Diário Canino

Esta seção terá notícias mais objetivas sobre assuntos ligados ao Canil New Kraftfeld.

  • 10 de Julho de 2013
  • Desentendimentos e ilusões...

Desde os primórdios da humanidade não vemos o entendimento entre as pessoas. Todas as sociedades existentes convivem com o conflito focal ou generalizado. O antagonismo já inicia no núcleo da sociedade que é a célula mater, ou família. Se não for o casal que polemiza são os filhos entre si ou com um ou ambos os genitores. Os empregados odeiam os patrões e os patrões desdenham os empregados. Os povos entre si em todas as épocas procuram obter vantagens de outros povos e ora roubam, exploram, massacram, impedem o crescimento, sugam ou destroem. Conforme os interesses pessoais ou sociais o ser humano não se entende de nenhuma forma. Os casos isolados de harmonia que existem provenientes das pessoas ditas de bem, altruistas, cientistas, filósofos humanistas, religiosos de verdade, médicos dedicados, governantes idealistas, etc., não correspondem à maioria e sim a uma partícula nesse universo de egoismo e destruição.

Os valores estão sucateados. O homem está perdido em meio da entropia e desconhece o que realmente é um valor intrínseco ou um modismo. A maioria segue como uma boiada movida por instintos e com dificuldades de enxergar a realidade que vista nua e crua é terrível: somos mortais, efêmeros e não sabemos com certeza se haverá algo mais do que a morte física.

Assim vamos encontrando ilusões, fantasias de eternidade, necessidade de mantermos o corpo sarado e plastificado visando conservar uma juventude que insiste em nos abandonar. Acumulamos riquezas como se fossemos eternos e damos um valor exagerado pelos bens materiais. Comemos a isca do capitalismo selvagem e nunca estamos satisfeitos com o que temos conforme a indústria do marketing quer que façamos para consumirmos cada vez mais. A maioria sublima esse conflito. Muitos negam. Outros enfrentam de frente. Procuram um espaço digno para viverem nesse inferno que se transformou a Terra e domam seus instintos ruíns e enaltecem as virtudes que existem em todas as pessoas que ainda conservam um grau de humanidade. Os que assim agem procuram contribuir para um mundo melhor e dão o seu quinhão. Plantam a sua árvore, oferecem a mão de ajuda, colocam os seus tijolos numa construção projetada por seus corações e mentes.

Todos nós podemos tornar essa existência melhor, mesmo que tenhamos que criar um sentido pessoal utópico. Na vida podemos buscar sentido no amor da família, em nosso trabalho produtivo, com nosso hobbies, nos projetos, nas amizades verdadeiras. A despeito de tantas desavenças e desapontamentos com o mundo, com a violência ao redor de qualquer lugar que andemos, ainda assim nos cabe alimentar a esperança e, se nosso coração permitir, a fé no transcedental.

Vitor Frankl, um judeu dissidente de Freud viveu anos num campo de concentração nazista. Ele percebeu que os que lá estavam morriam mais cedo se não tinham nenhum sentido para suas existências, mesmo vivendo no caos e com a morte eminente. Os que tinham esperanças em Deus ou algo maior sobreviviam mais tempo. Assim ele, depois de libertado ao fim da guerra criou a Logoterapia, a terapia baseada no Sentido da Vida.

Os filhotes da Thora com o Monster estão um show e os da Maphia com o Cielo idem. Os da Makabra com o Cielo da mesma forma crescem a olhos vistos e hoje começaram a comer papinha. No meio dos meus americans vejo uma mensagem inaudita em seus olhos. Um espírito de comunicação em suas expressões. Uma fidelidade não encontrável com facilidade entre os humanos. Percebo o afeto que permeia suas atitudes e desconfio que eles percebam o que está acontecendo. Mas num outro nível de percepção. No universo encontramos muitas linguagens que os iniciados percebem nas sutilezas do destino, na queda das folhas no outono, na forma como um pássaro insiste em buscar sua janela ou em qualquer sinal que surge em nossas vidas. Jung chamou isso de sincronicidade. Einstein disse: Deus é sutil.

Precisamos despertar para o Agora!


  • 05 de Julho de 2013
  • A primeira escolha e a preferência por determinados pais!

Quando nasce uma ninhada alguns pensam que a primeira escolha propicie a certeza de obter o melhor da ninhada. Eu diria que em ninhadas parelhas advindas de casais de muita qualidade não existe a certeza de que um filhote de tenra idade seja o melhor. Muitas vezes não existe o melhor mas sim diferenças de cores, marcações e tamanhos apenas. Quando se deseja um american para exposição, por exemplo, aquele que parece ser o melhor nesse momento deixa de ser com o desenvolvimento. É uma loteria. Isso vale para qualquer criação do mundo. Mas se a escolha recai sobre estrutura, beleza e temperamento é possível se ter uma idéia muito aproximada desde cedo. Para exposição certos detalhes sutis do desenvolvimento podem ser importantes para que o cão seja um vencedor. Por isso que o ideal seria separar dois ou tres de uma ninhada e ficar com eles até uma data específica (poderia ser 10 meses) e observar o desenvolvimento, inexistência de faltas desqualificantes, forma como irá desfilar nas pistas e interesse em participar alegremente das exposições (isso é fundamental pois caracteriza a qualidade de fazer o show, a apresentação que encante) e o resultado final do fenótipo.

Já fiquei com a última escolha de uma ninhada e me surpreendi com o resultado final. Nesse momento estou inclinado a ficar com um macho da ninhada da Kay com o Blue Rambo. Eram 7 filhotes e seis já foram destinados. O último está comigo e quem sabe fique com ele. A ninhada era parelha e gosto muito do que ficou por último.

Falo isso porque as vezes as pessoas me dizem: eu quero ficar com um filhote de uma ninhada em que possa fazer a primeira escolha. O mais sensato seria me perguntar se aquele que ainda não foi escolhido seria inferior aos anteriormente escolhidos. Sou sincero nessa informação, como devo, naturalmente, ser.

Outra questão são preferências por filhos de determinados pais. O ideal seria a informação sobre o padrão de fenótipo que desejam pois um american de determinado padrão poderá nascer como um neto daquele que almejamos. É o caso agora do cruzamento que fiz com o Monster. Ele é filho do Highlander e poderá gerar um filhote que lembre o seu pai. Ou sua mãe a Europa. Outra forma de se obter um determinado fenótipo é realizar cruzamentos entre meio irmãos. Essa escolha de cruzamentos cosanguíneos fixa padrões mas deve ser feita com cuidado e analisando possibilidades. Não recomendo para neófitos. O ideal é que não exista uma repetição de parentes mais antigos na árvore genealógica pregressa e que sejam comum ao casal meio-irmão escolhido. 

Todas as vezes que eu desejei vencer o Ranking de criadores e gerar o maior número de títulos no ano eu consegui. Já fiz isso em seis anos. Sei formar um time de americans para isso. Mas felizmente minha ênfase na vida não é só a vaidade de vencer rankings e sim criar bem e fazer amigos que passam a fazer parte da família New Kraftfeld. O perfil de um american que agrade a todos nós não é geralmente aquele que está vencendo exposições. Muitas vezes os que vencem agradam os juízes e aos modismos da época ou alimentados pelo marketing e podem até nem serem típicos. 

Nasceu a ninhada da Maphia com o Cielo. Ontem da Thora com o Monster. Inexistem cruzamentos recentemente realizados. Agora devo arregaçar as mangas e cuidar dos atuais que são muitos e maravilhosos!


  • 03 de Julho de 2013
  • Socialização do filhote.

É fundamental a socialização do filhote e esse paradigma é tanto mais importante quanto entendermos que a raça que temos tenha potencial de possuir um temperamento forte. As pessoas que me visitam ficam admiradas com a tranquilidade dos meus americans. Outro dia um rapaz esteve aqui com sua esposa e veio conhecer a ninhada da Makabra com o Cielo. Casualmente o Cielo estava solto com a Spartha. Ao ir até o portão eu insinuei a atitude de abrir sem guardar o casal que estava solto. Eles temeram, principalmente a sua esposa que recuou sem desejar entrar. Eu insisti dizendo que eu estando por perto nada acontecerá. Expliquei que se entrassem sozinhos eles defenderiam a propriedade mas comigo junto nada aconteceria. Com relutância entraram. Depois de alguns minutos e um bom papo o Cielo já colocava as patas da frente no peito do jovem que se chama Thiago. Casal simpático que se percebe que amam os cães. O medo se dissipou.

Agora que os filhotes estão crescendo e ainda alguns não foram destinados eu não os deixo presos num canil o tempo todo e moldando a personalidade distantes do convívio com o ser humano. Peço para meus filhos irem no canil pegar um ou outro e trazer para dentro de casa. Pegamos no colo e conversamos. Há poucos minutos eu soltei a Kay com o seu filho e mais alguns filhotes da Spartha e sentei perto deles. Acarinhei e conversei com a turma. Estão pegando sol no pátio agora. Crescem acreditando no ser humano e sem traumas. Essa socialização e a forma como a exerço aprendi com o passar dos anos. A sabedoria em qualquer arte é forjada com a própria experiência e, quem a possui não consegue emprestar essas asas para outra pessoa voar. Chega a ser intuitiva e nasce no mesmo rio onde corre o amor. O amor exige compreensão e amadurecimento. Como dizia o psicanalista Erick Fromm: "o amor é um sentimento que ninguém pode se comprazer sem levar-se em conta o grau de amadurecimento que atingiu".


  • 30 de Junho de 2013
  • Como estão os filhotes...e algumas opiniões.

Estamos em pleno inverno aqui no sul. Me admiro que os filhotes suportem tanto frio nessas noites em que a temperatura cai. Eu procuro esquentar um pouco o ambiente e eles se unem para somarem o calor. As mães dormem junto e a vida procura se perpetuar. Os filhotes da Makabra estão belíssimos. Muito fortes pela idade. Os filhotes que surgem em cada ninhada estão me deixando muito satisfeito pela qualidade que apresentam. Estrutura, beleza e temperamento equilibrado são lemas a serem seguidos.

Bem, quero dar uma opinião ou uma sugestão para aqueles que se comunicam por redes sociais. Despertem a alternativa da pena de morte no Brasil. Ao contrário do que muitos pensam, principalmente os religiosos radicais, a pena de morte cairia como uma luva na realidade do nosso país para crimes hediondos, casos de estupro seguidos de morte ou assassinatos recorrentes.

Até poderia se perdoar e colocar na cadeia um assassino em seu primeiro delito mas quando repetisse o ideal seria a pena de morte. Alguns afirmam erroneamente que a pena de morte não alterou a criminalidade em muitos países onde ela existe. Mas essa afirmação é totalmente descabida. Se a pena de morte não fosse interessante ela teria sido abolida dos USA. Vejam bem, por um raciocínio simplório, simples e objetivo: se um assassino em sua vida, hipotéticamente, irá matar 10 pessoas e estrupar 8 mulheres, caso seja aplicada a pena de morte nesse criminoso teremos salvo as 9 pessoas que ele ainda não teria matado e evitado as 7 mulheres que ele ainda não teria aviltado. Só num único exemplo percebemos que diminuiu a criminalidade. É óbvio que outros assassinatos e estupros ocorrerão mas muitos serão evitados. 

A pena de morte seria um tratamento profilático importante. Se tivermos a compassividade de imaginarmos o que sentem essas famílias que são vítimas de atrocidades veremos que certas pessoas não possuem solução e recorrentemente matarão outras e aniquilarão lares e ceifarão jovens inocentes que seriam importantes para uma sociedade melhor.

Nessas horas não podemos nos valer da influência das religiões. As religiões são contra o uso de preservativos e eram contra o uso de anovulatório. Imaginem se seriam a favor da pena de morte. Isso é aceitável pois não cabe às religiões serem favoráveis à pena de morte. É natural que não sejam. Sempre existe a possibilidade de que um desses zumbis resolvam se converterem a Deus e se "salvarem". E as inúmeras vítimas que morreram até que um desses infelizes resolvam se converterem? A religião está em seu papel de serem contra o aborto, a pena de morte, a união homossexual, etc...

Mas a sociedade deve ter as suas leis. Como dizia Jesus: dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus!

Os presídios estão atrolados de criminosos que permanecerão lá numa vida que não é vida, num estado deplorável de convivência estreita com outros apenados sobrevivendo num estado que só os subverte para uma condição pior do que quando entraram. Ao serem soltos após alguns anos voltarão à criminalidade. Os que são de fato portadores de psicopatia jamais serão curados pois se sabe em psiquiatria que o psicopata não tem cura. 

O estado gasta uma fortuna para manter esses presos. O povo paga essa conta. O ideal é que os que cometem delitos mas possuem potencialidades de recuperação ficassem em penitenciárias onde houvesse a possibilidade de desenvolverem algum tipo de formação técnica ou que trabalhassem sendo assim úteis e pagando dessa forma para a sociedade o gasto de sua manutenção. Jamais o empilhamento de pessoas em celas seria uma solução.

Já aqueles irrecuperáveis ou recorrentes seriam eliminados para assim protegermos a sociedade. Infelizmente muitos concordarão comigo apenas se tiverem uma filha estuprada ou um filho menor assassinado a tiros em sua frente. Os bandidos no Brasil estão matando até quando são atendidos em suas ordens. Matam até pelo prazer de matar ou por cordão de sapatos. Matam e matam sem nenhuam piedade. Fazem isso porque não existem regras e repressão. Sabem que não existe policiamento equipado e nem contingente para atender e proteger a sociedade. Matam porque sabem que se forem presos depois serão libertos. E se forem menores serão ainda perdoados após pouco tempo numa instituição "educativa".

Sou a favor da pena de morte até para menor recorrente. Quem sabe matar deve estar preparado para morrer. Enquanto não existir a pena de morte a violência andará solta e nós teremos que nos acostumar a ver pessoas inocentes sendo dizimadas e os assassinos rindo em frente das câmeras de TV e respondendo nas entrevistas, sorrindo, que mataram porque quiseram!


  • 27 de Junho de 2013
  • Uma manhã de espinhos.

Ao chamar o Marschall ontem pela manhã ele se dirigiu com rapidez e certeiramente até o seu canil. Perto dele a Shadow fez o mesmo. Quando entrei no canil logo depois para oferecer o seu alimento notei que seu focinho estava "enfeitado com uma barba amarela". Um porco espinho se defendeu bem do ataque. Foi sua defesa. Mas eu tive que retirar um a um dos espinhos com um alicate. Sedei ele antes. Retirei contando os de fora e mais os de dentro da boca em torno de cinquenta espinhos. Hoje ele estava quieto e inapetente. Desenvolveu uma inflamação e, pelo odor, uma infecção também. Edemaciou e sente dor. Já está medicado. Tomara que não apareça novamente o desagradável visitante. Caso eu o encontre colocarei numa caixa e enviarei para a seleção da Espanha, via sedex.

Bem, como nem tudo são espinhos, amanhã a tarde eu tiro fotos dos filhotes da Makabra com o Cielo e coloco no site. 


  • 20 de Junho de 2013
  • Como andam os filhotes.

Hoje cheguei mais cedo em casa fugindo do congestionamento resultante das sadias manifestações de jovens plenos de ideais e ansiedades. Preocupados com toda a sorte de desmandos, injustiças, inseguranças, corrupções e ausências do governo. Destituídos de bandeiras partidárias demonstram um protesto legítimo que só é maculado pelas infiltrações de baderneiros que aproveitam o espaço para incorporarem a anarquia. Creio que a partir de agora o Brasil porderá ser outro. Finalmente o povo se organizou para revelar o seu descontentamento e, talvez, o governo pense mais antes de colocar em votação planos antagônicos aos interesses nacionais. Em breve o povo pedirá mais atenção na saúde e segurança nas ruas. Toda a sorte de reivindicações são legítimas. Mas precisamos fazer a nossa parte e contribuirmos para um pais melhor.

Os filhotes estão especiais. A Kay e a Europa continuam amamentando apesar dos filhotes estarem comendo sozinhos. A Spartha não está mais querendo oferecer suas mamas e chega a rosnar. As unhas e os dentinhos machucam os mamilos nessas horas. Por isso preciso separar das mães esse famintos e carentes americanzinhos. A Spartha passou a noite passada solta para ser poupada.  A Europa e a Kay foram liberadas ontem durante o dia. Mas chegam a ficar perto do canil na espera de que possam retornar ao contato de suas proles. O amor materno é inigualável e é comovente observar o quanto existe de doação em todo esse período.

Na medida que entrego os filhotes percebo a alegria expressa nas palavras antes e depois de receberem os novos integrantes das estimadas famílias. Seja pessoalmente por sorrisos, nos e-mails de quem recebe no aeroporto ou mais tarde nas ligações ou torpedos. Esse entusiamo e afeto nos compensa em parte os momentos em que os deixamos numa caixinha de transporte no aeroporto e damos um simples adeus. Sempre ficamos com lágrima nos olhos e racionalizamos e tentamos pensar que assim será melhor. Mais amigos e mais pessoas com um fruto de nossa dedicação. Mais americans New Kraftfeld em lares de cidades de nosso imenso território. Em qualquer estado do Brasil eu teria muitas cidades onde poderia ficar na casa de um amigo para poder visitar um AST que nasceu aqui. Isso me conforta pois uma parte de nós some daqui e renasce num outro local. Uma transmutação simbólica ou real. Mas quando me enviam uma foto desse filhote crescendo ou já adulto sinto como vendo a foto de um filho que distante encontrou o seu novo caminho.

É ótimo ter um american staffordshire terrier. Eu sei porque tenho muitos e percebo suas virtudes confirmadas nesses anos todos. Por isso os crio há vinte anos.

Bem, os filhotes da Makabra com o Cielo, agora em número de sete, parecem estar mais estáveis. São todos escuros e me parecem pretos, alguns com marcações leves e na maioria fechados. Vou colocas as primeiras fotos nesse final de semana. Mas estão muito novos e nem abriram os olhos. Farei isso mais para agradar aqueles que já fizeram reservas. E para aqueles que farão. Gosto de atualizar o site como forma de respeito aos que entram nesse espaço. Manter vivo e forte o Campo de Força é um prazer que se renova sempre!

Em breve nascerá uma ninhada que não anunciei pois fiquei em dúvida se vingaria. É a da THORA com o MONSTER.

Mais surpresas. Essas são as sementes da criação.


  • 16 de Junho de 2013
  • Cansado e com sono - Makabra!

Vou descansar pois já são duas horas da madrugada e cuidamos bastante da ninhada da Makabra com o Cielo que nasceram há 10 horas atrás. São quatro machos e quatro fêmeas. Todos escuros me parecendo pretos, talvez algum cinza escuro. Lindos e ativos. Trocamos várias vezes os jornais e no final pusemos um cobertor bem quente pois a temperatura baixou próxima dos 13 graus e pela madrugada esfria. Mas o ambiente está aquecido e os filhotes que no início estavam um pouco frios agora ficaram quentinhos. Ela é zelosa como mãe. Ontem coloquei fotos novas dos filhotes da Europa e amanhã tirarei algumas fotos dos da Spartha. Todos começaram a comer ração apesar de ainda mamarem.

Os anjos da noite me chamam enquanto transfiro agora os cuidados da prole recente exclusivamente para a mamãe Makabra pois percebo que ela se sairá muito bem. Cedo eu os revejo. Bela combinação do Cielo com a Makabra. Certamente serão turbinados de energia.


  • 06 de Junho de 2013
  • Os animais amam e esse amor é profundo.

       Assisti na TV outro dia uma reportagem falando sobre a comunicação entre um golfinho e um ser humano. O golfinho estava com um anzol e linha de pesca dentro de se seu corpo e sentia dor. Se aproximou do mergulhador pedindo ajuda. O homem num misto de desejo de ajudar e medo começou a tentar retirar o corpo estranho. Enquanto procedia o golfinho colaborou o tempo todo até que o mergulhador finalizou a missão de socorro.

No dia a dia lidando com os americans percebo que eles se comunicam de várias formas subliminares e nós não temos o domínio da arte de interpretar esses sinais. Percebo que a melhor forma de nós lidarmos com eles é conversando e demonstrando amor. Isso se traduz com afagos e apreço. Demonstrações de que os estimamos e que são importantes para nós.

Gosto de observar a forma como a mãe trata os seus filhotes. Uma boa mãe é como uma excelente guerreira numa batalha. É preciso ser uma heroína para criar 12 filhotes, sentir dor nos mamilos sensíveis pelas unhas e dentes que crescem e os agride. Ter duas mamas a menos pela retirada em sua prenhez anterior em razão de mastite. E, mesmo assim, manter a calma e a dedicação. Lamber os filhotes incessantemente e desafiar os dias e as noites no afã de proteger e permitir a vida para aqueles pequenos seres. É o caso atual da Europa que havia tido apenas uma gestação e resolvemos permitir uma segunda para que essa  mãe maravilhosa  gerasse americans especiais. Sem entender, mais tarde essas mães se veem privadas dos mesmos gradativamente na separação que ocorre quando os filhotes são entregues para as pessoas por seus donos. Essa relação entre criador ou dono e a cadela que gera seus filhotes encontra um dos momentos mais cruciais de envolvimento, confiança e cumplicidade nesse agudo momento. Os olhos da mãe vendo de forma submissa a hora da entrega corta o meu coração e procuro racionalizar ou nem pensar para não chorar. Minha mulher chora. As mulheres como as cadelas são seres maiores. Talvez seja a ocasião em que o criador mais deva se preocupar com o que faz nessa interação. Existe uma dualidade, uma dicotomia nesse momento.  Por um lado a mãe entrega o seu filhote para a vida, embora pela intermediação do criador ou daquele que está conduzindo o processo. Ela retoma a sua vida original sem o cansativo compromisso e alcança a sua meta maternal de entregar mais  vidas em condições de prosseguirem por conta própria. De outro lado existe a separação e um vácuo nunca mais preenchido. Eu aproveito esse momento idealizando que uma pessoa ou uma família terão um belo american que os dará muitas alegrias. Isso dá sentido a todo esse esforço da mãe e dos cuidados paralelos que tivemos na retaguarda desse atendimento. É a tarefa do criador tornar esse processo o mais tranquilo possível para a mãe e os filhotes para que haja o menor sofrimento possível para a mãe e para a prole. Uma forma de dar um prolongamento que finalize com muita beleza esse ritual mágico da natureza é permitir que a mãe crie um dos filhotes ao seu lado até a idade adulta. Veremos os dois brincando e o filhote sempre correndo atrás da mãe. Quando posso faço isso e noto que a amizade e o afeto visto nessas ocasiões mostram o quanto os animais amam e esse amor é profundo, vindo das profundezas das regiões mais atávicas instintivas e em intimidade estreita com as forças divinas.

A forma como os filhotes forem tratados nesses dias todos que lidamos com eles e a mãe é que darão a diferença em vermos mais adiante a alegria, confiança e coragem para enfrentar as experiências da vida ou a desconfiança, a insegurança e o temor. Cabe aquele que recebe o filhote dar prosseguimento ao bom trabalho feito para que esse american seja o adulto que idealizamos e que a mãe se orgulharia se pudesse acompanhar até o fim o seu desenvolvimento com os olhos, o coração e a mente dos humanos.


  • 02 de Junho de 2013
  • Video do Highlander...

Fiz ontem um vídeo do Highlander e editei. Coloquei hoje no site para ser visto. É um maravilhoso american e gerou o Monster que, sem dúvida, tem a participação importante da Europa em termos de propiciar uma cabeça tão pesada. Gosto da expressão do Highlander e de toda a sua forma de agir em termos de elegância, energia e confiança. Filmei também o Monster e irei editar para colocar nos próximos dias. 

Os filhotes estão evoluindo muito bem. Em breve colocarei mais fotos. As pessoas que estão reservando terão belas surpresas. Os pedigrees da ninhada da Farah atrasaram muito em razão da cor de um filhote que precisou ser retificado e não me comunicaram. Mas felizmente chegaram nessa semana e estarei enviando nessa semana. Os demais já foram enviados.

Bem, tem feito frio e estamos com aquecimento para a Europa, a Kay e a Spartha. Queridas mães que se dedicam e nos dão alegrias. Estamos suplementando com alimentação hipercalórica, aminoácidos e vitaminas para essas mães, além de ração superpremium. Elas estão muito bem e não perderam peso. 

Encontrei umas belas fotos antigas remexendo minhas coisas hoje e irei digitalizar para colocar na galeria. São fotos antigas. 

O Marschall está precisando cruzar. Está tentando cobrir as fêmeas fora do cio que solto com ele. Chegou a vez do grande guerreiro que completa 12 anos e carrega consigo os gens do Aliaj Red Byron e da Thatcher que já se foram. Será esse ano com certeza. Vou escolher com calma a pretendente. Preciso analisar as possibilidades. Para criar bem é preciso analisar e intuir. Uma combinação creio que válida para a maioria dos setores da vida. Thomas Edson descobriu a forma de obter a luz elétrica após acordar de um sonho. Devemos dar importância às nossas intuições mas intuição sem conhecimento é como uma embarcação sem leme.


  • 31 de Maio de 2013
  • A noite possibilita surpresas.

Estava em dúvida se a Spartha estaria grávida. Coloquei junto com o Gibson durante alguns dias juntos. Nunca os vi cruzarem. Mas, como já sei, a noite possibilta muitas surpresas. A primeira ninhada da Europa com o Highlander foi assim também. Quando eu intenciono fazer determinado cruzamento e não vejo cruzarem eu os deixo juntos e só os solto juntos. Bem, a ninhada que nasceu me surpreendeu pela estrutura. E a Spartha que na primeira vez que foi mãe apresentou falta de leite e precisamos recorrer a uma outra mãe, lá pelo meio da jornada, agora se mostra excelente. Leite abundante e calma no trato da ninhada. Uma fêmea infelizmente faleceu. Mas nasceram 6 e ficaram 5. Todas fêmeas. Duas com bastante branco o que é interessante para quem deseja opções de cruzamento com um macho fechado e assim obter uma variedade de marcações.

A KAY e a EUROPA também estão agindo como ótimas mães. Damos uma excelente alimentação durante a gestação e durante a amamentação. Suplementamos também de tal forma que depois de todo o processo as fêmeas ainda ficam acima do peso. Nunca deixamos que emagreçam.

A Sherwood está no cio mas não cruzarei em razão de estarmos com muitos filhotes para cuidar e ainda existe a eminente ninhada da Makabra que será esse mes. Gosto de ouvir o chorinho dos filhotes e acompanhar o crescimento dos mesmos. Gosto de receber os e-mails de pessoas que estão felizes e compartilham essa alegria com seus filhotes New Kraftfeld. Pena que não são todos que me enviam fotos. Muitos apenas prometem. É a correria da vida certamente. Mas sei que existe uma ligação afetiva com o Campo de Força.

É a primeira vez que cruzo a Europa com o Blue Rambo. Na primeira vez foi com o Highlander. Não repetirei nem o primeiro e nem o segundo cruzamento. Por isso quem tiver essa combinação estará gozando de um privilégio. Tenho interesse em experimentar a Europa, em cada ocasião com machos diferentes. Agora ela descansará após essa tarefa materna. A Kay foi castrada após a cesárea e felizes os que tiverem filhotes dessa combinação.


  • 23 de Maio de 2013
  • O cadilac 1950 do meu avô...

Acompanho bastante o futebol há anos. Sou gremista e vejo como meu time e tantos outros oscilam em tudo, desde as escalações que mudam a cada instante, a forma de jogar, o técnico que é trocado quando os resultados não são os esperados e a triste realidade dos desempenhos. Vejo também equipes que mantem seus jogadores e seus técnicos. Noto que alguns dirigentes eventuais apresentam uma ideologia e procuram um técnico afinado com a mesma. Perseveram nessa linha de raciocínio e planejamento e, num dado momento começam a surgir os resultados. Logo adiante outras equipes se interessam pelos jogadores que despontaram nesse clube. O mesmo os vende e a equipe se descontrola, começa a perder, fica instável e vai para a segunda divisão. São exemplos que acontecem com formas variadas, trocam os atores e o cenário mas a história é a mesma.

Na vida é fundamental a competência, a fé em si próprio e a perseverança. Isso vale para um clube chegar a ser um grande time de futebol, para um casamento dar certo, para que nossos esforços como educadores criem raízes nos cérebros de nossos filhos e para tantas situações na existência.

Muitas mudanças de rumo na vida só nos levam à perdição, desvio de foco e incapacidade de construir e chegar ao final de uma meta. E é preciso termos metas. Quanto mais definidas nossas metas mais fácil de termos exito. Mas precisamos colocar força nos braços e mente para chegarmos lá. Sem esmorecer. Muitos desistem quando estão próximos de atingir o objetivo.

Quem cria uma raça não pode pensar em dias ou meses. Precisa planejar para anos pois aquilo que deseja alcançar, se for pessoal, demora mais. O que é bom não está necessariamente no novo. Por isso é preciso cuidar antes de jogar todas as fichas numa novidade de fenótipo. A moda do cd virou realidade mas muitos preferem a fidelidade de um vinil e ao ato de tocar no bolachão. Meu avô tinha um cadilac 1950 na garagem. Nos meus 18 anos eu sugeri que ele vendesse na ocasião que ele se mudou para Porto Alegre. Imagina aquela imensa banheira. Se ele tivesse guardado aquele cadilac com traseira de peixe, todo original, nos dias de hoje eu estaria herdando uma jóia de grande valor.

O novo sempre existe e encontrável. O vintage bem conservado vale mais que o novo. O cadilac do nôno valeria mais do que um BMW zero. Por isso é importante conservarmos o que é ótimo porque sempre terá valor.

Por isso, nos meus cruzamentos, mesmo que faça novas experiências com sangues novos que venha a somar para a minha criação eu mantenho possibilidades passadas de tal forma que sempre possa ter do excelente que existiu e que consegui. A genética do meu primeiro american eu posso conseguir ainda pelo que tenho ou que sei onde deixei ou está. Conservo o que é típico. Não mudo de rumo a cada instante e nem me impressiono com os novos americans que surgem a cada ano vitoriosos aqui ou ali. Uma criança pode querer ter muitos brinquedos variados a cada instante. Mas aquele que cuida de seus brinquedos os tem para muito tempo. Eu tenho um amplificador pioneer impecável de 1970. Funciona perfeitamente. Belo som. Tenho um sony novo, mas não troco nem o pioneer antigo e nem outros objetos que cuido por achar preciosos.

Uso a mesma filosofia na criação New Kraftfeld.


  • 11 de Maio de 2013
  • Kay e seus filhotes!

Na 3a feira eu levei a Kay para realizar uma ecografia. Ela sempre teve filhotes normalmente e, dessa vez achei estranho que estivesse na hora e nada acontecesse. A eco mostrou que estariam com idade aproximada de 63 dias (o habitual é nascer com 60 dias podendo nascer antes ou depois com margem de poucos dias). Os batimentos cardio-fetais estavam altos e o líquido amniótico com volume que dava espaço para eles. Na 4a feira repeti e a situação era a mesma. A orientação foi de aguardar até 6a feira mas observar os sintomas. Verifiquei que na 5a feira a temperatura retal baixou e ela bem tranquila. Estava fora de casa e impedido de levar a Kay até clínica fazer uma nova eco. A orientação seria de levá-la na 6a feira mas uma intuição me deixava intranquilo. Pedi para a Ida levá-la e, para nossa preocupação os batimentos estavam bem mais baixos e, então, decidimos pela cesárea para então castrá-la para descansar nossa querida Kay. Foi constatada torção uterina. Se esperássemos até 6a feira os filhotes provavelmente morreriam e haveria também risco materno.

Bem, nasceram 6 machos e apenas uma fêmea. Deve ser porque estou com muitas reservas de fêmeas (Lei de Murphy).

São fortes, lindos, 4 machos azuis e dois blue fawn. A fêmea é azul. Queria ficar com uma fêmea para mim mas vou honrar a reserva feita com muita antecedência.

Dentro de 7 dias aproximadamente nasce a ninhada da Europa com o Blue Rambo. Se não nascerem fêmeas eu fujo para o Paraguai. Se bem que tem ainda a da Makabra com o Cielo. As vezes só reservam machos. Pena que não dá para determinar os sexos antes de nascerem através de escolha em laboratório de fertilização. No futuro certamente isso ocorrerá.

Bom fim de semana para todos!