mais importantes para um cão proteger do que a “toca móvel” dele. E estar nela, juntamente com o grupo, protegido por janelas resulta numa enorme sensação de segurança. Normalmente, a agressividade se manifesta quando alguma pessoa se aproxima do carro. Mas também pode ocorrer se alguém tenta tirar o cão desse espaço tão precioso para ele. Nesses momentos, o próprio dono corre risco de ser mordido. Assento nobre Em geral, quando o cão é deixado sozinho no carro por algum tempo, às vezes por menos de 5 minutos, elege o banco do motorista como o lugar predileto para se sentar ou deitar. Isso acontece porque o local é percebido como o mais disputado do carro, aquele que nunca fica vago. Entre os assentos do veículo, é também o que mais tem cheiro das pessoas preferidas pelo cão, odor que o ajuda a relaxar enquanto fica sozinho. Perigos Tudo na vida tem um lado positivo e outro negativo. O mesmo se aplica à combinação de cães com automóveis. Levar o seu cão para passear de carro é ótimo, mas é importante ter consciência dos riscos envolvidos e fazer de tudo para evitar que ocorram acidentes. Afinal, estão em jogo a vida do cão, do dono e de outras pessoas. Alguns acidentes mais comuns relacionados com a presença canina em automóvel são: cão com insolação por ter sido deixado em carro fechado sob sol forte; cão que pulou pela janela; cão que atacou transeunte; e, ainda, motorista que bateu o carro porque o cão atrapalhou. É sobre como prevenir e evitar acidentes que irei escrever a minha próxima coluna. Darei também dicas de como fazer o cão gostar de carro, quando não gosta, e de como ensiná-lo a nunca sair do carro sem permissão nem saltar pela janela. Efeito estufa Quando o carro é deixado sob o sol, mesmo que por pouco tempo, transforma-se numa verdadeira estufa ou sauna. Por isso, são comuns os casos de cães que morrem por hipertermia (calor excessivo) depois de terem sido trancados num automóvel estacionado sob sol. Jamais deixe o seu cão num carro fechado quando houver a possibilidade de o sol incidir sobre o automóvel. Lembre-se: um dia chuvoso pode virar um dia ensolarado em pouco tempo e as sombras mudam de lugar à medida que muda a posição do sol. Apesar de a maioria das pessoas ficar apreensiva com a possibilidade de faltar ar para o cão dentro do carro, isso é dificílimo de acontecer. A vedação dos automóveis não é tão boa a ponto de não permitir nenhuma troca de ar. Além disso, basta uma frestinha minúscula na janela para impedir que o problema aconteça. Outro mito é que o carro fechado se esquenta sozinho, até a temperatura ficar insuportável em seu interior. O fato é que, se o carro estiver em lugar escuro, a temperatura interior será semelhante à exterior. Com a presença do cão, a temperatura interior tende a ficar um pouco mais alta já que o organismo produz calor. Mas o problema só se agrava se o carro for muito pequeno ou se as janelas estiverem completamente fechadas ou, ainda, se houver vários cães dentro. Guia e enforcador Um cão não deve ser deixado sem supervisão quando estiver com guia ou enforcador, acessórios que podem enroscar em algo e enforcá-lo, ou quando se encontrar em situação desconfortável, que possa causar desespero, levando-o a se machucar. Esses tipos de acidente têm maior chance de acontecer no carro. Um cão sem supervisão pode pular de um lado para outro e facilmente se enroscar. Se for preciso deixar o animal sozinho no carro, mesmo que por pouco tempo, deve-se tirar antes o enforcador ou a guia dele. Quanto á coleira, recomendo que seja deixada sempre no cão e que contenha o nome dele e o telefone do dono. Carro em movimento Procure imaginar os piores cenários e prepare-se para eles. Assim, caso ocorram, você estará em situação privilegiada, que lhe permitirá agir com muito mais calma e segurança. Lembre-se de que diversas vidas poderão estar em jogo com o carro em movimento. Incluindo a sua e a do seu cão. A melhor maneira de evitar acidente é deixar o cão contido, de modo que não possa circular de um lado para outro no interior do veículo. Levá-lo dentro de uma caixa de transporte ou preso em um cinto de segurança próprio para cães são ótimas maneiras de transportá-lo. Caso o cão esteja com guia, certifique-se de que ele não consegue ir para o banco da frente nem pular a janela ou ter acesso a qualquer coisa perigosa. Cão sob o pedal do freio ou em cima do freio de mão: uma fração de segundo pode ser preciosa durante uma situação de risco de acidente. Se não houver tempo para tirar o cão do colo ou para evitar que entre em baixo dos pedais, por exemplo, o resultado pode ser desastroso. Grande parte dos acidentes ocorre porque o motorista fica impedido de usar imediatamente o freio do carro. Cão histérico ou que ataca transeuntes: o cão que late e pula de um banco para outro tira facilmente a concentração do motorista. Isso, obviamente, aumenta a chance de acidente. Alguns cães tentam atacar qualquer pessoa que chega perto do carro. Infelizmente, o ataque não ocorre só contra o ladrão que quer invadir o carro e dominar o motorista. Ocorre também contra crianças pedindo dinheiro no farol e contra um amigo que se aproxima para cumprimentar você, por exemplo. Cão que pula pela janela: diante de um estímulo irresistível, o cão pode resolver pular pela janela do carro.