TEMOS ALVARÁ, REGISTRO NO CRV E MÉDICO VETERINÁRIO RESPONSÁVEL TÉCNICO CONFORME MANDA A LEI.
ORIENTAÇÃO ETERNA PARA MEMBROS DA FAMÍLIA NEW KRAFTFELD
TODO O PLANTEL COM TEMPERAMENTO EQUILIBRADO E CONFIÁVEL!
ENVIAMOS SEU FILHOTE COM SEGURANÇA E TRADIÇÃO DE 30 ANOS CRIANDO COM EXCELÊNCIA! DE AVIÃO OU DE VAN RECEBERÁS COM TODA A GARANTIA QUE OFERECEMOS!
TODOS OS FILHOTES COM PEDIGREE CBKC
Diário Canino
Esta seção terá notícias mais objetivas sobre assuntos ligados ao Canil New Kraftfeld.
- 30 de Julho de 2011
- Evolução nos últimos dias!
Os cães ladram mas a caravana passa. Mesmo ns adversidades podemos encontrar forças e perseverar. Isso é assim para todos. Muitas vezes o mundo parace conspirar contra nós mas uma força dentro de nós insiste em seguir em frente. Tem que ser assim caso contrário sucumbimos a nós mesmos e tudo acaba. A vida é para a frente. É um plano de evolução. Darwin tinha razão! Bem, a Thora se superou. Está sendo uma mãe maravilhosa e cuida de seus 7 filhotes com muito zelo e amor. Seus filhotes são lindos. Os cinzas tem o corpo cinza e a cabeça branca. As duas femeas blue fawn tem o corpo fechado e o colar branco no pescoço. Já são 4 reservas e aconselho a se apressarem se ainda quiserem ter uma dessas jóias. Estou curtindo e observando os filhotes da Europa com o Highlander sem pressa pois é a genética nova e muito premiada que eu importei e aproveitarei que nasceram muitas fêmeas para escolher umas 4 para serem novas matrizes para o meu plantel. Ficarei com um macho e disponiblizarei um macho e 3 fêmeas. Mas sem estresse. O filhotinho que ainda tenho da Blue Rambo com a Any lembra o falecido Hitler quando pequeno. Compacto, musculoso, forte, ágil e amigo. O mesmo se diz de sua irmã preta. Quem não ficou ainda com eles não sabe do que está perdendo. Ter um cão é alegria, principalmente quenado escolhemos bem. Além dos atributos físicos cada AST possui a sua personalidade. É importante dizer ao criador qual o temperamento que se deseja do nosso amigo pois gosto de orientar a esse respeito. O conhecimento das gerações anteriores me ajuda bastante. Essa é uma das razões do meu plantel ser fechado e manter um número grande de americans comigo. Quem observa tira conclusões. Bom fim de semana!!!
- 08 de Agosto de 2011
- Viver um sonho...
Tenho medos mas também certezas. Mas alimento sonhos. Alguns viraram realidade no decorrer da vida. Vi ontem através da janela do trem lindos campos verdes com casas construídas com tijolos num marrom avermelhado. Janelas brancas e flores em frente aos jardins. Imagens bucólicas rapidamente transmutando em frente aos meus olhos curiosos. Londres estava ficando distante e minha ansiedade era percebida pelo leve suor nas minhas mãos. Toda uma existência alimentando o sonho de ir a Liverpool, a cidade dos Beatles. Não sei a razão de adiarmos tanto a realização de certos desejos importantes. O porque eu priorizei os outros em detrimento de meus sonhos. Mas agora me sinto dentro dele. Uma sensação indescritível. Ontem caminhei pelas ruas de Liverpool e fui até as docas e as margens do Rio Mersey que conhecia ouvindo as músicas do Gerry and the Pacemakers. A mesma banda que tocou no dia em que os Beatles se apresentaram no Cavern Club. Com minha filha de 30 anos ao lado percorremos ruas desconhecidas e fomos perguntando onde era o Cavern Club. As pessoas iam nos guiando na medida que fomos nos aproximando. E, de repente, chegamos numa rua estreita. Muitos pubs repletos de pessoas, casais e o som alto vindo de cada canto. Luzes, vozes, cantos e de repente um letreiro de neon escrito Cavern Club. Minha filha me fotografou. Aquela menina que se criou ouvindo Beatles acompanha seu pai nessa jornada. Passamos horas lá dentro e assistimos a uma banda que faz cover dos fab four. Visitamos no dia seguinte a casa onde Lennon viveu com sua tia Mimi, o hall da Igreja onde conheceu Paul McCartney. A casa do Paul, a do Ringo, a do George, locais que inspiraram canções dos Beatles como Penny Lane, Strawberry Fields e outras. Hoje estou novamente em Londres e parece que não acordei. Como é bom viver um sonho.
- 15 de Agosto de 2011
- Em Londres...
Nesses vinte dias que completarei em breve na Inglaterra eu percebi muita coisa e pude sentir uma realidade extremamente diferente da nossa. Eu pensei em falar antes no diário canino mas julguei que para muitos que não me conhecem (e quase todos não sabem quem realmente sou) pudesse ser interpretado como uma vaidade de dizer que estaria viajando na Europa. Na verdade quero dividir um pouco da minha alegria com aqueles que gostam de mim e da minha criação. Sinto o meu diário canino como um microblog. Um espaço onde o criador Nelson Filippini se manifesta. Fala de sua criação mas se mostra também como é. Sempre procurei ser na minha vida uma pessoa autêntica. Como médico, principalmente quando mais jovem, polêmico nas minhas idéias sobre valores. Quando ambicionava trabalhar na UTI de um hospital de Porto Alegre passei por um período em que fazia substituições de colegas que estavam tirando férias. Não havia ainda vaga para o cargo que ambicionava. Quando surgiu a primeira vaga eu não fui aceito pois o hospital era gerido por irmãs religiosas e em cada andar dentre os cinco havia uma responsável e eu já havia criado polêmica com as cinco. Mais tarde conquistei a todas e à direção pelo trabalho correto e fui ceito tendo ficado dez anos trabalhando na UTI e treze anos na hemodiálise. Acabei saindo por estar cansado dos plantões. Sinto orgulho de mim mesmo por saber que as polêmicas que criei foi para defender valores aos quais acreditava. Eram valores universais, humanos, ligados ao sofrimento dos pacientes e não pessoais associados à vaidade ou ao meu temperamento. Como criador de AST também fui polêmico e agora sou mais racional. Tenho questões mais importantes para me preocupar. Pois é aí que entra a Inglaterra. Esse país é antigo, tem uma imensa tradição cultural. Tem história rica e valores muito fortes que foram conquistados com suor, lágrimas e sangue. Percebi que podemos sair na rua com a roupa que quisermos, com a aparência que desejarmos e tomando o caminho pessoal que optarmos e seremos respeitados ou ignorados pois cada um cuida de si. Passa por mim uma pessoa de bicicleta usando terno, outro a pé com o cabelo vermelho, outro com tatuagem intensa, outra mulher com uma microssaia ao lado de uma formal e ninguém se admira ou olha para trás. Todos seguem seus caminhos com respeito ao jeito pessoal de cada um. Londres está tomada de muitas nacionalidades que imigraram para cá, ao contrário de algumas cidades do interior que ainda conservam os aspectos ingleses tradicionais. A vinda de indianos e outras nacionalidades que prefiro não comentar mesclou negativamente a população e a geração de “excluídos” criou alguns conflitos. A TV mundial mostra a existência de conflitos nas ruas de Londres mas eu não vi nada pois, logo que começaram, o governo britânico tomou as medidas necessárias. É diferente do Brasil. Começou o problema e o governo mandou para as ruas 16.000 policiais. Eu vi. Não me contaram. Pronto, acabou pela raíz. Durante os dois primeiros dias em que ocorreram os conflitos o governo pediu que os lojistas e as pessoas que trabalham evitassem de ir as ruas após certa hora e se pudessem permanecessem em casa. Eu continuei passeando com a minha filha e não vi nada de conflito. Mas escutei sirenes e notei o quanto o povo foi ordeiro e respeitou as instituições com respeito. O mal foi controlado. Vários desordeiros foram para as grades. Aqui, quando um torcedor de futebol inventa de provocar um problema num estádio (exemplo brigar ou inventar de entrar no gramado, etc) ele é condenado a pagar uma multa e realizar um serviço comunitário. Fica impedido de entrar num estádio durante alguns anos e em todo o jogo da sua equipe precisa ir até a delegacia para comunicar que não está no estádio. É outra realidade. A vida é cara aqui. Mas o povo seleciona o que gastar. Opta muito por cultura. As opções culturais são imensas e o jornal é distribuído gratuitamente nas ruas e entrada de metrôs. O governo tem interesse que o povo se culturalize. No Brasil o governo incentiva a alienação pois o povo que não pensa vota mal e é facilmente induzido a perpetuar o sistema podre de impunidade em que vivemos. Não vi uma pessoa pedindo esmolas nas ruas. Os pobres que notei estavam realizando uma tarefa útil para ganharem seus trocados, como por exemplo tocarem algum instrumento musical dentro de um metrô. E tocavam, na sua maioria bem. Escutei bons violinistas, guitarristas, etc. Não vi nenhum flanelinha, nenhuma pessoa parando carros na esquina para pedir dinheiro ou mulheres nas ruas com crianças no colo para pedir algo tentando sensibilizar por estar segurando uma criança. O pessoal aqui trabalha e não tem vergonha de fazer o que tiver de fazer. Mas o governo faz a sua parte. No Brasil trabalhamos muito e somos roubados e existe um desnível social gritante. Aqui a saúde é de qualidade e oferecida gratuitamente. No Brasil o povo morre nas filas do SUS aguardando uma cirurgia. Falando em transporte coletivo creio que aqui estejamos no melhor ou um dos melhores do mundo. O sistema de metrôs é fantástico e podemos cortar toda a cidade (de 11 milhões de habitantes) de forma organizada e rapidamente. Ao entrar numa estação temos informativos inteligentes de vários pontos que poderemos parar com cores e direcionamentos. O mesmo tocket que pagamos para o dia ou para a semana nos dá direito a transitarquantas vezes quisermos para qualquer lugar de Londres. Esse ticket vale também para qualquer ônibus. Não achei caro (em torno de 35 pounds por semana que seria aproximadamente R$ 100,00). O britânico legítimo eu achei muito educado e culto. Prestativo no essencial mas respeitoso em relação aos limites de cada um. Vi museus, andei pelas ruas bastante (não pensei que fosse aguentar tanto) e conheci uma imensa diversidade que só uma cidade cosmopolita pode oferecer. Conheci a casa onde viveu Sigmund Freud, depois que ele fugiu da Áustria ocupada pela Alemanha nazista, hoje tornada museu. Visitei muitos locais inesquecíveis e tirei muitas fotos e filmei. Conversei com pessoas importantes mas também com pessoas da rua, até com um lixeiro que me ofereceu algumas explicações sobre um edifício que queria saber o significado. Chorei ao entrar na Abadia de Westminster. Eu cheguei na Abadia e naquele horário estava reservado para visitação apenas e precisava ser paga a entrada. A ida para fins de oração não pode ser impedida pelo que li um dia numa manifestação de um bispo num jornal. Minha intenção era orar pela minha falecida mãe, familiares e amigos. Ao chegar em frente da Abadia vi filas para entrar. Todos pagaram para isso. Eram turistas de toda a parte. Estavam em frente do portão principal. Eu perguntei ao guarda do portão norte que vestia uma roupa vermelha se eu poderia entrar para orar pela minha mãe. Ele estava aí para impedir que alguém entrasse. Eu tinha muita vontade de entrar mas eu pensei assim: venho pagando para entrar em museus e gastando bastante aqui em Londres; será que para entrar num imenso templo feito para o homem orar eu terei que pagar apenas porque foi construído durante anos e está rico e suntuosamente construído? Meu olhar era verdadeiro de quem queria de fato orar. Ele permitiu com respeito que eu entrasse. Lá dentro é imenso e repleto de pinturas em ouro. Encontrei depois de caminhar um pouco outro setor em que havia um impedimento e outro guarda estava com um transmissor na mão. Mostrei meu desejo de passar e ele disse que eu deveria orar naquele setor anterior em que haviam locais normais para orar, como se fosse um templo dentro da igreja. Mas eu disse: eu quero orar para minha mãe na frente do altar principal! Eu não vim aqui como um turista! Nada pode me impedir de orar em frente ao altar principal! Ele abriu o espaço e eu fui me aproximando de todo aquela imensa área repleta de detalhes que foram construídos durante séculos. Não era horário de culto e o espaço estava repleto de turistas com alguns guias. Todos queriam conhecer detalhes da famosa abadia. No meio de tanta gente eu era o único que se dirigiu para o altar e dobrou o seu corpo e ajoelhou. Eu chorava de emoção ao pedir a Deus que desse à minha falecida maêzinha um lugar especial onde ela estivesse bem e nunca mais sofresse. Não dei importância às outras pessoas. Fiz minhas orações e fui embora. Fui saindo e não quis olhar mais detidamente pois honrei o que disse ao guarda: estou aqui para orar! Outro dia eu posso pagar para fazer turismo e então poderei verificar detalhes. Mas prefiro pagar para entrar na Torre de Londres que foi construída há 1000 anos e que passou por vários reinados inclusive Ricardo Coração de Leão. Tem 80.000 metros quadrados de área e era um forte em frente ao rio Tâmisa. Lá é que hoje estão guardadas as jóias da realeza. Lá eu pagarei para entrar. Hoje a noite vou assistir à Orquestra Sinfônica de Londres e anteontem assisti ao Fantasma da Ópera. Bem, dentro de uma semana eu falarei das novidades dos filhotes e tirarei fotos. Beijo a todos da família New Kraftfeld!
- 31 de Agosto de 2011
- Retornando!
Fiz uma excelente viagem nos 20 dias que passei em Londres. Que maravilhosa cidade. Estive também em Liverpool realizando um sonho antigo de visitar pontos relacionados aos Beatles. Foi ótimo e uma experiência inesquecível. Amanhã eu começo a tirar fotos dos filhotes e talvez a noite tenha organizado as duas ninhadas disponíveis.
- 02 de Setembro de 2011
- Dia de sol!
Um belo dia de sol toma conta de Porto Alegre hoje. Os filhotes da Europa com o Highlander estão lindos. Fiquei amarrado sem poder colocar fotos nesses dias todos em razão dos danos no site. Talvez hoje eu já possa colocar fotos. Bem, eu os colocarei a par. Um novo site está sendo feito e creio que em 30 dias estará no ar. Novas mudanças visando propiciar mais para os amigos dos americans New Kraftfeld e para os que realmente amam a raça.
- 16 de Setembro de 2011
- Evolução e aniversário
Amanhã eu faço aniversário. Nesses anos todos eu muito aprendi. Em todos os sentidos. E em cada dia percebo algo novo para vivenciar com alegria pois a graça de Deus, que nos permite viver exige que evoluamos. Cada dia é uma oportunidade para crescermos e semos felizes. Embora a felicidade não seja um estado constante de ser, se soubermos assimilar as vicissitudes da vida como uma forma de melhor entendermos a natureza da existência, ganhando em sabedoria, a vida se torna mais rica. Cada amigo nos traz alegrias mas cada inimigo nos mostra como o homem ainda está nas trevas do entendimento. O amigo nos abraça e torce por nós e sua energia boa volta para ele em forma de paz e benção. Já o inimigo não percebe que ao emanar forças malignas advindas de sua inveja e maledicência, tudo retorna para ele na mesma dimensão de sua covardia, medo e ódio. Assim é feita a justiça nas mãos de Deus que tudo compensa de alguma forma ou outra. Por isso eu só tenho a agradecer por tudo de bom e ruím que passei nessa vida. Foram degraus de uma longa e sinuosa estrada que espero que um dia me leve ao contato com o Grande Criador que tenho muita fé que se comunica com todos os homens. Basta escutarmos sua voz. Nesse final de semana talvez coloque fotos novas dos filhotes da Europa. O site novo entrará no ar dentro de uns 30 dias. Mas o atual continuará até essa data. Obrigado pela amizade! Somos uma família. Todos que amam meus americans pertencem à família New Kraftfeld. Não basta tê-los. É preciso algo mais. O amor!
- 18 de Setembro de 2011
- Alegria e tristeza
Tive um aniversário feliz ontem mas estou hoje triste com o que está acontecendo com a Baby Banker. Não sei se ela sobreviverá. Quanto infortúnio aconteceu com essa que seria a sua última ninhada. Pobre Baby. Tão forte e ao mesmo tempo frágil diante dessas complicações inesperadas. Rompimento do útero, choque e paradas cardíacas. Está no oxigênio. Orem por ela.
- 19 de Setembro de 2011
- Baby Banker partiu
O dia está cinza, nas várias tonalidades que as nuvens pintam o céu. Enquanto a chuva fria cai incansável em nosso sítio. Nenhum vento abala as folhas que permanecem nos galhos imóveis. Nesse ambiente triste enterrei agora a tarde a minha amiga Baby Banker. Que haja uma vida melhor para ela numa outra dimensão. Te guardarei nas minhas lembranças. Dessa vez não deu certo minha guerreira.
- 04 de Outubro de 2011
- Filhotes, criação e benção
Estou entregando os filhotes da ninhada excelente da Thora com o Cielo. Foi a primeira ninhada de ambos e fiquei feliz com os resultados. Quem está recebendo os moços e moças está radiante. Isso me deixa recompensado. A Sharon cruzou com o Cielo e se tudo correr bem dentro de 55 dias teremos belos filhotes que são tradição para a Sharon e, como o Cielo será uma bela experiência. A Jane está fazendo quase 4 anos e nunca teve filhotes. Desta vez cruzei com o Blue Rambo mas apenas uma vez. Terei que fazer uma ecografia nesse final de semana para saber de fato. Nas outras vezes ela deu alarme falso e então eu não me iludo muito. Por isso só poderemos contar depois da ecografia. Seria legal pois ela é filha da Baby que a pouco nos deixou. Meu site novo está quase pronto e creio que gostarão dele. Procuro melhorar sempre visando agradar aqueles que acompanham meu trabalho de criação. Invisto com esse objetivo. Tudo que é feito com amor vale a pena. Já dizia uma música do Caetano com o Milton Nascimento. Finalizando, os filhotes da Europa com o Highlander estão evoluindo muito bem. São nove filhotes. Entreguei dois. Em breve mais dois. Ficarei com cinco filhotes, talvez quatro. Um macho e tres ou quatro femeas. Esse é o plano. Vou renovando o plantel aos poucos, com calma e pensando nas consequências. Alguns e algumas que vão envelhecendo e necessitando de uma vida mais tranquila precisam de um espaço livre, sem pressões, sem ninhadas ou compromissos. Para isso chega um momento de se procurar uma casa de um amigo para deixar sempre solto um american adulto. Jamais vendê-lo como uma seringa descartável. Propiciar um novo ambiente onde receba amor e esteja sempre livre é o mínimo que podemos fazer. Um criador as vezes precisa ser racional, caso contrário ficará com um número excessivo de cães e a qualidade de seu tratamento fica comprometida. No entanto em certos casos, conforme o nosso vínculo emocional, precisamos ficar com o nosso cão até o último suspiro. Fiz isso com vários e farei com outros. É uma decisão pessoal e cada criador decide o que fazer de acordo com os seus princípios. Deve usar uma balança para equilibrar a sua razão e a sua emoção. Se usar só a emoção terá seu espaço tomado com o mesmo plantel até o fim e a sua criação acabará sucumbindo pela inércia ou estagnação. Se usar sómente a razão surgirá um vazio em seu coração e o processo ficará mecânico e a criação perderá a alma. O que determina se uma criação é importante de fato não é o mero processo de cruzamentos mas a existência de uma gênese intuitiva associada à ciência de bem escolher. Se a esse processo associarmos o amor criamos a alma da criação. O amor nos une a Deus e Ele é que cria a alma. Sinto que existe alma na criação New Kraftfeld e tenho certeza, pelo que aconteceu até aqui, que ela é abençoada. Agradeço a Ele o ótimo que me permite.
- 16 de Outubro de 2011
- EXPOSIÇÕES...
Os cães New Kraftfeld já participaram de um número expressivo de exposições. Já gerei o maior número de campeões da raça no Brasil. Por isso venci em seis anos o ranking de melhor criador do Brasil. Mas eu preciso dizer que o mais significativo para se afirmar que um american é ótimo é a minha opinião como criador e a sua que está analisando os cães. Nunca se iluda em pensar que o que vence os rankings ou as exposições é o melhor. Esse é um parâmetro para ser usado quando se deseja saber que aquele cão se apresenta bem em pista, e aos olhos daquele ou daqueles juízes é o mais bonito. Mas para ele chegar a essa conclusão desejo que guardem bem na memória como que o melhor cão eventualmente ganha. Parece uma heresia, uma afirmação falsa e tendenciosa. Mas a melhor forma de se chegar a essa conclusão é participar ou ver bastante as exposições. Eu diria que são tres os fatores que levam um cão a vencer. Colocarei em porcentual: a) 40% o handler b) 30% o marketing c) 30% o cão Parto da premissa que o cão esteja dentro do padrão e se apresente com as mínimas condições. Sem uma falta grave. Numa exposição com vários americans bons e ótimos vencerá o que reunir os porcentuais referidos. Isso significa, pela minha análise (que pode ser contestada por quem desejar) que o que menos conta é o cão. Vejamos porque com detalhes: a) O handler experiente exerce um domínio sobre o cão e mostra melhor as suas virtudes. A apresentação do cão em pista (o critério mais importante aos olhos do juíz) está nas mãos do handler e sua interação com o cão. Ele pode tirar o máximo do cão ou até atrapalhar a sua apresentação, o seu movimento ou sua alegria. Tudo isso repercute sensívelmente aos olhos do juíz. b) Existem dois tipos de marketings para um cão vencer: o ativo e o passivo ou indireto. O ativo são as propagandas, as comunicações nas redes sociais (alguns criadores se comunicam nas redes sociais com vários juízes que são seus amigos e até comentam de forma desavergonhada que adoram aquele cão e parabenizam o criador), as propagandas em revistas especializadas elogiando aquele juiz por haver dado a premiação e com isso sugestionando esse e outros juizes a fazerem o mesmo. O marketing indireto é através dos comentários que juizes amigos daquele criador fazem para colegas juizes visando obter resultados para seu amigo criador. No momento que um dos organizadores da exposição busca o juiz no aeroporto e o hospeda em casa ou o leva para passear na cidade e jantar. Nesses momentos íntimos ocorrem muitas combinações e me sobram depoimentos dessa natureza nesses quase vinte anos que crio. Várias formas de marketing direto, objetivo e subliminar existem e fazem parte desse item que eu chamo de marketing ou canal de influência. c) Bem, o cão, o objeto que deveria ser o alvo maior é um ser quase coadjuvante. Eventualmente o melhor vence. Mas o juíz deverá ser totalmente isento e conhecedor da raça. Mas se levares esse mesmo cão para mais de um juiz analisar, em exposições diferentes, que não saiba que esse cão venceu exposições anteriores e nem que esteja em primeiro nessas competições, tenha certeza que ele escolherá outro cão. Dificilmente repetirá a escolha se outros cães de qualidade estiverem presentes. Ao contrário de uma luta, de um jogo de tênis ou uma corrida que premia o melhor as exposições de beleza canina não fazem o mesmo. Fazendo uma analogia seria algo semelhante a um concurso de miss universo. Se mudarmos a banca examinadora a miss geralmente será outra. Na cinofilia é bem pior. Por isso e muito mais que as pessoas que se apaixonam pelas exposições vão cada vez mais se afastando até da criação. Inúmeros criadores vão desistindo pois assim que perceberem a realidade e a ficha cair param de levar seus cães em pista e/ou desistem de criar. Poucos perseveram. Continuam apenas os que amam mesmo a raça e suportam as dificuldades da vida complexa e trabalhosa de uma boa criação que reuna um número expressivo de cães Eu, nesses anos que alimento esse espaço, sempre fui corajoso para expressar minhas verdades. Não precisa agradar a todos. É a minha verdade. É aquilo que meus olhos percebem e minha mente analisa e conclui.